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4 de maio de 2020.
Itália, Veneza.

TINI

Hoje era o aniversário de Mercedes e iríamos comemorar. Eu, ela, Diego e Ruggero. Depois de tudo o que aconteceu, Diego contou o que sentia por mim e me pediu em casamento, obviamente eu aceitei.

Não tinha contado para ele, muito menos para Mercedes que eu vendi a casa para Jorge e para sua esposa. Devo confessar que ela é muito linda e simpática, não merece o que Jorge fez com ela.

─ Pronta? ─ Diego entra em meu quarto enquanto eu o olhava pelo espelho.

─ Vou usar aquele colar que me deu. ─ esbocei um sorriso.

─ Será a mais bonita do restaurante. ─ ele retribuiu o sorriso, logo me deu um beijo na bochecha.

─ Você é incrível.

─ Você que é. ─ sua mão foi erguida, então, me levantei da cadeira e fomos para o restaurante.

Chegando no local, nossa mesa estava reservada bem perto da janela, uma vista perfeita e incomparável. Fizemos nosso pedido e conversávamos sobre coisas aleatórias.

─ CARA! ─ nossa atenção foi tomada por Ruggero gritando alguém.

Quis me enfiar num buraco. Jorge e a esposa estavam entrando no restaurante e a mesa deles era ao lado da nossa. Ruggero, intrometidamente pediu que ele se sentasse junto de nós, e para piorar, sua esposa, Lodovica me cumprimentou com a maior doçura do mundo e eu não pude negar.

─ Jorge... Quanto... Quanto tempo. ─ Mercedes falou com medo.

─ Vocês se conhecem? ─ Lodo perguntou confusa.

─ Meu cunhado. ─ mereces respondeu animada.

─ Que ótimo! Somos uma família então. ─ a mesma dizia empolgada. ─ E você, Senhorita Stoessel? Como vai?

─ Vocês se conhecem? ─ Mercedes perguntou.

─ Ela nos vendeu a casa. ─ Jorge fez questão de falar com cara de deboche.

─ Vendeu? ─ Mercedes perguntou em um tom curioso.

─ É, vendeu? ─ foi a vez de Diego.

─ Vendeu! ─ Ruggero falou e recebeu olhares.

E pronto, foi uma tortura o restante da noite. Diego estava incomodado, eu percebi, mas tentava ao máximo disfarçar qualquer resquício.

─ Bem, seremos vizinhos então, não é, Senhorita Stoessel? ─ Jorge cuspia as palavras e parecia estar se divertindo.

Quis jogar a água na cara dele, mas Lodo estava realmente acreditando em todo aquele teatro.

─ Vou ao banheiro.

Me retirei da mesa, e realmente fui ao banheiro. O celular de Jorge tocou e ele mostrou para o pessoal que tinha alguém ligando para ele na mesma hora em que eu havia dito que sairia. Diego me olhou confuso, mas indiquei que não tinha ligação com aquilo.

Chegando na porta do banheiro, senti mãos em meu braço e minhas costas tocando a parede fria. Era ele.

─ O Diego? Sério?

─ Super sério.

─ Não entendo. Você era tão apaixonada por mim... E me aparece comprometida?

─ Você dizia me amar e dizia atravessar até o inferno por mim, e olha, você está casado. E com uma pessoa incrível que não te merece.

─ Então quer dizer que você está com ciúmes?

─ Eu te amei demais. Tanto que te conheci depois de anos, e vi que você não presta. Ou seja, ela merece pessoa muito melhor.

Ele fechou a cara e segurou em meu rosto.

─ Não diga isso. Você está cuspindo na testa.

─ E daí? Eu limpo o cuspe, agora, o meu coração você fez questão de pisar, não posso colar ele com fita adesiva.

Murmurei me soltando dele e voltei para a mesa.

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Una "gran" mentira. || Jortini. [EM REVISÃO] Where stories live. Discover now