Reciprocidade

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Jimin era dono do sorriso mais bonito do mundo, e essa certeza já era um fato para mim. Entretanto, quando eu o confessei estar apaixonado, ele abriu um sorriso que superou qualquer um que me tivesse sido direcionado anteriormente. Se tratava muito mais de todos os sentimentos que ele carregava ali, do que a aparência em si — embora essa também me deixasse todo perdido e bagunçado.

A verdade é que eu não pensei que ele fosse ficar tão feliz em saber da paixão que eu estava sentindo, mas acabou que eu fiquei a cada segundo mais derretido quando notei que aquela alegria toda só podia significar uma coisa:

Reciprocidade.

Ele não precisou me dizer, nem mesmo mostrar diretamente, só com aquele sorriso e felicidade também no olhar, já me estremeci todo por perceber que meus sentimentos eram retribuídos. Jimin sentia o mesmo por mim.

Park Jimin também estava apaixonado por mim.

Seus braços envolveram minha cintura com uma ternura inexplicável, e não demorou para que meus lábios tomassem os seus em um beijo calminho e delicioso. Não saberia dizer se o que mais gosto é do quão macios são os lábios de Jimin, da forma que suas mãos me seguram, do beijo tão gostoso que ele me dá, ou de todas as sensações que a junção de tudo isso me causa.

Nós voltamos para o hotel em seguida, não estava tarde, mas era nítido que queríamos privacidade para que pudéssemos nos beijar com toda a vontade que nos cabia. Para mim não era segredo algum o quanto gostava, de verdade, de estar agarrado em Jimin e, desde o primeiro beijo, de beijá-lo toda hora, todo minuto.

Sim, tinha muito medo ainda do que poderia acontecer com a nossa relação, no entanto não posso ficar para sempre nisso, caso fique as coisas podem sair de controle com as minhas paranoias e, sejamos sinceros, Jimin e eu não precisamos disso. O que nós precisamos fazer é aproveitar um dia de cada vez. Se o caos chegar em algum momento, tentaremos lidar com ele da melhor maneira possível.

Esse momento ainda não é agora.

Agora é hora de beijar muito Park Jimin.

— Me diz uma coisa. — Jimin sussurrou repentinamente no momento em que encaixei meu rosto em seu peito e decidi que beijar aquela região, já que ele estava sem camisa, era uma ótima ideia. — Como eu faço para lidar com o jeito que você bagunça o meu coração?

— Hyung! — Acabei rindo com sua bobeira, até porque tudo que eu conseguia fazer perto de Jimin era me sentir quente fosse de amor ou de desejo. Então agora não era muito diferente. — Hyung... o que você teria feito se o telefone não tivesse tocado? Digo... até onde você acha que nós iríamos?

Na minha cabeça, era nítido que não iriamos de fato transar, mas eu sabia que teria sentido e dado muito prazer se o maldito telefone não tivesse berrado em nossos ouvidos. Existe uma coisa chamada azar, e isso seria o meu sobrenome ou a minha graduação. Ou as duas coisas, depende da situação.

Mas eu estava curioso, tanto porque fiquei passando vontade, quanto porque queria mesmo saber quais seriam as ações de Jimin comigo e até mesmo quais eu conseguiria retribuir perfeitamente.

— Eu iria beijar você todinho, tocar cada mínima parte do seu corpo, encheria de selares e até leves mordidinhas. — Acabei chupando sua pele com mais força ao ouvi-lo falar, o desejo de mais cedo voltando com força. — Passaria minha mão por toda a sua pele, faria você se sentir bem e também perceber tudo que esse bobinho apaixonado aqui sente por você. — Acabei sorrindo na sua direção com a sua declaração. — Sei que ficou frustrado, bebê, mas sinceramente você me deixa quente tão rápido que um beijo mais ousado já me deixa no mesmo estado de mais cedo. Só depende de você. Sempre dependerá de você, meu amor.

Na Fanfic Era Diferente | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora