O meu menino

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O final de semana que Jimin e eu passamos em Busan foi um dos piores que já passei em tal cidade, e isso em nenhum momento é culpa dele. Lógico que não. Jimin fez de tudo para que meu dia melhorasse, fez de tudo para que eu me sentisse bem, confortável e feliz.

Mas não adiantou muita coisa.

E eu me senti muito mal por estragar um fim de semana seu, ainda mais quando ele tinha ido viajar comigo unicamente porque era a comemoração do meu aniversário ainda.

Mas Jimin fez questão de me garantir que estava tudo bem e que ele tinha descansado muito e aproveitado apenas pelo fato de poder ficar agarradinho em mim. E aquilo, mais uma vez, me valeu como o mundo, porque ter o apoio dele, definitivamente significa tudo para mim.

Ao longo daquela semana, minhas aulas pareciam ainda mais puxadas que o normal, e com a chegada dos meus móveis no novo apartamento, fiquei enfornado lá o dia inteiro tentando deixá-lo o mais organizado possível. Mas era difícil quando ainda tinha tantas caixas para abrir e arrumar.

Jimin, também, se encheu de trabalho, pegou alguns casos e estava treinando os novos estagiários, então fazia hora extra basicamente todos os dias e ainda trabalhava parte de sábado, além de sempre estar com seu computador ao chegar em casa para continuar lendo os casos que precisava resolver.

Ou seja, nós ficamos quase um mês em meio a um caos.

Porque, vejamos, nós nos encontrávamos pouquíssimas vezes. Em alguns dias eu o encontrava para almoçarmos, em outros dormia na sua casa, mas estávamos tão esgotados que sequer nos beijávamos. Então aquele mês foi intensamente desgastante. Ainda por cima, fiz dezesseis entrevistas de emprego e não obtive retorno em simplesmente nenhuma.

Foi por isso que cheguei na última praticamente sem esperanças. Não é como se eu estivesse na linha da miséria ou algo do tipo, mas queria provar para mim mesmo que conseguiria isso sozinho, porque essa vaga para onde eu estava indo, eu mesmo havia enviado o currículo, ao contrário de todas as outras dezesseis que eram contatos do meu namorado.

E, ah, essa era para uma vaga efetiva, não de estágio como todas as outras.

Então eu estava imensamente nervoso. Mas não consegui sequer ligar para Jimin para lhe contar, apenas tirei uma foto minha usando roupas sociais e o questionei se estava apresentável, lendo em seguida sua mensagem que me dizia que, além de lindo, eu estava simplesmente irresistível. E ele não sabia se eu estava mais bonito com aquelas roupas, ou se era ainda melhor sem elas.

E eu acho que ele percebeu que eu estava nervoso, porque em seguida disse que me amava e que eu era o homem mais incrível que ele conhecia.

E Jimin conhecia muita gente. Então podia levar em conta isso e sorrir feito um bobo de frente para o espelho.

No horário da entrevista quase me tremi todo, mas segui pleno por fora, ainda que um caos enorme se apoderasse da minha cabeça, tornando difícil até mesmo responder perguntas simples como meu nome e idade. Mas, pela primeira vez, me senti confortável com um entrevistador. Ele não parecia me questionar como se estivesse me confrontando ou algo assim, ele quis ver os meus projetos — os esboços que eu tinha feito para a faculdade, ao menos — e me fez perguntas que faziam todo o sentido, me deixando muito mais tranquilo.

E quando saí de lá sendo quase automaticamente guiado para o RH, mesmo não sendo o mais comum, eu me senti o homem mais importante do mundo. Me senti orgulhoso por conquistar o emprego, por saber que uma única entrevista havia sido o bastante para que o entrevistador me escolhesse.

E eu fiquei todo bobo de felicidade, portanto que, aproveitando a proximidade do horário de almoço, passei no restaurante favorito do meu namorado, comprei comida para nós dois e segui rumo a sua empresa. Na recepção encontrei a secretária que estava substituindo Jisoo durante a licença maternidade da mesma. A diferença é que eu gostava mais de Jisoo.

Na Fanfic Era Diferente | jjk + pjmWhere stories live. Discover now