Eu ainda tenho medo

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Jimin e eu levantamos com muito custo e fomos para o banheiro do seu quarto para um banho rápido antes de dormir. E quando deitamos eu estava extremamente grudado em Jimin, com o rosto enfiado em seu peito e a mão segurando sua cintura.

— O que houve com o meu bebê, uh? Está mais dengoso que o normal. — Jimin comentou, o que só fez eu me encolher ainda mais em seus braços.

— Eu estou com vergonha. — Respondi ainda mais tímido.

Digo, não fazia o menor sentido estar envergonhado daquela forma, mas não é como se eu pudesse controlar de alguma forma, também. Era apenas uma coisa que, mesmo não sendo necessária, estava ali me incomodando de alguma forma. Não quis levantar a cabeça e encarar Jimin, mas ele começou uma carícia nos meus cabelos que me deu confiança o bastante para encará-lo ainda assim.

— Sou um idiota, eu sei. — Admiti, ganhando aquele sorriso que me fazia ficar todo bobinho de amor por Jimin.

— Eu acho que você é a coisa mais amorzinho desse mundo todo, na verdade. — Rebateu, me deixando nenhuma outra saída que não fosse sorrir por tanto amor. Ah, eu o amava tanto. — E eu aceito que esteja com vergonha, amor, sei que isso não é algo controlável. Só quero que saiba que estou aqui e vou permanecer aqui, amando suas bochechas vermelhas, te enchendo de beijinhos e te dando muito amor.

E nós dormimos agarradinhos um de frente para o outro.

Mas eu acordei de conchinha com Jimin, sendo ele o lado de fora, com a mão agarrando a minha camiseta de forma possessiva. Céus, quando Jimin vai perder o medo de me ver ir embora? Eu não pretendo sair da vida dele, poxa.

Levantei com todo cuidado que pude e ajeitei um travesseiro no meu lugar. Jimin apenas se aconchegou melhor na cama, estava usando apenas uma calça de moletom cinza que, sinceramente, deixava ele ainda mais gostoso. Me encaminhei para o banheiro do quarto dele e tomei um banho rápido, ficando todo bobinho por ver alguns produtos meus no banheiro dele.

Nem acharia loucura se ao invés de me dar um apartamento ele tivesse me convidado para morar com ele, embora isso ainda parecesse um pouco cedo para acontecer. Nós já passamos muito tempo juntos e eu vivo na casa dele, mas estar aqui com frequência e estar aqui o tempo inteiro ainda são coisas totalmente diferentes e, convenhamos, melhor não ir com muita sede ao pote. Ainda é cedo. Precisamos ir devagar.

Depois de vestido com uma roupa casual — lê-se uma calça jeans folgada e uma camiseta bem larga que parecia de alguém maior que eu — desci todas aquelas escadas e fui até a cozinha, encontrando a Sra. Lee e já a cumprimentando. Ela estava já preparando os ingredientes para o que faria no almoço e me confessou ter se distraído e não feito ainda nosso café da manhã, até porque Jimin tinha lhe avisado que dormiríamos até tarde e não era nem nove horas da manhã ainda.

— Não se preocupe, eu que perdi o sono e resolvi arrumar algo para ele comer. — Avisei a ela. — Você parece mãe dele, eu gosto disso.

— Você mora com seus pais? — Ela questionou em sequência. — Isso se eu puder perguntar, claro.

— Pode sim. — Afirmei. — Me mudei para Seul por conta da faculdade, eles ficaram em Busan, na minha cidade natal. Nós conversamos bastante por telefone, mensagens e essas coisas, mas eu sinto bastante saudade. Nós vamos viajar para vê-los semana que vem, eu quero apresentar Jimin aos meus pais.

— Eles são tranquilos com isso? — Virou-se para mim, sorrindo de forma delicada. É, ela parecia uma mãe mesmo, não sei o porquê. — Muitas pessoas são mente aberta, mas ainda tem gente que pensa que pode julgar o amor apenas por ele parecer diferente dos outros. Para mim, amor é amor, sem gênero, sem cor, sem nada disso, entende? Mas sei que não é a realidade de muitas pessoas.

Na Fanfic Era Diferente | jjk + pjmWhere stories live. Discover now