Capítulo 7

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Segunda-feira fria de manhã, Hermione Granger lutou para poder levantar-se de sua cama, o que ela mais sentia falta de sua casa além dos seus pais, era poder ficar até tarde na cama sem ninguém a incomodar, já que em Hogwarts ela precisava levantar cedo para poder tomar banho e se arrumar, já que dividia o dormitório e banheiro com mais três garotas.

A castanha caminhava lentamente pelos longos corredores da escola, estava tão aérea em seus pensamentos que sequer percebeu os olhos azuis que a encaravam bem ao seu lado, mesmo Malfoy tentando não conseguia atrair os olhares da garota.

— Ela é incrível, não acha?

— Não curto garotas, estava brincando com você na biblioteca.

— Tanto faz.

— Por que não vai falar com ela?

— E dizer o que? Oi, então talvez eu tenha mais nove meses de vida, na melhor das hipóteses tenho dois anos. Para sobreviver preciso ficar com você, porque uma criatura dentro de mim te escolheu e se você dizer que não eu morro também, mas está tudo bem — sorriu debochado.

— É um ótimo começo, me lembra de nunca te pedir conselhos.

— Por que? — suspirou. — Eu só queria alguns segundos de coragem.

— Então vai lá. — Maia o empurrou para cima da garota e afastou-se a tempo da grifinória não ver quem o empurrou para cima dela, fazendo com que todos seus livros caíssem ao chão.

— Cuidado! Obrigado, agora meus livros estão todos sujos. — A garota abaixou-se para recolher e o rapaz a acompanhou.

— Me desculpa.

— Olha por onde anda da próxima vez. — O garoto limpou um dos livros e entregou para a menina que estava irritada em sua frente, Draco tocou em sua mão e ela encarou seus olhos, em milésimos de segundos Granger já estava o olhando de maneira boba, assim como todas as garotas nas semanas anteriores.

— Me desculpa. — Repetiu levantando-se.

— Não tem problema — Hermione sorriu o encarando, Draco continuou sério, não sabia o motivo de se sentir tão constrangido. — Ah, eu gostei de ter feito a poção com você, na aula do Slughorn.

— Obrigado, eu preciso ir. — Hermione estava sentindo-se confusa com a situação, mas Draco passou um conforto para a garota, algo que ela nunca havia sentido antes.

Malfoy caminhou depressa para fora do castelo, sentia-se estranho com o que aconteceu há poucos minutos. Ele estava confuso, afinal de contas ele sentia atração pela garota, mas não sentiu nada além de desconforto quando a tocou.

— Ei, me espera. — Maia correu atrás do amigo que a ignorou completamente — O que aconteceu? Ela estava falando com você.

— Eu sei. — Malfoy sentou-se no gramado e encarou as árvores em sua frente.

— E isso é bom! Draco, o que houve?

— Não é ela Maia, não é.

— O que está dizendo? Tem semanas que está babando em cima dela.

— Eu sei, também pensei que fosse a Granger. — Os olhos do garoto estavam cheios de lágrimas, Maia nunca sequer pensou que um dia veria essa cena em sua frente, Draco Malfoy estava chorando — Isso tudo foi perda de tempo, eu preciso encontrar a garota certa ou... — murmurou limpando os olhos.

— Cala a boca, eu vou te ajudar. — A garota aproximou-se e abraçou o amigo, nunca havia recebido um abraço tão apertado antes, sentia sua respiração falhar — Ai, pode maneirar um pouco na força? — O loiro riu fraco e a soltou.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora