Capítulo 5

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O dia havia amanhecido ensolarado naquela sexta-feira, até mesmo em Wiltshire, mais precisamente na mansão Malfoy. Narcissa sentia-se aflita, temia pela saúde e vida do filho, ela sentia-se completamente culpada por ter exposto o garoto a essa situação – mesmo que ela não tenha controle algum sobre isso – jamais se perdoaria se qualquer coisa acontecesse com seu filho.

Decidiu tomar uma das decisões mais incertas, ela precisava que alguém o protegesse, quando criança ela escutava lendas sobre a manifestação da criatura no corpo humano. Com certeza ela poderia contar com a ajuda de Dumbledore e o mais importante, com seu silêncio.

“Wiltshire, 20 de setembro de 1997

Olá, Dumbledore

Venho por meio desta carta tirar um grande peso de meu coração e pedir que me ajude, pois não suportarei tanta angústia sozinha. Neste último verão Draco passou por uma grande transformação e agora sua vida está em perigo. A sua maldição é ter despertado o gene veela em seu sangue, eu me lembro que o senhor havia me alertado dessa condição durante o meu período escolar. E hoje te peço, não como uma mãe preocupada, mas sim como uma aluna que conseguiu encarar os seus demônios quando estava mais assustada, ajude-o! Ele é forte, mas está sozinho, temo por seu tempo e pela manifestação da criatura, sabemos que um veela quando provocado pode acabar com toda uma cidade. Peço para que não deixe essa informação sair de nós, eu não suportaria ver meu filho sofrer tantos ataques.

Muito obrigado.

                                         — Narcisa Malfoy.”

A sensação de alívio tomava posse de seu coração, ela sabia que poderia confiar seus segredos ao diretor. Mesmo com o risco de exposição de toda sua família novamente, ela não deixaria se abalar.

Draco estava agitado naquela manhã, ele sequer sabia o motivo, sentia-se mais disposto do que nunca antes. Mal conseguia ficar parado para tomar seu café da manhã, balançava suas pernas incansavelmente.

— Cara, o que você tem? — Blásio o encarou, ao contrário do amigo ele estava completamente exausto, poderia dormir ali na mesa do refeitório mesmo e não ligaria para os comentários alheios.

— Nada, por quê?

— Porque tem exatos dez minutos que você não para essas pernas, já estou me irritando.

— Desculpa, estou ansioso para começar os treinos logo.

— Mas os treinos só começam na segunda-feira.

— Mesmo assim. — Draco deu uma mordida forte em sua maçã e sentiu seu lábio inferior arder, ele acabará de morder os próprios lábios ao ponto de tirar sangue de si mesmo.

— Amanhã ainda está de pé, não é? — perguntou Zabini ansioso.

— O que tem amanhã?

— Vai me dizer que se esqueceu do meu encontro? Ah não! Você ao menos perguntou para a Maia se ela pode ir com você?

— Putz! Sabia que estava esquecendo de algo — reclamou, tentando segurar a risada ao máximo para não entregar que estava apenas caçoando do amigo.

— Porra Malfoy! Eu só te pedi uma única coisa. — Draco gargalhou na cara de Zabini que estava começando a acreditar que o amigo estaria ficando louco.

— Eu estou brincando, ela aceitou sim! Mas é você quem vai pagar as cervejas amanteigadas — respondeu convencido.

— Por que se...

— Com licença, senhor Malfoy? — Uma voz madura interrompeu a conversa dos dois.

— Sim professora. — Draco a encarou com curiosidade, afinal de contas não era nada comum os professores chamarem atenção dos alunos ainda mais durante uma refeição.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Where stories live. Discover now