...
— Maia?
— Está me ouvindo? O que aconteceu? Fica comigo, por favor. — Draco lutava para abrir seus olhos, o que foi totalmente em vão.
— Senhorita Fitzgerald, o que aconteceu? — A voz cansada de Dumbledore tomou conta do local.
— Eu... eu não sei, ele estava assim quando cheguei.
— Se afaste, por favor. — Professor Snape aproximou-se do rapaz, Maia sequer tinha notado sua presença.
Dumbledore abraçou a garota tentando confortá-la, enquanto o professor examinava o veela caído ao chão.
— Ele estava consciente, falou meu nome.
— Bom, a boa notícia é que ele vai ficar bem. — Snape despejou uma poção na boca do rapaz, o que fez sua expressão de dor ficar mais calma.
— Eu não entendo, o que ele tem?
— Amortentia, senhorita Fitzgerald. Alguém tentou usar a poção do amor, seu lado humano sucumbiu aos desejos causados pela poção, mas seu lado veela preferiu morrer do que gostar de outra pessoa. — Severus deu a notícia como se estivesse falando de algo banal que acontece diariamente.
— Limparemos o sangue. — Dumbledore finalmente disse algo — Mas preciso que fique de olho nele, não sabemos qual será a reação do veela e Draco só confia em você.
— Por quanto tempo ele vai dormir?
— Talvez acorde amanhã — respondeu Snape. — Suspeita de alguém que possa ter feito isso?
— Não.
— Qualquer outro problema pode me chamar, vou pedir para os elfos entregarem suas refeições no quarto, até o senhor Malfoy se sentir melhor.
— Obrigado, professor Dumbledore. — O velho balançou sua varinha e o rapaz apareceu deitado em sua cama com roupas limpas.
— Não se preocupe, Maia. Ele ficará bem. — Snape tentou confortá-la.
Os professores deixaram o quarto, o chão que antes estava repleto de sangue estava limpo. Maia deitou-se ao lado do loiro e acariciou seus cabelos, o medo de perdê-lo a deixou totalmente desesperada, não saberia lidar com outra perda.
A manhã logo veio e com ela a claridade do dia, mesmo a neve cobrindo as montanhas que cercavam o castelo, o sol ainda brilhava fraco. Maia acordou com a claridade, o rapaz dormia na mesma posição que foi colocado em sua cama, parecia estar em coma.
A corvina desceu para a sala, detestava estar ali e não poder brincar com o rapaz. O carpete estava todo limpo, parecia que nada havia acontecido ali, algumas de suas roupas estavam dobradas de maneira impecável no sofá, ela tomou um banho rápido para acalmar a adrenalina que ainda estava sentindo e sentou-se novamente ao lado do rapaz.
— Você me assustou tanto ontem, Malfoy. Eu deveria te matar quando acordar, mas não quero te perder — suspirou, encarando o loiro. — Se você soubesse o quanto gosto de você e o quanto isso me assusta. — Acariciou o rosto do rapaz — É estranho, sabia? Nunca nos falamos e talvez nunca teríamos nos falado se não fosse pelo seu gene. — Deitou a cabeça no peito do loiro e ouviu seus batimentos que estavam calmos.
Draco sentia uma dor terrível em seu peito, parecia que estava sufocando com o próprio ar, aos poucos retomou as coordenadas de seu corpo, mas seu veela estava assustado com tudo o que aconteceu.
— Ah, aí.
— Draco? Você acordou — Maia sorriu animadamente.
— Onde estou? — Finalmente abriu seus olhos, eles estavam escuros como a noite.
YOU ARE READING
A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...