Capítulo 19

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...

— Maia?

— Está me ouvindo? O que aconteceu? Fica comigo, por favor. — Draco lutava para abrir seus olhos, o que foi totalmente em vão.

— Senhorita Fitzgerald, o que aconteceu? — A voz cansada de Dumbledore tomou conta do local.

— Eu... eu não sei, ele estava assim quando cheguei.

— Se afaste, por favor. — Professor Snape aproximou-se do rapaz, Maia sequer tinha notado sua presença.

Dumbledore abraçou a garota tentando confortá-la, enquanto o professor examinava o veela caído ao chão.

— Ele estava consciente, falou meu nome.

— Bom, a boa notícia é que ele vai ficar bem. — Snape despejou uma poção na boca do rapaz, o que fez sua expressão de dor ficar mais calma.

— Eu não entendo, o que ele tem?

— Amortentia, senhorita Fitzgerald. Alguém tentou usar a poção do amor, seu lado humano sucumbiu aos desejos causados pela poção, mas seu lado veela preferiu morrer do que gostar de outra pessoa. — Severus deu a notícia como se estivesse falando de algo banal que acontece diariamente.

— Limparemos o sangue. — Dumbledore finalmente disse algo — Mas preciso que fique de olho nele, não sabemos qual será a reação do veela e Draco só confia em você.

— Por quanto tempo ele vai dormir?

— Talvez acorde amanhã — respondeu Snape. — Suspeita de alguém que possa ter feito isso?

— Não.

— Qualquer outro problema pode me chamar, vou pedir para os elfos entregarem suas refeições no quarto, até o senhor Malfoy se sentir melhor.

— Obrigado, professor Dumbledore. — O velho balançou sua varinha e o rapaz apareceu deitado em sua cama com roupas limpas.

— Não se preocupe, Maia. Ele ficará bem. — Snape tentou confortá-la.

Os professores deixaram o quarto, o chão que antes estava repleto de sangue estava limpo. Maia deitou-se ao lado do loiro e acariciou seus cabelos, o medo de perdê-lo a deixou totalmente desesperada, não saberia lidar com outra perda.

A manhã logo veio e com ela a claridade do dia, mesmo a neve cobrindo as montanhas que cercavam o castelo, o sol ainda brilhava fraco. Maia acordou com a claridade, o rapaz dormia na mesma posição que foi colocado em sua cama, parecia estar em coma.

A corvina desceu para a sala, detestava estar ali e não poder brincar com o rapaz. O carpete estava todo limpo, parecia que nada havia acontecido ali, algumas de suas roupas estavam dobradas de maneira impecável no sofá, ela tomou um banho rápido para acalmar a adrenalina que ainda estava sentindo e sentou-se novamente ao lado do rapaz.

— Você me assustou tanto ontem, Malfoy. Eu deveria te matar quando acordar, mas não quero te perder — suspirou, encarando o loiro. — Se você soubesse o quanto gosto de você e o quanto isso me assusta. — Acariciou o rosto do rapaz — É estranho, sabia? Nunca nos falamos e talvez nunca teríamos nos falado se não fosse pelo seu gene. — Deitou a cabeça no peito do loiro e ouviu seus batimentos que estavam calmos.

Draco sentia uma dor terrível em seu peito, parecia que estava sufocando com o próprio ar, aos poucos retomou as coordenadas de seu corpo, mas seu veela estava assustado com tudo o que aconteceu.

— Ah, aí.

— Draco? Você acordou — Maia sorriu animadamente.

— Onde estou? — Finalmente abriu seus olhos, eles estavam escuros como a noite.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Where stories live. Discover now