Capítulo 15

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Maia Fitzgerald estava sentada entre o muro que a separava de uma queda de seis metros de altura e o chão da escola. Ela não queria ser perturbada, acabará de descobrir que seu avô havia falecido durante a madrugada, ele era a única pessoa neste mundo que a fazia esquecer que seus pais estavam longe trabalhando.

— Maia? — Malfoy aproximou-se com calma olhando a garota sentada próximo ao relógio da escola.

— Agora não, por favor. — Limpou seu rosto, mas era em vão.

— Ah, a Luna me contou o que aconteceu — suspirou, não sabia o que dizer para fazer a garota sentir-se melhor. — Eu sinto muito.

— Obrigado. — Seu olhar encarava o vidro embaçado que mostrava as montanhas próximas ao castelo — Como me achou?

— Não precisei de muito, quase ninguém conhece esse lugar, e eu já te vi aqui antes.

— Meus avós gostavam de ficar aqui quando se conheceram — sorriu. — Minha avó sempre me dizia que meu avô detestava altura! Irônico, não?

— Sim, não acha melhor descer daí? Não quero perder minha amiga.

— Fica tranquilo, ainda vou te perturbar por muito tempo.

— Eu espero. — O loiro esticou a mão e a ajudou a descer do parapeito — Quando vai ser o...

— O enterro? — Draco assentiu sem jeito — Amanhã, Dumbledore autorizou a minha saída.

— Se quiser, eu posso te acompanhar.

— Faria isso?

— Por que não? — Maia sorriu deixando suas lágrimas descerem por seus olhos — Não quero te ver assim. — Malfoy a puxou para seus braços e a envolveu em um forte abraço.

Os dois ficaram abraçados por um bom tempo, Draco sentia seu coração doer a vendo daquela maneira sem poder fazer nada para mudar essa situação.

— Como vamos fazer para te ajudar agora?

— Não se preocupe com isso, não é importante. — Draco beijou sua testa.

A manhã logo chegou, o céu estava nublado, alguns pássaros que ficavam em cima das árvores cantavam deixando o dia mais leve.

Draco estava arrumando sua gravata preta, jamais admitiria que temia por sua vida, sabia que seu tempo estava correndo, ainda tinha oito meses, mas não queria pensar nisso essa manhã.

— Dumbledore te liberou? — Blásio encarou o amigo que estava mais sério do que o habitual.

— Sim, ele disse que a Maia precisa estar com os amigos neste momento.

— Fala que eu mandei meus pêsames.

— Eu falo, até mais tarde.

— Até mais.

Malfoy desceu as escadas com calma, seus olhos estavam cansados, havia passado quase a noite inteira tentando distrair Maia, mas sempre parecia que era em vão.

— Bom dia. — A morena sorriu o encarando descer as escadas.

— Bom dia. — Retribuiu o sorriso.

— Ah crianças, já estão aí! — Dumbledore os encarou com um sorriso simpático — Vamos, segurem em meus braços. — Os alunos apenas obedeceram e desaparataram junto ao diretor.

Em segundos os três estavam em um jardim iluminado por poucos raios de sol, haviam algumas pessoas a poucos metros de distância. Maia apenas respirou fundo tentando acalmar seus sentimentos.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Where stories live. Discover now