Lilás e âmbar

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Demorei pra caramba mas volteeeeeeeei guarda a faca.

Yeye! Como ces já sabem, estamos mais próximos do fim, então agora os capítulos vão ter bastante informação nova numa pancada só. Então leiam devagarinho ❤️ boa leitura!

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A alfa lúpus havia acabado de colocar seu filho para dormir. O dia havia sido de clima abafado, e quando a noite finalmente chegou o tempo pareceu fechar, indicando que uma chuva leve viria em poucos instantes. Devido a temperatura alta, a mulher prendeu os cabelos volumosos, de cachos pequenos em um coque alto, improvisado. A pele negra reluziu quando esta se aproximou da janela e a iluminação de um poste próximo caiu sobre si. Bem, poderia ser a luz da lua se o céu não tivesse sido tomado por nuvens. Em poucos instantes, as gotas caíram sobre as folhas no seu jardim e foram se intensificando, trazendo uma sensação de fresco.

A marca em seu pescoço fisgou levemente. Aquilo já era costume, acontecia quase que todas as noites, e em todas elas a mulher tocava levemente o local com a ponta dos dedos, sentindo a vibração gostosa percorrer sua derme até que chegasse em sua coluna, intensa. Suspirou e olhou uma última vez para o jardim através de sua ampla janela. Quando estava prestes a dar as costas e seguir até seu quarto, teve um vislumbre de uma sombra em seu quintal e voltou a acompanhar ali com o olhar, então prestando mais atenção. Quando a figura se aproximou mais, o calor em sua marca se tornou insuportável e seus batimentos aumentaram consideravelmente.

O homem caminhava tranquilamente, ignorando a forma como a chuva lhe encharcava as vestes e tornava seus passos pesados. Porém, mesmo que os tecidos sobre seu corpo estivessem pesando, sua alma flutuava enquanto se aproximava da mulher que lhe observava através da janela. Abandonou a mala no chão, e ao fazê-lo, a alfa lúpus imediatamente saiu de perto da janela e a porta da casa foi aberta. A chuva então também a acolheu e seus cabelos se soltaram, caindo em uma bela cascata volumosa e brilhante até quase sua cintura. Suas mãos foram para frente, a iluminação da rua refletia em suas longas unhas enquanto ela caminhava, e ao se aproximar o bastante, suas mãos tocaram o rosto do homem, que sorria grande para ela.

- Eu pensei que morreria se não voltasse – ele disse, saboreando a própria voz ao seu ouvir falando em sua língua nativa depois de tanto tempo. O sorriso que rompia seus lábios agora também era compartilhado pela mulher, que agora se sentia tão alto que as nuvens poderiam ser consideradas baixas demais.

- Ninguém precisa morrer agora – a mulher disse, carregando um sotaque mais pesado, já que sua língua nativa era muito diferente do mandarim. O homem lhe tocou um dos pulsos e beijou a palma da alfa. – Bem vindo de volta. Senti sua falta todos os dias.

Henry finalmente tomou sua mulher em seus braços. A chuva derramava agora as lágrimas que Lia havia chorado enquanto estivera longe de seu alfa, lavando sua pele, lavando sua carne, purificando de novo sua alma. Seu coração agora estava em paz, e a marca em seu pescoço não ardia mais. Vibrava. E os dois vibravam em sintonia com suas marcas, em completa felicidade.

- Eu também, Lia. Eu também.

O ambiente estava silencioso, com exceção aos sons baixos provenientes das respirações dos dois e das páginas sendo folheadas. A sala de estudos do castelo era, assim como boa parte do castelo, à prova de sons, então se algum fio de cabelo caísse no chão daquele cômodo, poderia ser notado facilmente. Jimin elevara sua concentração ao máximo; lia com lentidão e folheava o livro de história com cuidado, como se não quisesse atrapalhar o companheiro. Jeongguk por sua vez fazia o mesmo, revisando o que já sabia para ajudar seu alfa caso este apresentasse alguma dúvida – o que era raro, já que o Park parecia bem a par dos assuntos e da história de Busan no geral.

CASTA 6 • pjm + jjkWhere stories live. Discover now