Mesmo que na escola fossemos estranhos. Dois alunos que não eram amigos, não se falavam. Ninguém fazia a mínima ideia de que sua pele se juntava a minha, e pelo menos, por algumas horinhas, em alguns dias da semana,
Jeon Jungkook era meu.
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Ter contado para Taehyung, aquele dia, foi um grande alívio.
Mas o problema era que oitenta porcento das nossas conversas eram sobre Jungkook. E sexo. E sentimentos.
A semanas atrás concluímos que eu estava completamente fodido. Eu sou louco por Jeon Jungkook e eu queria te-lo só para mim.
Eu nunca havia sentido isso em toda a minha vida. É um sentimento alienígena.
Esse ET estacionou sua espaçonave no meu coração sem mandar sinais de aviso e agora está abduzindo toda a minha mente e meus pensamentos saudáveis. Me transformando em um adolescente apaixonado que pensa em coisas românticas que nunca vão acontecer. Eca!
Eu sempre achei que transar com Jeongguk fosse ser incrível, do tipo, vou ter orgasmos, e ser tocado, e só isso. Ponto. Fim. Mas aparentemente eu caí nesse conto de fadas e agora estou perdida e absurdamente apaixonado por ele, e não só pelo sexo.
É madrugada. Sábado. E tem umas sessenta pessoas dentro do apartamento do Hoseok. Num canto é possível ver uma roda jogando Uno. Isso mesmo, Uno. No sofá do meu lado tem uma fileira de gente fumando e brincando com os balões do teto. Pessoas são estranhas.
Depois do tombo no corredor, Hobi conversou com Taehyung sobre mim e a partir de então, estão conhecendo um ao outro. Embora eu tenha descoberto isso apenas depois do campeonado de Jeongguk, quando eles apareceram juntos, eu fiquei feliz por Tae. Hoseok era um cara bacana e eles combinam bastante.
Já sobre eu e meu namoradinho, tudo está simplesmente errado.
Parece que eu estou vivendo uma fanfic e ninguém acreditaria se eu dissesse que meu melhor amigo tá se comendo com o dono da festa na cozinha e eu estou sozinho, sentado no sofá observando o cara que eu gosto flertar com uma ruiva.
Só faltava estar tocando dancing on my own.
— Jiminnie! — alguém me gritou.
Era Namjoon, o menino inteligente da minha sala. Com um cigarro entre os dedos e duas latinhas.
— Oi. — o cumprimentei quando ele se sentou ao meu lado. — Não sabia que gostava de festas. — encarei sem querer seu cigarro e ele riu.
— Ah cara, eu sou o doido da matemática, e dai? — ele riu, me oferencendo uma lata de cerveja fechada. E gelada.
Abri o lacre e virei goela a baixo, sentindo o amargo da bebida e o amargo do meu ciúmes rasgarem minha garganta. Ah qual é, ele estava de frente para mim, rindo de algo que a garota acaba de falar perto do seu ouvido.
— Não queria falar nada, mas desse jeito você vai fazer voar cerveja. — Namjoon me alertou e eu olhei para a minha mão. Eu estava apertando tanto a lata, que estava caindo bebida no chão por conta do amassado.
