20 - What comes next?

213 37 86
                                    

— Com Lily, oras.

— Pare de mentir, sabemos que não estava com a Srta. Johnson. — Henry contesta — Você foi vista entrando na casa dos Vincent.

— Como?

— Sra. Berrycloth a avistou e avisou mamãe unicamente, para não envergonhar o nome de nossa família.

Clarissa não tinha o que contestar, pois eles estavam certos. Cometera um erro grave e teve a sorte de apenas uma amiga de sua mãe tê-la avistado.

— Conversaremos depois, — disse Ava — agora você terá que conversar com Joshua primeiro.

Após tais palavras, ela e Henry se retiraram do saguão de entrada, deixando apenas Clarissa sozinha na presença de Joshua.

— Josh... — ela se aproxima.

— Não. — ele a interrompe levantando a mão — Por favor, me deixe começar.

Clarissa apenas o encara com medo. Quando olhou nos olhos dele, soube. Seu casamento já era.

— O que estava fazendo na casa dos Vincent?

— Fui visitar o lugar, apenas isso. — ela mente, aproveitando a oportunidade de que ele não sabia sobre Ruel.

— Uma casa vazia? — Joshua se levanta com ambas as mãos para trás do corpo, de modo que estivessem fora da visão de Clarissa.

— S-sim, quis matar a saudade de quando éramos pequenos, e...dele.

Bom, então pelo visto as pessoas andam vendo fantasmas por aí, certo?

— Como? — ela pergunta confusa.

Para explicar, Joshua puxa uma das mãos para frente do corpo e...

e...

e...

E joga o jornal da semana em cima da mesinha de vidro que estava ao lado dos dois.

— Por que está mentindo para mim? — ele a encara com raiva no olhar.

— Estava com medo de sua reação.

Minha reação?

Joshua estava incrédulo. Como ela ousava continuar mentindo para ele?

— Sim! A exata reação que está tendo agora. — ela rebate.

— Oh, então agora a culpa é minha?

— Não ponha palavras em minha boca! — a jovem pisa firme no chão de madeira do cômodo em que se encontravam.

— Clarissa — ele nunca a chamou assim, nem mesmo quando eram crianças — você estava na casa dele. Estava sozinha com ele. Como espera que eu a perdoe depois disso?

— Eu nunca pedi para que me perdoasse.

Agora, era ela quem estava começando a ficar irritada.

— Pois não há nada para ser perdoado. — Clarissa continuou —  Não fizemos nada, não aconteceu nada. Você leu o jornal, então sabe que o pai dele está morto. Eu fui lá para mostrar apoio à ele, e é isso o que você deveria estar fazendo também em vez de estar agindo como um garoto puramente cheio de ciúmes deixando que isso corrompa a obviedade das coisas.

— Eu queria acreditar em você...

Não acredita em mim? — sua voz soou machucada e mais enganiçada do que ela planejava.

— O que esperava que eu fizesse? Você estava com ele, sozinha, estava mentindo para mim.

Por que não acredita em mim? — ela estava quase gritando agora.

Through the time • RuelOnde histórias criam vida. Descubra agora