As lágrimas caiam do meu rosto sem parar, as manchas avermelhadas em meu pulso ardiam e me faziam lembrar de onde estava e qual era minha posição naquele lugar.
Ouvi um barulho como um ranger de porta e rapidamente enxuguei minhas lágrimas. Não conseguia enxergar já que o local onde estava era escuro, mas pela sombra consegui percebe que era uma mulher pela silhueta do vestido.
XXX- Olá. Any você está aqui? - A voz me parecia familiar e logo me lembrei da menina de olhos puxados .
- Hina - Minhas estava falhada e saiu como um sussurro mas creio que ela ouviu já que pude ouvir o barulho de seus saltos ecoando no chão de madeira. Ela se aproximou de mim e me envolveu em um abraço, no começo foi meio estranho já que mal a conhecia mas logo me permite chorar em seus braços.
Ela passava a mão pelo meu rosto secando os resquícios de lágrimas. Depois começou a passar a mão pelo meu cabelo numa leve carícia murmurando uma música que logo reconheci.
"Pra começar
cada coisa em seu lugar
E nada como um dia após o outro
Pra que apressar se não sabe onde chegar
Correr em vão se o caminho é longo
E quem se soltar da vida vai gostar
E a vida vai gostar de volta em dobro... "
Nessa hora começamos a cantar juntas
" E se tropeçar do chão não vai passar
Quem sete vezes cai levanta oito... "
Eu e Hina nos olhamos e começamos a rir.
- Se sente melhor? - Ela me perguntou em meio a gargalhadas.
- Estou bem. Obrigada.
Hina:Ainda bem que sai daquela festa, meu Deus que SACO. - Começei a rir da cara de tédio que ela fazia, e das imitações das peruas-mimadas (como nomeou Hina) .
Hina: Você é legal sabe, nem parece aquelas princesas mimadinhas que eu conheço. Alias você é da onde? Nunca ouvi falar em nenhuma Any. - Engoli seco. Como eu diria a ela que não sou uma princesa? Que eu simplesmente estou aqui porque estou grávida? Como dizer isso sem ela pensar que eu sou uma vagabunda interesseira?
- Bem.. eu não sou uma princesa. - Ela me olhou espantada, vi o seus olhos arregalarem e ficarem sombrios.
Hina: Você está grávida? -Sua voz estava em um fio, vi seus olhos ficaram embargados. Como ela podia saber que eu estava grávida? Talvez ela conhecesse a lei, imaginei. Mas não consegui entender sua reação quando as lágrimas começaram a sair molhando seu rosto.
- Por que você está chorando?- Ela enxugou os olhos como se não percebesse que estava chorando antes.
Hina: Você está grávida? - perguntou ignorando minha pergunta.
- Estou, mas eu não consigo... - Não pude completar a frase porque Hina saiu correndo, e mas uma vez tive a certeza que, tinha alguma coisa errada. Coloquei as mãos na minha pequena barriga, sentindo um aperto no peito.
Josh: Falei que você estava indisposta e vamos embora. - Disse proximando. Mas quando ele me viu com as mãos na barriga seu rosto se tensionou.
Josh: Você está bem ? Está sentindo alguma dor? - Sua voz parecia preocupada, mas sinceramente não conseguia acreditar nessa preocupação repentina, não depois de tudo que aconteceu.
- O que essa lei tem demais?- Ele me olhou confuso.
Josh: Que lei?
-A lei que obriga a gente a casar.- Falei irritada. - O que ela tem demais?
Josh: Com quem você andou conversando? - Ele perguntou se sentando no sofá, esfregando a mão uma nas outras em sinal de nervosismo.
- Com ninguém. Mas me responde. O que ela tem demais? - Seus olhos desceram para a minha barriga e se fecharam, sua mãos cerradas.
Naquele momento a minha dúvida se tornou certeza, tinha alguma coisa errada e envolvia essa maldita lei.
Josh: Nada, não tem nada demais. Vamos embora. - Ele saiu e o segui porta a fora.
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Oiii!
Vai de mal a pior!
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Erros, me fale!
Tô de feriassss
Kisses, Ceci 💜
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