Pov Josh
A casa continuava perfeitamente impecável, os carrinhos ainda continuavam na sala, no mesmo lugar onde havíamos brincado de oficina no dia anterior, ela não os mudará de lugar, talvez quisesse brincar novamente. Minha pele estava arrepiada, era um frio incomum, apesar de ainda ser de tarde o dia parecia absurdamente triste e o medo assolou meu coração quando abri a porta de seu quarto e não a encontrei.
FLASHBACK ON ( queria falar que "Ele" é um apelido de Elenor, então não achem estranho o josh falar Ele algumas vezes)
- Mamãe? Está brincando de piqueesconde?
A porta do quarto de Ele estava entreaberta, uma felicidade repentina me atingiu, mamãe havia conseguido traze-la de volta, ela me havia dito que Ele estava viajando com Miguel mas logo ela a traria de volta, e nos iríamos brincar de oficina juntos.
Quando abri a porta não a encontrei lá, Ele não estava lá mas mamãe sim, sua roupa estava suja de sangue assim como todo o quarto, me aproximei e toquei seu rosto.
- O que houve mamãe? A senhora se machucou? Quer que eu busque um remédio? - Ela olhou em meus olhos e sorriu, tocando meu rosto.
Mãe: Não querido, a mamãe ficará bem, eu estarei com a nossa menina, irei encontra-la.
- A senhora pegara Ele na casa de Miguel? Quando ela vai voltar? - Seus olhos se encheram de lágrimas escondidas e suas mãos se entrelaçaram as minhas.
Mãe: Eu te amo, meu filho.
Suas mãos caíram sobre o chão, ainda coberto de sangue e senti seu corpo desfalecer.
- MÃE! O que houve? Mãe, acorda mamãe.
Deitei sobre seu corpo e as lágrimas caíram sem parar, toquei em sua face, antes corada e cheia de vida, agora perderá sua cor.
- Eu também te amo mamãe.
FLASHBACK OFF
Podia ouvir os gritos desesperados de Any, enquanto recolhia os estilhaços de um vaso, minha mão sangrava mas eu nem sequer sentia dor, eu só queria que a lembrança daquele dia infernal fosse embora, eu a odiava, ela havia me abandonado, me deixado com cinco anos.
Any: Joshua! Pelo amor de Deus. O que está acontecendo? - Sua voz era desesperada e podia perceber que chorava por conta da voz falha.
- Vai embora! Eu quero ficar sozinho.
Any: NÃO! Abre a porta, eu posso te ajudar.
Ela esmurrava a porta e tentava abri-Ia a qualquer custo. Mas ela estava errada, não poderia me ajudar nada que ela fizesse poderia apagar aquela maldita lembrança. Sentei no chão e soltei o caco de vidro que ainda segurava, as lágrimas caiam sem parar, eu odiava lembrar dela e vê aquela carta só tornou tudo pior. Any bateu na porta de uma maneira calma e quase ritmada.
Any: Talvez isso não seja suficiente ou talvez até insignificante, mas... - Ela parou um pouco e pude ouvir ela tomando fôlego, ponderando se falava ou não. - Eu te amo. - Fiquei imóvel mal conseguia pensar, ela também pareceu ter parado de respirar. O que eu diria? Eu nem sabia o que sentia por ela.
Me aproximei da porta, conseguindo ouvir sua respiração desesperada, quando girei a maçaneta ela estava com a mão no peito e parecia desesperada, quando viu meu estado seus olhos se arregalaram.
Any: Josh, Jesus! O que você fez? -
Toquei seu rosto e suas feições se tornaram confusas.
- Me desculpe, não queria que presenciasse isso. - Ela tocou meu rosto e sorriu.
Any: Na alegria e na tristeza, lembra? - Sorri e passei minha mão em sua bochecha, limpando os resquícios de lágrimas. Any era diferente de qualquer outra garota que eu tivesse conhecido, ela é forte e frágil, e tão altruísta. Eu fui criado com um preconceito tão grande em cima dos mais pobres, um príncipe nunca deveria se misturar aos plebeus, eles estavam ali para servi-los, e ter um envolvimento amoroso com uma plebéia era repugnante. Mas hoje vejo que o maldito sangue não diz nada sobre quem você é, e Any é tão melhor do que qualquer nobre, seu sangue tão puro que nenhum sangue azul se compararia ao seu. Hoje eu vejo que plebéia era repugnante. Hoje eu vejo que não poderia ter melhor pessoa para ser a minha mulher e a mãe do meu filho.
- Você me transformou gatinha.
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Oiii!
O que faltava pra falar EU TBM TE AMO???!??!?!??!
Por hoje é só, obrigado por estarem lendo!
Kisses, Ceci💜
