Cap. 47

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A noite estava tempestuosa, e o clima gélido fazia meu pelos se arrepiarem. Sempre associei o tempo atmosférico com os meus sentimentos, uma atitude boba, mas hoje, a noite gélida era exatamente como eu estava me sentindo. O medo me assombrava e eu não conseguia dormir, também não conseguia olhar Josh,
porque ainda estava com muita vergonha pelo que havia dito mais cedo. "Eu te amo" as palavras saíram de uma maneira impensada, numa atitude, eu diria, desesperada.

Mas eu não podia dizer que havia sido apenas desespero, não, definitivamente não era, eu o amava, sim eu o amava. Cheguei aquela conclusão quando percebir que não conseguia ficar longe dele, quando notei que um simples olhar fazia todos os meus sentidos aguçarem. Ele era diferente, e isso o tornava especial aos meus olhos. Mas foi depois de uma noite ardente, quando eu olhei para seu rosto e o vi dormindo com um pequeno sorriso no rosto, foi naquela noite que eu percebi que o amava, amava aquele Josh sem máscara, sem medo.

Demorei a acreditar, a aceitar, amar Josh era um erro, uma fraqueza, mas quando ouvi seus soluços vindos do quarto, era como se eu pudesse sentir a sua dor, que estivéssemos tão conectados a ponto de compartilhar- mos a mesma dor, e foi aí que eu percebir que eu necessitava de Josh, de uma forma tão desesperada como se a minha vida dependesse dá dele, e tudo se tornou claro, o que era antes abstrato na minha cabeça se tornou concreto, se aquilo era amor, se o amor fosse uma forte dependência ou como diria Camões "Um querer está preso por vontade" Se isso era amor, eu estava amando e a sensação era boa, diferente, peculiar, era como um renascimento, era como ter um novo sentido, tudo ser tornava mais colorido mais vivaz. Mas por que aquele vazio?

Talvez fosse porque ele não havia dito o mesmo, porque as palavras saíram da minha boca mas ele fingiu não ter ouvido ou me ignorou completamen-te. No fim, seu Giovani tinha razão, o amor é abstrato, nunca será uma coisa concreta, o amor nunca é devolvido da mesma forma, com a mesma intensidade, não é concreto, nunca será. Poucas pessoas tem a chance de amar e ser amada, e talvez eu não fosse uma dessas pessoas.
Passei a mão no rosto, precisava desesperadamente de ar, o dia não estava sendo fácil e a noite parecia querer me sufocar. Eu não queria pensar em como aquela casa me transmitia uma sensação ruim, eu não queria pensar que o que havia acontecido com Eleanor poderia acontecer com o meu pontinho, eu não queria pensar que se ele morresse também seria o meu fim, a minha vida iria ruir até um ponto em que viver se tornasse doloroso demais.

Peguei o aparelho em minhas mãos,
ele estava quente demais para a noite fria. Digitei os números já conhecidos e quando ouvi sua voz no terceiro toque meu coração acelerou.

-Alô. - Sua voz estava cansada e podia está enganada mas parecia que havia chorado.

- Mãe? - A palavra saiu esganiçada minha voz estava fraca.

Mãe: Any? Está tudo bem? - Sua voz preocupada me fez respirar aliviada, pensei que desligaria assim que ouvisse minha voz.

- Estou com medo, mãe. - Deixei que as palavras saíssem e logo senti meus olhos marejarem, sim eu estava tentando ser forte, para mim, para Josh, mas a verdade é que eu estava desesperada.

Mãe: O que aconteceu querida? - Senti falta de seu tom de voz calmo. Por um segundo me permitir imaginar que estávamos no meu quarto conversando, como nos velhos tempos.

- Eles querem o meu filho, mãe, eles querem o meu bebê. - Assim que as palavras saíram da minha boca senti as lágrimas molharem o meu rosto, e um soluço sôfrego saiu dos meus lábios.

Mãe: O que está dizendo? Quem quer o bebê? - As lágrimas já caiam sem parar e eu tentava abafar os meus soluços para que Josh não acordasse, embora considerava pouco plausível, já que a tempestade por si só já abafava o meu choro.

- Tem uma lei que diz que todo bebê, filho de um sangue nobre com um sangue não nobre deve ser executado, para que o sangue real não se manche com sangues impuros. - Soltei um longo suspiro e tentei controlar minha respiração. - Eles querem mata-lo, eu não posso permitir,mãe, eu não posso permitir.

Eu estava sentada próximo a porta que dava acesso ao jardim, abraçava meus joelhos enquanto sentia a dor me consumir, a dor da perda. Houve uma longa pausa antes que ela voltasse a falar.

Mãe: Tem alguma esperança? Há alguma coisa a ser feita? - Sua voz também soou fraca e parecia desesperada.

-Há uma carta, a carta de Elos que revoga essa maldita lei. Mas não sei onde possa está, não sei o que fazer mãe, onde procurar, só temos mais cinco meses até o nascimento, eu não posso... - Minha frase morreu em seu fim, se perdeu no ar, assim como a minha voz. Não sabia em que momento aquele bebê se tornou tão importante, mas agora pensar em perde- Io era tão doloroso, era como arrancar o meu próprio coração.

Mãe: Me escute Any, vamos achar essa carta, eu prometo que vamos encontra-la, nada vai acontecer a esse bebê. Amanhã eu passo aí, fique calma querida. - Passei a ela o endereço, e percebi que estava mais calma, ela sempre me deixava mais calma, sempre sabia o que fazer. Olhei para o teto e toquei o volume em minha barriga.

Fim da ligação

- Eu não quero te perder pontinho, eu simplesmente não quero está em um lugar que você não esteja. - Havia um pequeno pontinho brilhante no teto o que me chamou a atenção, aquela casa era intrigante e me causava náuseas, mas antes que pudesse olhar mais de perto um raio alto caiu fazendo com que eu me assustasse, decide que contaria amanhã para minha mãe sobre o pequeno ponto brilhante no teto

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Oiii!

Gente eu tô zangada (agoniada) pq eu ja escrevi esse cap, e na minha cabeça eu estava postando o cap errado então escrevi outro cap, depois percebi que estava escrevendo o certo e postei o errado. Então me desculpem pelo o erro!

Vcs perdoam a mãe da Any???

Kisses, Ceci💜


Grávida de um príncipe - beauany ( concluída)Место, где живут истории. Откройте их для себя