Cap. 61

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Pov Any

O lugar era frio e úmido, a única coisa que me era possível enxergar era a tênue luz da lua que entrava pela minúscula janela, imaginei ser uma espécie de porão, mas não tinha como saber com certeza. Minha nuca doía pela pancada, tentei mover minhas mãos mas só pude escutar o rangido de correntes batendo uma na outra, meu coração acelerou e tentei puxar minhas mãos mas isso fez meus pulsos arderem.

O ranger da porta ecoou por todo o lugar, senti minha respiração falhar.

Dimitri: Vejo que já acordou. Como está?- Não respondi.

Dimitri: Bem, não me interessa. - Senti uma luz brilhar sobre meu rosto e meus olhos se fecharam, incomodados com o clarão. Seus dedos tocaram meu rosto, me afastei enojada.

Dimitri: Tão bonita, sabe, você se parece muito com ela, quem sabe eu não possa... - Seus dedos desceram até tocarem o tecido que revestia meus seios, meus olhos se arregalaram e tentei me afastar mas as correntes me machucaram e impediram tal movimento. Ele sorriu e rasgou a parti de cima do meu vestido, apenas o sutiã revestia meus seios. Tentei chuta-lo mas minhas pernas estavam amarradas.

- Por favor, não faz isso. - Minha voz fraca ecoou pelo pequeno quarto. Ele me lançou um sorriso doentio mas antes que pudesse continuar seu celular tocou.

Ele se afastou e parecia irritado, seu rosto se contorceu em uma careta irritadiça e a medida que se afastava a luz da lanterna também ia com ele.
Escutei o ranger da porta e logo depois o click do cadeado, não sei porque aquele barulho fez meus olhos se encherem de lágrimas. engraçado a forma como nossa mente escolhe pequenas coisas para nos fazer desmoronar.

As lágrimas faziam meu rosto coçar e era incapacitante não consegui limpaIas, senti o bebê se mexer e um sorriso escapou de meus lábios.

- Está tudo bem meu amor, seu pai vai vir nos buscar. - Coloquei esperança nas minhas próprias palavras e desejei que fosse real, que Josh tivesse achado a carta e nos livraria daquele maldito lugar.

Senti minhas costas arderem e uma dor invadir meu ventre, tão forte que me fez morder os lábios até senti o gosto agridoce invadir meu paladar. Logo depois uma água escorreu por minhas pernas.

- Não! Por favor não permita que isso esteja acontecendo.

Pov Josh

O chão estava coberto por gotículas de sangue que pareciam estar em todo jardim.

Miguel: Eu não deveria te-la deixado sozinha. - Seus olhos estavam marejados enquanto segurava uma Sabina adormecida.

Minha própria voz parecia ter sumido, minhas pernas estavam bambas e sentia que ia desmoronar a qualquer momento.

- Chega de choramingar, os dois, para o carro, agora! - A voz de minha mãe soou acima de todas as outras, ela pegou Sabina no colo e apontou para o carro.

O caminho parecia ainda mais difícil com minha visão turva, era incapaz de sentir minhas próprias mãos, tentava não pensar o que Any e minha bebê poderiam estar passando.

- Precisamos deixar a criança em algum lugar, não será bom ela presenciar isso. - Miguel falou, e pelo retrovisor vi suas mãos acariciarem o cabelo da Sabi, tentei não pensar no bom pai que ele seria para Eleanor e tentei não pensar que ele também era meu pai. Será que ele sabia disso?

Mãe: Josh sabe onde a mãe da Any mora? - Olhei minha mãe, que estava no banco ao lado e assenti.

Mãe: Então vamos, rápido! Vou acionar o Parlamento de Fiscalização Real, Ron vai pagar pelo que fez. - Sua voz era revestida de cólera.

Pov Any

Outra onda de dor intensa me invadiu, segurei as correntes e senti meu pulso queimar, tentei não gritar mas estava se tornando impossível já que a dor era indescritível.

Levantei meu olhar para a pequena janela e vi a lua cheia, tão bela.

' Durma com os anjos meu bebê,
que as estrelas no céu estaram a iluminar o seu pequeno sonho de criança.

E eu cá na Terra estarei a guardar-te de todos os males desse mundo.

Durma com os anjos minha pequena estrela, que a noite é a esperança de um novo raiar.

E que os anjos guardem seus sonhos estrela

Quando eu não puder guardar.

Durma com Deus minha pequena estrela

E quando acordar ,
Que a esperança contida em seus olhos

Te faça terfé que tudo pode melhorar.

E eu estarei aqui para dizer-te novamente : "Eu te amo minha menina estrela, se acalme que a noite logo virá".

A música que meu pai cantava nas noites chuvosas, enquanto acariciava meu rosto e dizia que tudo estava bem, olhei novamente para a pequena janela e tive a impressão que a lua sorria para

- Papai, proteja minha menina Lua.

Pov Josh

A mãe de Any pareceu assustada quando nos viu, ela estava com olheiras e os olhos vermelhos e inchados.

Priscila: O que fazem aqui? Onde está Any?-  Minha mãe pegou no colo Sabina e a estendeu até Priscila.

Mãe: Pegue a criança, não temos tempo para perguntas. - Ela nos olhou confusa enquanto pegava Sabina em seu colo, foi Miguel quem respondeu.

Miguel: Capturaram a Any... - priscila arregalou os olhos e vi lágrimas se formarem em sua linha d'água.

Pri: O que? - Minha mãe suspirou ao meu lado.

Mãe: Senhora, não temos tempo para isso, então vamos. - Minha mãe me puxou e apontou para a porta.

Pri: Espera! - Nos viramos para ela. - Eu vou com vocês. Lamar fique com Sabina.

Pov Any

Tentei me concentrar em outra coisa que não fosse a dor insuportável que parecia me rasgar por dentro. Tentei imaginar um bosque onde eu, Josh e a menininha de cabelos negros e olhos azuis brincávamos, tentei pensar em como seria minha bebê, se teria realmente os cabelos negros e olhos azuis como os de meu pai, e essas coisas me fizeram sorrir.

A realidade me despertou com um som de vozes, todas gritando e absurdamente nervosas, logo depois um som terrível que fez meu coração parar por um instante, um tiro.

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Oii!

Quem será que deu o tiro e onde foi o tiro??

Será que o Josh vai chegar a tempo? Ou a filha deles irão morrer??

Tia Úrsula mandando em tudo, amo

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Kisses, Ceci 💜

Grávida de um príncipe - beauany ( concluída)Where stories live. Discover now