𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 𝒸𝒾𝓃𝒸ℴ

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𝒜𝓃𝓃ℯ 𝓅ℴ𝓋𝓈:

Espero Marilla ir até seu quarto, para então descer até a sala e pegar o telefone. Esticando o cabo até a dispensa, eu fecho a porta, para então ligar para a casa de Blythe, o número que eu havia anotado quando nos encontramos hoje.

- Alô? - ouço sua voz do outro lado da linha.

- Blythe? Sou eu, a Anne.

- Oi, Anne. Aconteceu algo?

- Não posso falar por aqui. - sussurro, ao ouvir os passos de Marilla. - Pode me encontrar atrás do Jiters? - pergunto baixinho.

- Claro. Chego lá em cinco minutos.

Me despeço dele, e saio do armário na ponta do pé. Correndo silenciosamente até a cozinha, onde eu via Marilla entretida em pôr a mesa para o jantar. Com um sorriso enorme no rosto. Provavelmente por quê ela pensa que vai se livrar de mim.

Hoje não, coroa.

Vou até lá em cima o mais rápido possível e pego um casaco. Verifiquei se o arbusto ainda estava cheio, e para minha felicidade sim. Sento no parapeito da janela, e estava prestes a pular, mas ouço os passos de Marilla no corredor.

Pulo da forma mais desajeitada possível, fazendo com que uma mulher que estava andando na rua me olhasse. Ela estava com olhos arregalados e eu coloco as mãos na cintura, e ergo uma mão.

- Opa! - foi a única coisa que eu consegui falar, mas ela me ignora completamente e volta a caminhar. Bufo e saio correndo até o Jiters.

{...}

𝒢𝒾𝓁𝒷ℯ𝓇𝓉 𝒫ℴ𝓋𝓈:

Chego atrás do Jiters, e espero Anne. Dez minutos depois ela aparece. Sua calça com um lavado claro estava suja de lama nos joelhos, e tinha um pequeno galho de árvore na sua cabeça. Acabo rindo.

- O que é tão importante pra você mandar eu vir em um café que está fechado às oito da noite? - pergunto me sentando no chão, então ela senta do meu lado. Sua respiração estava ofegante. Tiro o pequeno galho do seu cabelo e jogo no chão.

Ela espera uns dois minutos, passa a língua nos lábios, e se levanta de novo.

- Marilla quer que eu me case com um cara que eu não conheço e que provavelmente tem o dobro da minha idade. - ela me encara e eu levanto.

- Ela o que? casar? - praticamente grito e ela coloca a mão sobre minha boca.

- Shh, fala baixo! - ela tira a mão da minha boca e olha em volta pra ver se ninguém tinha ouvido nada. - Eu não sei o que fazer. - sua voz sai meio chorosa, e ela passa as mãos pelo cabelo.

- Vamos fugir? - ela me encara perplexa. - A gente foge. - termino a frase.

AU SHIRBERT • TASDM | CONCLUÍDODonde viven las historias. Descúbrelo ahora