𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 𝓋𝒾𝓃𝓉ℯ

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Gilbert Blythe-

O natal estava próximo, as conversas entre Anne e Diana resultaram em uma visita dela e de Cole aqui na nossa casa. Mas algo não estava certo: Marilla. Ela mal havia conversado com Anne, apenas disse que nunca mais queria ver a menina na frente dela. O que deixou Anne magoada por muito tempo, ela mal se alimentava. Um tempo depois, conseguimos concluir o que faltava do ano letivo. Enfim, Anne fez um curso de arte. Agora, não para mais de pintar. Eu, que tenho dezoito anos, assumi o controle da fábrica de refrigerantes do meu pai. Sim, ele é o dono e fundador da Coca-Cola, ou era. Até então falecer no ano passado para uma doença terminal. Convidei Jerry para o nosso jantar de natal, que é na semana que vem e Anne insistiu em fazer um bolo. De novo.

- Cenourinha? - entrei em casa, procurando por ela em todos os lugares possíveis. Então achei ela no banheiro. Ela estava vomitando. Larguei as sacolas no chão e fui até a mesma. Segurando seu cabelo. Anne estava fraca e chorando horrores.

Um tempinho depois ela levantou com dificuldade e eu pude ver seu vestido branco sujo de sangue. Então eu olhei pra banheira. Ela havia abortado.

- Não foi por vontade minha. - comecei a chorar junto com ela e abracei a mesma - me desculpa, Gil.

- Você não teve culpa, Anne... - Não consegui formular nenhuma frase que pudesse descrever minha dor naquele momento.

(...)

- Vem - ajudo ela ir até a banheira e ajudo ela a se despir, faço o mesmo. Logo em seguida deixo a água gelada cair sobre nós.

- Obrigada. - ela me abraça mais forte.

- Não tem o que agradecer, Anne. Eu andaria no fogo por você, faria o que você necessário apenas para te fazer bem. Por quê eu amo você, Shirley. - pego o shampoo e começo a lavar o cabelo dela com cuidado.

- Eu amo você, Blythe. - ela sussurra. - eu poderia gritar isso para o mundo, mas acho que não preciso fazer isso. Tudo o que eu preciso para ser feliz é você, Gilbert. Você e só você, por quê você é meu mundo.

Não posso evitar de sorrir minimamente.

Anne Shirley-

Eu não sei mais o que fazer comigo mesma. Não sou mais feliz, perdi meu avô, perdi todas as pessoas que importavam pra mim. Eu só tenho Diana, Cole e Gilbert. Eu amo eles, eu só tenho à eles.

Ou tinha.

Eles são a razão do meu viver.

Ou eram.

Então eu perdi tudo. Perdi meu filho.

(...)

- Anne, o que é isso? - Gilbert aparece com a carta na sala, seus olhos estavam marejados, enquanto eu estava pintando.

(Foto da carta na mídia)

- É só... - engulo em seco. Não tinha como fugir daquilo.

- Enquanto eu planejava nosso noivado - ele puxa uma caixa aveludada do bolso. Qual havia um anel lindo dentro - você planejava o seu suicídio, Anne? - ele olha pra cima enquanto mordia o lábio com forca. Tanta força que o mesmo começou a sangrar.

- Gilbert, eu não estou feliz! - me levanto e me aproximo dele - e se você me ama mesmo, por quê não me deixa ir embora?

- Porque eu preciso de você, Anne. Preciso do seu toque. Quero te fazer feliz. - ele se ajoelha e baixa a cabeça, deixando as lágrimas descerem pelo seu rosto. O que fez meu coração apertar. Então eu me ajoelho e abraço ele.

- Eu sou muito egoísta, me desculpa, por favor. Eu amo você, amo tanto, Gil.

- Precisamos do toque das pessoas que amamos tanto quanto de ar para respirar. - ele me abraça mais forte. - Me promete que não vai fazer nada contra sua vida, Anne.

Vou fazer algo a favor dela.

- Prometo.

(...)

- Qual vai ser o nome dessa pintura? - Gilbert me abraça de lado e beija o topo da minha cabeça.

- Todas as sardas do mundo. - digo.

- Belo nome, amor. - ele sorri e eu beijo seus lábios brevemente.

(Dois anos depois)

Todas As Sardas Do Mundo - Anne Shirley-Cuthbert (1991)

Todas As Sardas Do Mundo - Anne Shirley-Cuthbert (1991)

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NOTA DA AUTORA:

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NOTA DA AUTORA:

muito obrigada àqueles que leram até aqui, espero que tenham gostado do final. 🤡♥️

AU SHIRBERT • TASDM | CONCLUÍDOWhere stories live. Discover now