A Arte de Fingir Ser Ella (Livro 3) [DEGUSTAÇÃO]

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Oi, voltei com mais!

Preparados para mais?

Porque eu voltei com BEM mais.

Segura o Logan estranho aí!

E vem comigo!

Puta que pariu, o que tinha acabado de acontecer?

Deixei Ella na varanda e fui para o meu quarto, onde Oliver já estava dormindo em uma das camas de solteiro. Era uma merda ter que dividir o quarto com outro cara, mas aparentemente eu só teria minhas mordomias de volta quando resolvesse meus problemas com a lei.

E eu estava sentindo que teria cada vez mais problemas.

Deitei na cama sozinho, colocando meus braços atrás da cabeça para que minhas mãos não fizessem nada idiota. Minha mente, no entanto, não parava de pensar. Eu não tinha bebido, então não podia colocar a culpa no álcool. E eu também não estava sem sexo a tanto tempo assim para colocar a culpa na minha abstinência. O que eu tinha sentido não tinha explicação. E era tão abstrato que eu não conseguia lidar. 

Quando estávamos na fogueira, os garotos sugeriram que Ella cantasse uma das músicas da Chasing Queens comigo. Não pensei muita coisa porque estávamos em um clima mais descontraído, sem levar a sério o que estava sendo criado. Porém, quando Ella iniciou o refrão de "Seu Primeiro e Último" comigo, o som da voz dela enrolada na minha fez meu coração disparar. Meu corpo inteiro arrepiou e senti por ela uma atração que eu não sabia explicar de onde vinha e nem o que queria de mim.

Quando a música acabou, eu precisei me afastar. Precisei ficar um pouco sozinho para manter minhas emoções sob controle e raciocinar sobre o que eu tinha sentido. Ella era uma garota legal, talvez a garota mais legal que eu conhecia, e não era justo com ela misturar as coisas. Ella não era o meu tipo e eu nunca seria o dela.

Depois que finalmente consegui pensar de forma racional e explicar para mim mesmo que a sensação era uma mistura de música boa com cansaço, me juntei de novo ao grupo...  e eles estavam falando da porra do noivado do dia seguinte. E lá veio a sensação estranha de novo. Senti os cabelos da minha nuca arrepiarem e tentei manter contato visual com qualquer pessoa que não fosse Ella. Sempre que eu a olhava, lembrava da gente cantando junto no jardim e meu coração disparava. Era estranho e eu até pensei que talvez fosse melhor eu avisar aos outros que não estava me sentido bem.

Decidi pegar um ar na varanda de cima para ver se eu focava no quanto eu era um problema e esquecia a sensação que Ella estava me dando. Apoiei-me na varanda e lembrei do meu pai. Lembrei de todas as razões pelas quais minha mãe fugiu comigo para a América, incluindo a última briga dos dois antes da nossa viagem.

Minha mãe tinha descoberto que, além das traições que ela já sabia, meu pai tinha também uma outra casa. Com uma outra mulher. E uma outra família. Conheci minha irmã quando minha mãe foi enfrentar a mãe dela, que parecia também não saber da nossa existência. Eram anos e anos de mentira, e eu e Harper tínhamos a mesma vida de merda.