.thirteen.

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Chama que ela vem! Tô de volta!

Vamos de fim de festa? Preparados estão?

Então vem.

Vem comeeego!

A viagem de volta para casa foi silenciosa

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A viagem de volta para casa foi silenciosa. Apenas o telefone de Melody tocava sem parar, com todo mundo que trabalhava com a banda ligando para saber se o viam na TV e nos stories de outras celebridades era real.

Ninguém ousava falar nada no carro e Melody era a única ao telefone, tentando manter o mundo sob controle. Oliver foi sentado ao lado do motorista, já que agora estávamos voltando para casa de van. Ele parecia dormir, talvez estressado de mais para ficar de olhos abertos. Atrás dele vinham Molly e Ian, que pareciam estar em um clima um pouco melhor, e Melody, que queria ficar perto da janela por estar enjoada. Atrás deles estávamos eu, Ella e Penelope, que estava chorando desde que a gente tinha saído da festa. Penelope não havia parado de chorar um minuto sequer e eu não conseguia entender como ela não estava cansada. Chorar era exaustivo.

Dax estava atrás da gente com Hope e Evan, que tinha dormido por conta dos analgésicos que deram para ele. Evan teria que ir ao hospital no dia seguinte para dar uma olhada no nariz, o que significava mais um dia fugindo de fotógrafos e perguntas.

- É, parece que a campanha com a Calvin Klein acabou mesmo - disse Melody, no escuro do carro, após trocar mensagens com alguém importante - já ligaram pra Megan avisando que preferem não ter vocês na próxima fragrância - contou, guardando o celular e deixando o carro completamente escuro - boa, pessoal. Ótima escolha fazer essa cena na festa. Muito bom pra carreira.

Respirei fundo, tentando ignorar a ideia de que talvez eu tivesse começado a confusão. Como eu estava sentado ao lado de Ella, tudo o que pude sentir ao respirar fundo foi o perfume dela, o que estranhamente fez meu corpo relaxar. Eu ainda me sentia dominado pelo beijo que tínhamos dividido no salão e não conseguia raciocinar direito para entender o que tudo aquilo significava. Para mim, - como para qualquer outro homem -, a atração sexual era ligada através de um botão. Era simples e sem muito mistério. No caso de Ella, o botão estava ligado, então era difícil ignorar a forma como ela fazia eu me sentir. Mas o que Ella queria? Qual era o objetivo dela? 

Senti-a descansar a cabeça no meu ombro, movendo a mão para minha perna e posicionando-a perto de onde a minha estava. Eu não conseguia ver muita coisa no escuro, mas podia sentir que a mão de Ella estava muito em cima na minha coxa, mais do que talvez fosse aceitável se a luz estivesse acesa. Talvez ela não estivesse percebendo onde a mão estava e o que aquilo estava fazendo comigo. Ultimamente tudo o que Ella fazia me dava tesão, então talvez o problema naquele momento fosse eu, não ela. Era uma merda parecer um adolescente de novo, tentando esconder o tempo todo o quanto ela mexia comigo.  Enrolei meus dedos nos de Ella, descansando nossas mãos um pouco mais perto do meu joelho.

Continuamos segurando a mão um do outro, conseguindo ver um pouco mais assim que o motorista parou em um sinal e iluminou o carro. Ella ainda estava com a cabeça no meu ombro, então eu não conseguia ler a expressão dela, mas vi quando moveu os dedos sobre a minha mão para desenhar a tatuagem que eu tinha no pulso. Ella abriu o botão da minha blusa para passar a os dedos na minha tatuagem, movendo-os para cima e para baixo pelo desenho de floresta que eu tinha ali. Meu corpo reagiu na mesma hora e eu me rearrumei no banco, expirando com força como se eu tivesse segurando o ar por muito tempo. Eu não queria que Ella parasse. Se eu não podia fugir daquela situação, eu ia aproveitar tê-la tão perto de mim.

A Arte de Fingir Ser Ella (Livro 3) [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now