Capítulo 14 - Confuso

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Tom on
Hoje é dia 24. Hoje que entregamos os presentes e recebemos também. Hoje daria um jeito em Walburga, ainda não "falei" com ela.

Meu aniversário é dia 31, não o comemoro, os outros sabendo disso, não me dão presentes ou fazem festa. Nunca gostei do meu aniversário. Também não tenho nada a comemorar. Não há motivo. Por quê as pessoas gostam? Pelos presentes? Comunhão? Aproximação? O que?
No orfanato também nunca era comemorado. No máximo um cupcake com uma vela.

Agora, estava na minha cama, escrevendo em meu diário. Isso me ajuda. Tipo uma terapia. É bom.
Escuto a porta ser aberta e vejo Hadrian entrando cheio de pacotes e sacolas.

"Ai meu Merlin. Tem presentes de gente que eu nem conheço!" Ele fala suspirando olhando para a pilha, que agora estava em sua cama. Vejo eles sussurrar algumas coisas e separando os presentes.

"Aby......Crouch..... Digorry......Admiradora secreta?" Ele fala e o olho. Havia uma caixa com uma carta. Ele a abre e lê. "Se eu pudesse te amar
Te amaria agora,
Pois eu tenho medo de você ir embora
Não me diga que é cedo
Pois não dá pra controlar
Sentimento vem de dentro
E não se pode evitar
Coração difere de razão
Pois coração tem sua própria razão.
Coração tem sua razão e sua razão é a emoção
Que faz o desejo aflorar
Que faz o gostar virar paixão
Se não fosse o se da questão estaria com você agora
E mesmo existindo o SE você não fugirá de minha memória
Se eu pudesse te amar
Te amaria agora
Não porque tenho pressa
Mas porque o coração avisou,
Que tem medo de ver você indo embora. Ass.: De sua corvina"

Ele termina de lê. Quem que o mandou isso? Corvina, então era alguém da corvinal, uma menina. Quem?

"Isso foi......estranho. Não sou amigo de ninguém da corvinal, a não ser Jason. Ainda mais menina!" Ele resmunga.

"Tem certeza?" O olho com um tom frio mas curioso.

"Óbvio!" Esbraveja.
Presumo ser verdade. Meus ombros relaxam um pouco, mas ainda fico em alerta.
Ficamos um tempo em silêncio, até ele parecer se lembrar de algo e anuncia.

"Esqueci do seu presente!" Diz batendo a mão na testa. O olho surpreso. Presente? Para mim? Os outros me dão, mas eles são os Walpurgis, era o mínimo que podiam fazer.
Ele pega algo em baixo da cama, percebo que havia várias coisas lá. Interessante.
Com uma caixa preta nas mãos, ele se aproxima de mim.

"Bom, tecnicamente, é seu por herança, mas ainda assim é meu presente. Eu o comprei em Borgin e Burkes"

"Como?"

"Tenho meus meios" diz dando de ombros. Preciso de respostas mais satisfatórias. Ele abre a caixa e tira de la um medalhão. Não é possivel, é?

"O medalhão de Salazar" digo o pegando com um brilho nos olhos.

"Sim, e é seu por direito"

"Quanto?"

"Hm....15 galeões" susurra.

"Só? Duvido muito que alguém venderia por esse preço"

"Bom, uma ameaça ali, outra aqui, eu consigo o que eu quero" diz com um sorriso meio diabólico. Que eu retribuo.

"Pode por em mim?" Falo sem perceber e vejo Hadrian rir mas concordar.

Entrego para ele e me viro de costas. Sinto ele se sentar mais para frente, mais próximo. Vejo o pingente do medalhão já encostado em mim e seu dedos um pouco gelados em meu pescoço. Sinto meu corpo se arrepiar com o toque. Vejo que ele já fechou mas continua com as mãos lá, passando os dedos na pouca pele que aparece em meu pescoço. Começo a relaxar. Sinto sua respiração ali. Aquilo era bom, nunca tinha recebido nada assim antes. Senti meu estômago revirar.
Logo meu rosto começa a arder, pois senti um beijo em minha nuca. Ele se afasta.

"Melhor irmos, temos que ver os outros" ele diz, me viro e vejo ele pegar algumas coisas e botar na sua bolsa e sair do quarto. Eu ainda estava  racionando o que acabou de acontecer. Ele acabou de beijar minha nuca? O que foi isso? O que foi aqueles sentimentos estranhos?

Nunca me senti atraído por ninguém antes. Menina ou menino. Eu era bonito. Todas as pessoas acham e algumas até já se declaram. Mas eu não sentia atração ou estava mais preocupado com outras coisas. Saio do meu transe e resolvo ir procurar seus amigos.

Harry on
Que porra que deu em mim? Eu estava lá, sua pele era tão macia, quente e branca. Não me contive eu precisei beijar. Mas logo percebo o que fiz e saio rapidamente. Pelo menos ele não protestou. Saio da comunal para qualquer direção.
Até bater em alguém.

"Harry! Você está bem? Está com pressa e vermelho. Vai ir para enfermaria?" Pergunta Elieen. A ajudo a levantar.

"Não. Bem..... não é nada que deva se preocupar. Vamos?" Digo estendendo o braço. Ela olha desconfiada mas pega ele.

"Vamos"

-x-

Abraxas on
Estava agora indo para a sala precisa, Alex me chamou para lhe encontrar lá. Estava nervoso. Aproveitaria a situação e ia me declarar para o mesmo.

Percebi que hoje Harry e Riddle tentavam se evitar. Depois preciso conversar com meu irmãozinho. Também lhe alertar sobre Tom. Ele não é tão bonzinho como parece.
C

hego na frente da porta da sala precisa e entro. Alex estava sentado em um sofá, olhando a lareira que estava em sua frente. Havia uma mesa, do lado de uma janela com o céu estrelado.

"Hm....oi" digo me aproximando. Ele levanta e me abraça.

"Oi" susurra em meu ouvido.

"Você vai acabar me sufocando" digo rindo.

"Oh, desculpe"  diz se separando do abraço.

"Não faz mal, se não fosse tão apertado seria melhor" rio me sentando ao seu lado no sofá. "O que queriam, Alex?"

"Bom....ok. Calma" diz rindo nervoso. Agora ele que está me agoniando. O que será que aconteceu?

"Fale, não tenha medo e pressa" comento calmamente, me virando de frente para ele.

"Ta. Hm....Não posso negar o que cresce a cada dia no meu coração. Aos poucos, você se tornou para mim uma pessoa muito especial. É impossível eu deixar de pensar nos momentos que já passamos juntos, e mais difícil ainda parar de querer viver um lindo futuro ao seu lado. Não sei se este é o momento certo, ou se isto acabará por nos afastar, mas eu preciso perguntar se...."

"Se?"

"Se você quer namorar comigo?" Pergunta de olhos fechados, com uma cara de nervosismo. Respiro fundo. Por essa não esperava. Meu crush e melhor amigo se declarando para mim?

Percebo que demoro para responder, não sabendo o que fazer. Vou me aproximando e o beijo. Ponho as mãos em sua nuca o puxando para mais perto, o mesmo põe as mãos em minha cintura, me puxando. Subo em seu colo para ficarmos mais próximos.
O beijo era lento e apaixonante, cheio de amor e carinho. Nos separamos pela falta de ar e colamos nossas testas.

"E então?" Pergunta.

"Ainda preciso responder? É claro que sim!" Digo animado e ele abre um sorriso lindo.

"Eu nem acredito que fiz isso"

"Pelo visto tivemos a mesma ideia" comento.

"Oh?"

"Sim, eu ia me declarar para você um tempo atrás, mas não conseguia, então iria falar hoje"

"Bom" diz me beijando novamente.
E assim se passou a noite. Trocando carícias e beijos.

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