Sublime Amor [M] ✓

Capítulo 3

R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Tu vai mermo comandar a Cidade de Deus? — pergunta dando um trago no seu baseado.

— Meu pai e as ideia torta dele. — nego com a cabeça. — Porra LP, cê tá ligado que curto essas parada do crime e pá, mas é uma pressão do caralho controlar a porra toda mano.

— Mas por que ele quer passar o cargo pra tu?

— Sei lá, deve ser por causa da Rita. — ergo os ombros.

— A véia laçou seu pai direitinho em. — gargalha e eu entro na onda rindo junto.

— Papo tá bom, mas tenho que brotar lá em casa. — me levanto da calçada. — Baile mais tarde?

— E eu lá perco um baile com as piranha jogando pra mim? — gargalho.

Pego meu capacete no chão e coloco o mesmo, me despeço do LP com um toque de mão e subo na minha moto metendo o pé até a minha casa, não demorou nem cinco minutos pra eu já estar em frente a minha goma.

Desço da moto e tiro o capacete logo em seguida, algumas mina passa por mim e logo me dão um sorrisinho safado, tudo piranha interesseira do caralho, só porque sou o futuro dono aqui do morro elas vem se jogando facinho pra cima de mim, entro pra dentro de casa e vejo meu pai sentado no sofá.

— Tem celular nesse caralho pra que? — cruza os braço me encarando.

— Começa não pai. — reviro os olhos.

— Senta ai, bora bater um papo. — respiro fundo antes de me sentar na poltrona a sua frente. — Amanhã tu vai lá no asfalto buscar a sobrinha da Rita no aeroporto. — relaxo o corpo, quando vejo que o assunto não é sobre ele passar a Cidade de Deus a meu comando.

— Jaé. — digo me levantando. — Tá vindo de onde essa aí?

— Califórnia. — faço uma careta e ele ri.

— Pelo menos a mina é gata?

— Toma vergonha nessa cara Russo, minha sobrinha não é pro teu bico não.

— Duvido. — sorrio safado e ela me dá um tapa na cabeça. — To brincando pô, gosto de filhinha de papai não.

— Ala, tu gosta é de buceta, acha que não conheço o filho que eu tenho? — nego com a cabeça rindo.