Capítulo 49

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Y A S M I N  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Vai desembucha. — me olha com os braços cruzados e eu o encaro confuso.

— Do que tu tá falando?

— Coé Yas, tu chegou com uma cara de cu do caralho, brigou com ele?

— Ele veio dizer que tá com saudade. — reviro os olhos e vejo Titto sorrir fraco. — Mas não quero isso pra mim Lipe, ele foi cuzao demais, não dá pra voltar atrás com a minha decisão não. — suspiro fundo.

— Saquei. — levou sua bebida até a boca e deu um gole na mesma.

— Eu quero ficar contigo, Felippe. — admito e o mesmo engasga com o líquido me fazendo gargalhar. — Morre não cara.

— Tu quer o que? — sério que ele vai me fazer repetir de novo?

Me aproximo dele, deixando nossos corpos colados, percebo sua respiração ficar ofegante e um sorriso surge em meus lábios vendo o efeito que causo nele com uma simples aproximação.

— Eu quero te beijar, mas parece que tu se faz de sonso toda vez que eu demonstro. — ele ri pelo nariz. — Me diz se eu estiver errada, mas eu sinto que tu quer o mesmo que eu. — passo meus braços em volta do seu pescoço e sua mão vai parar na minha cintura.

— Eu quero morena, só que é complicado pô.

— Se tu quer e eu quero, não tem nada de complicado nisso. — aproximo nossos rostos deixando nossas bocas centímetros de distância uma da outra.

— Não quero problema, Yasmin. — respira fundo.

— Não estraga o clima, Felippe. — digo antes de selar os nossos lábios em um beijo calmo.

Titto da espaço no mesmo instante para que minha língua invada a sua boca, explorando cada conto da mesma. Seu beijo tinha gosto de chiclete de menta misturado com o álcool, o que deixava tudo mais gostoso e viciante, sua mão direita apertava minha cintura com força, arfo quando o mesmo leva sua outra mão livre entre os meus cabelos e da uma puxada para trás.

Que pegada dos deuses é essa senhor?

— A gente pode sair daqui? — sussurro depois de cessarmos o beijo por falta de ar.

— Quer ir pra onde?

— Tanto faz. — dou de ombros e ele assente.

Titto entrelaça nossas mãos e nos guia para fora da quadra, montamos em sua moto e o mesmo acelera com ela até a sua casa.

— Não repara, tem algumas coisas bagunçadas. — coça a nuca tímido e eu sorrio.

Entramos para dentro e eu vejo que de bagunçado não tinha nada, sua casa consegue ser mais organizada do que o meu quarto.

— Mora sozinho? — ele assente. — Ótimo. — ele me encara confuso e eu sorrio com malícia. — Assim ninguém escuta os sons dos nossos gemidos.

Falo direta e ele arregala os olhos ficando vermelho, o que me faz rir da sua reação.

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