Capítulo 20

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R A F A E L  G A R C I A

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Puxo seus cabelos louros com uma certa força e um gemido abafado saiu dos seus lábios, Solange leva suas mãos para a minha nuca e me puxa mais para si, intensificando ainda mais o beijo, caralho, o jeito que nossas bocas se encaixam é surreal, finalizo o beijo com um selinho e eu encaro ela, que tentava recuperar o fôlego que havia perdido.

— Caralho. — xingo baixo e ela permanece em silêncio. — Sol, tá tudo bem? — toco sua coxa e ela se arrepia com ato, sorrio de canto satisfeito com o efeito que acabei de causar nela.

— Eu deveria te bater por isso. — adverte e eu franzo o cenho.

— Você retribuiu, então significa que você também queria.

— Então eu deveria me bater por isso. — nega com a cabeça e sai do carro rapidamente, me deixando confuso.

— Mina louca. — nego com a cabeça dando partida no carro.

(...)

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Acorda Russo, caralho. — da um tapa na minha cabeça e eu o fuzilo com o olhar.

— Tá maluco porra? — pergunto irritado.

— Tu não tá prestando atenção em nada caralho, to te chamando faz cota. — cruza os braços. — O que tá pegando?

— Beijei a Solange. — admito e ele gargalha. — Tá rindo por que?

— Porra Russo, se tu ficou assim só com um beijo, imagina se vocês transarem. — reviro os olhos. — Já resolveu aquele bagulho do Maninho?

— O cara tem até amanhã pra me pagar, se não já era. — respondo simples e ele arqueia a sobrancelha. — Que foi?

— O que te faz pensar que ele não fugiu?

— Ele sabe que eu iria atrás dele, até no inferno se fosse preciso.

— Isso vai dar merda, melhor tu ir lá na casa do cara e colocar pressão, se teu pai descobre que tu deu prazo pra vacilão que devia pro Tucano, ele te mata.

— Relaxa o cu ai LP, eu sei o que eu to fazendo.

— Falo mais nada. — nega com a cabeça. — E o bailinho, quando rola em?

— Tá uma correria do caralho essa porra de ser dono aqui do morro. — bufo irritado. — Tenho nem saco pra cuidar de baile, vou esperar essa pressão abaixar e eu me organizar aqui.

— Sol espera. — ouço a voz da minha irmã antes da porta da boca ser aberta bruscamente.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa eu sinto rapidamente uma ardência no meu rosto, efeito do tapa que a Solange acabou de depositar em mim.

— Eu só vou te falar uma coisa Rafael, e tu presta bem atenção. — aponta o dedo na minha cara. — Se esses boatos de que eu sou sua puta particular não parar de rodar pela boca do povo, eu juro, que faço da sua vida um inferno. — ela estava vermelha de tanta raiva e eu não estava entendo o caralho que tá acontecendo aqui.

— Do que você tá falando doidona? — ela ri seca.

— Agora que pagar de desentendido né? — debocha. — Recado tá dado. — diz por fim e some da boca junto com a minha irmã, me deixando completamente confuso.

Que porra foi essa?

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