Capítulo 73

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S O L A N G E  A G U I R R E

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

O jantar estava super agradável, a comida maravilhosa, sair um pouco da zona de conforto as vezes faz bem, Thiago é engraçado e eu percebo seus olhares sobre mim, não é que eu não tenha interesse só não me sinto à vontade para sair com o filho da minha patroa e sem contar que também tem o Russo, minha intenção é só fazer o mesmo que ele fez comigo.

— Como vai a faculdade querida? — pergunta levando o garfo até a boca.

— Cansativa. — faço uma careta. — Mas o Thiago tem me ajudado bastante com alguns trabalhos.

— Não está usando isso a seu favor não né Thiago Barbosa de Alcântara? — semicerra os olhos para o filho que engasga com a comida. — Morre não.

— Você poderia não ser tão direta né mãe? — repreende a mesma que gargalha.

— Acha que ela não percebe as olhadas que você da pra ela? Tu toma jeito em menino, não faça mal a minha Solzinha. — sorrio e levo minha taça de vinho até a boca, bebericando a mesma.

— Tá na Disney?

— Já falei pra tu não usar essas gírias de bocó comigo moleque. — belisca a mão dele sobre a mesa. — Vou buscar a sobremesa, esperem aí. — assinto e ela sai da sala de jantar me deixando a sós com o Thiago em um clima extremamente constrangedor.

— Desculpa pela a minha mãe. — me encara com um sorriso tímido nos lábios. — Ela ama me fazer passar vergonha. — revira os olhos e eu gargalho.

— Não esquenta a cabeça com isso, toda mãe é assim. — sorrio.

— Mora com seus pais ainda? — bebe um gole do seu vinho.

— Não. — nego. — Meus pais moram na Califórnia, moro aqui por outros motivos.

— Faculdade? — nego novamente e ele me encara confuso.

— Meu pai tem vários tabus, e eu quebrei todos eles, e bom, estou aqui agora como consequência.

— Que chato.

— Até que não, tudo o que eu fazia lá estou fazendo aqui em dobro. — sorrio. — Ele só não sabe disso.

— Seu pai me parece ser bem rígido.

— Posso dizer que Miguel Aguirre é um cara bem complicado. — sorrio forçada.

— Aguirre, tem algo haver com as empresas Aguirre aqui do Brasil?

— Meu pai é dono de todas elas.

— Ouvi falar muito bem delas, tenho amigos que são sócios das empresas Aguirre.

— Papai tem sócios pelo mundo todo. — reviro os olhos. — Perdi as contas de quantas vezes eu dei trabalho nos jantares importantes da empresa. — Thiago gargalha.

— Você é demais. — sorrio tímida.

— Espero que você goste de petit gateau Sol. — Elda fala entrando na sala de jantar com uma bandeja com três pratos com petit gateau e sorvete de creme, e mais uma vez minha boca chega a salivar.

— Meu preferido. — sorrio e viro meu último gole de vinho em uma só vez.

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