Profissões: Meu Segurança (+18) [COMPLETA✅]

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Quarta feira, 12 de Abril de 2017

Madrid, Espanha

Alexis Hernandez

Acordei assustada, olhei ao redor e vejo que estou deitada na minha cama, na segurança da minha casa. Na segunda quando recebi a primeira ligação, Miguel ficou o tempo todo preocupado e atento a tudo, tanto que quando eu falei para ele que eu e a Mad já queríamos ir embora, ele nem tinha me escutado, precisei cutucar ele. Madeleine ficou um pouco nervosa, pois sempre que alguém nos encarava por mais de três segundos, ela apontava disfarçadamente.

Ontem eu recebi mais ligações, quase no mesmo horário da primeira vez. Tinha acabado de almoçar e estava no meu quarto lendo um livro de Política quando o meu celular tocou, e novamente o número privado, atendi e aconteceu tudo como na segunda feira, um som de respiração forte, e depois uma voz mecanizada repetia o meu nome sem parar e desligava. Tentei notar algo que pudesse me dar uma pista de quem está fazendo isso, mas nada. Depois de uma hora recebi outra ligação, e ao todo foram sete ligações em intervalos de uma hora, todas duravam trinta segundos.

A soma de toda essa preocupação e neura fez com que eu tivesse um sonho terrível onde um homem enorme e assustador me sequestra e eu fico presa em uma cabana no meio do nada, passei fome e sede pelo o que parecia ser dias e quando a polícia chegou para me resgatar, acabei sendo morta.

Meu coração está batendo forte e meu peito está queimando, levanto da cama e saio do meu quarto, descendo as escadas ainda de pijamas e vou até a cozinha pegar um pouco de água. Levo um pequeno susto quando vejo Miguel, Marcos, Tony, Berlinda e Valentim tomando o café da manhã e Rosa falava animada com todos. Olho para o relógio perto da geladeira e me assusto ao ver que ainda vai ser oito da manhã. Não me lembro de acordar tão cedo em um dia que não tenho aula.

Maldito pesadelo.

― Bom dia, menina. Você está pálida, aconteceu algo? ― Rosa vem até mim e me assusta quando pega as minhas mãos. ― Santo Deus, as suas mãos estão geladas.

― Eu tive um pesadelo, não foi nada demais.

― Venha, vou pegar um copo d'água para você. ― Rosa me conduz até a cadeira sobrando e sento ao lado de Berlinda, ela acaricia o meu braço tentando me tranquilizar. Todos me olham atentos e Rosa pega a água, tomei rapidamente e aos poucos meu coração começa a normalizar suas batidas e a minha respiração também fica menos exasperada.

― Está melhor? ― Marcos pergunta e eu faço um sinal de positivo com a cabeça. Miguel levanta e vem até o meu lado, toca no meu ombro e pergunta calmamente:

― Você sonhou com o que? ― Olho para todos ao meu redor e decido por fim falar, não posso ficar imaginando se é apenas uma brincadeira de mal gosto ou não, pois posso estar correndo perigo.