Alexis Hernandez é a filha do ex embaixador da Espanha, e durante toda a sua vida sempre esteve cercada de seguranças. Na pré adolescência, isso a incomodava, tanto que, encorajada por suas "amigas" fugiu enquanto estava no shopping. A atitude rebe...
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Madrid, Espanha
Quinta feira, 20 de Abril de 2017
Miguel Rivera
Alexis foi sequestrada. Eu mal consigo acreditar que isso é real. Que isso está realmente acontecendo. Fico paralisado por segundos ou minutos, não sei, mas me pareceu ser horas. Quando o jornal volta após o intervalo comercial, a âncora Elen fala sobre a cotação do dólar e euro, e mais algumas notícias importantes sobre a economia, até que ela anuncia a entrada mais uma vez da repórter Nina, e dessa vez ela está com um homem engravatado ao seu lado. Não consigo me lembrar ao certo quem é esse cara, mas é nítido que ele não faz parte da equipe de segurança do sr. Hernandez.
"Olá, Elen. Estamos de volta aqui em frente a residência da família Hernandez com mais notícias sobre o suposto sequestro da nossa querida Alexis. Ao meu lado está um dos advogados da família, o sr. Gusto, ele irá nos atualizar sobre o caso."
"Boa tarde a todos. A polícia está averiguando todas as evidências e colhendo mais uma vez o depoimento do Marcos, o segurança presente na hora do rapto. Não sabemos ainda se foi um sequestro relâmpago ou se é um caso premeditado. Por enquanto não temos nenhum suspeito."
Nina insiste em fazer mais perguntas ao sr. Gusto mas ele recua todas e volta para o interior da casa, é claro que ele não iria dizer mais nada. Caso a polícia ou a equipe do sr. Hernandez tenha mais informações, é de praxe que eles não divulguem para a imprensa, e assim consigam ter uma vantagem sobre os suspeitos e tenham a possibilidade de fazer um acordo ou montar um plano de resgate.
Eu preciso ir até lá.
Eu preciso estar presente ajudando eles a encontrarem a minha Alexis.
Não posso, não quero e nem vou ficar aqui olhando para essa maldita televisão, angustiado, sem saber onde está a minha garota, o que pode estar acontecendo com ela. Sei que sou capaz de ajudar eles, serei útil. Quanto mais pessoas ajudarem, mais rápido encontraremos Alexis.
Com esse pensamento eu desligo a televisão e pego as minhas coisas saindo do apartamento, tranco a porta e vou em direção às escadas. No meio do caminho confiro se estou com a minha arma. Sim, estou.
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Paro em frente ao condomínio em que a família da Alexis mora, noto a quantidade de vans com adesivos e pinturas de emissoras de jornais e rádio, vários repórteres segurando microfones enquanto são gravadas pelos câmeras, ouço tantos "1, 2, 3 e...estamos ao vivo" "e...corta, foi excelente". Fico um tanto acanhado, sei que sai do meu apartamento determinado, mas ao chegar aqui é como se tudo passasse de um pesadelo qualquer para a vida real. A Alexis está correndo perigo e ela precisa de mim o quanto antes.