2 - Ensinando sobre seu corpo

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Eu poderia facilmente lembrar em ordem alfabética meus seriados favoritos, o nome de todos os personagens de uma saga de livros. Mas aquilo, era uma total perda de tempo. Fecho a apostila, a voz daquela garota reverberando em minha mente, se precisarem de ajuda...

- nem pensar. - resmungo para mim mesmo. - quem seria idiota para gastar dinheiro com uma caloura. - abro um saco de salgadinhos consolando a mim mesmo. - eu só tenho que estudar.

Foi o que eu pensei, até chegar na minha carteira pela manhã e deparar com aquela prova, tudo o que eu pensei saber estava se tornando uma mentira, duvidei até mesmo do meu nome. Suspiro a entregando e apenas deitando a cabeça na mesa, era tarde demais para pensar nos erros.

Assim que o sinal tocou me senti aliviado, recolhi meu material, pronto para correr para a saída como o resto da turma.

- Miller, poderia ficar um minuto. - Lucien pede concentrado nas folhas espalhadas em sua mesa.

Sua voz era extremamente forte, havia um ar de poder mesmo se usasse um tom calmo e doce. Cogitei a possibilidade de correr para a minha liberdade a poucos passos de mim.

- claro. - falo baixo, apertando a alça da mochila.

Escuto um grupo de meninas passando por mim cochichando entre risinhos, às ignoro, indo até ele.

Lucien esperou mais alguns poucos segundos, e logo a sala estava vazia, Hyu negou-se a perder a oportunidade de me provocar, saiu saltitante para a porta, acenando devagar e sorrindo, ainda me pergunto porque o aturo como amigo.

- é a sua primeira prova do ano e começou com o pé esquerdo. - ele finalmente fala, dando um fim a minha ansiedade. - para te consolar, a maioria começou.

Suspiro, em um misto de nervosismo e alívio.

- mas, por que me chamou? - mordo os lábios.

- soube por uma amiga de trabalho que tem uma bolsa de estudos, acho que sabe bem, que consecutivas notas vermelhas podem tirar a sua vaga dessa faculdade. - ele me encara, desvio. - estamos no começo do ano, mas eu pensei...

Ele está corado?

- Como tenho tempo livre agora que diminuí minha carga horária, se estiver tudo bem, eu poderia te dar algumas aulas particulares. - ele recupera sua postura.

Cruzo os braços, examinando.

- não obrigado. - digo respondendo quase de imediato.

Percebo que sua face se transforma, confuso com minha resposta.

- tem certeza? Pode pensar com calma em casa ou...

Meu rosto fica vermelho de raiva, era essa a conduta dele? Fazer provas absurdas de início de ano, para depois interrogar os alunos desesperados com uma proposta tentadora? Todos nessa faculdade parecem desesperados por dinheiro, mas mesmo se eu quisesse, suponho que suas aulas particulares seja um luxo apenas para os ricos, eu teria de me esforçar mais do que isso.

- não tenho como pagar, por isso eu recuso. - estava prestes a dar de costas ele segura meu antebraço suavemente.

- eu não disse que teria que pagar. - ele explica, se colocando de pé.

Franzi o cenho.

- está fazendo de graça? - pergunto meio atômico.

Ele sorri como se minha pergunta soasse divertida em seus ouvidos.

𝕆𝕙 𝕐𝕖𝕒𝕣 𝔹𝕒𝕓𝕪Where stories live. Discover now