3 - motivos para amar o Lucien

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Sua casa era exatamente o que eu imaginava, era grande, tinha um estilo moderno em tons neutros. Meus olhos correram da sua casa para ele algumas vezes, era incomum o ver usando roupas casuais, uma calça moletom cinza e blusa azul escuro, como em todos os casos, elas vestiam muito bem nele. Era compreensível, que ele fosse o almejado por metade da faculdade.

Lucien subiu as escadas, dizendo que buscaria seu material, o espero na mesa e em pouco tempo ele estava de volta, com uma pilha de cadernos, e com a outra segurando algumas folhas soltas. Confesso, que passar o resto da noite depois de um dia cheio de faculdade, estudando, me deixava pouco animado.

Mas sentado no tapete felpudo sob a mesa, conforme os minutos foram correndo, e me sentia mais descontraído na sua presença, percebi que conseguiria até desfrutar daquele tempo, Lucien, talvez por estar fora da sala de aula, também aparentava estar mais relaxado, puxando breves assuntos durante as pausas de cada explicação.

Aqueles eram cadernos antigos, de quando ele também era um calouro, poderia ser quase considerado uma cola.

A forma como sua voz suaviza explicando com tanto zelo cada matéria, fazendo breves anotações para que eu não esquecesse os pontos mais importantes, seus olhos corriam de mim para as folhas, percebi, seria fácil se apaixonar por ele, não pela sua beleza, mesmo que fosse muita, mas pela paciência serena em sua voz, aquele foi o primeiro motivo que veio em minha mente, sua gentileza...

Sinto algo molhar minhas coxa, vestia apenas uma bermuda acima dos joelhos, olho para baixo, deparando-me com um cachorro pequeno e fofo, ronronando para mim, desço as mãos para seu pêlo marrom macio, sua cauda felpuda balançava de um lado para o outro.

- ele é seu? como se chama? - tiro os olhos do bichinho para Lucien do outro lado que estava abstido concentrado em minhas respostas.

Ele sobe o olhar com curiosidade, franzindo a testa.

- eu o achei na rua, faz pouco mais de uma semana. E ele não é meu, estou procurando um dono, já que não tenho muito tempo para lhe dar atenção. - ele curva-se na mesa olhando melhor onde eu afagava suas orelhas pontudas. - e ele não tem um nome.

- então como chama ele? - pergunto o puxando para meu colo.

O animal olha para Lucien latindo em inimizade, fazendo o maior revirar os olhos, logo depois lambendo minhas mãos, os olhinhos pretos cintilantes brilhando para mim. Que amor.

- eu o chamo de praga. - ele cruza os braços.

O encaro com descrença, sorrindo de canto de lábios.

- como pode ver, ele gosta mais de você do que de mim. - ele tenta descer as mãos para sua cabeça recebendo um rangido em troca. - eu é que te alimento coisa minúscula.

Deixo escapar uma risada, o vendo repreender o pobre animalzinho, que virou-se para o outro lado, dando as costas para Lucien com indiferença.

Um trovão rasga o céu no mesmo instante me fazendo pular de onde estava junto com a praga.

Lucien encara a janela vendo a chuva repentina cair espessa do lado de fora.

- acho que eu deveria ir. - levanto, observando a noite fria a fora.

- vai ficar doente se sair nessa chuva, pode ficar até passar. - ele apoia-se na mesa de centro se levantando. - deve estar com fome, posso fazer alguma coisa pra gente. - aceno em concordância, não era bom sair em uma tempestade de qualquer maneira.

Lucien havia me emprestado algumas de suas roupas para que eu as vestisse, depois de tomar um banho morno, como elas ficaram absurdas de largas, decide por usar apenas seu moletom vermelho continuando com o mesmo short, desço as escadas, sendo guiado por um aroma delicioso.

Paro na cozinha, o vendo de costas para mim, cozinhando, não sei ao certo quanto tempo o observei em silêncio, mas fora o bastante para perceber sua facilidade na cozinha.

- está a muito tempo aí? - Lucien vira a cabeça minimamente, reparando na minha presença.

Nego com a cabeça.

- posso ajudar? - pergunto recebendo um pequeno aceno em concordância.

Nem de longe cozinhar era um dos meus pontos fortes,esta tarefa era atribuída a Ryu a maior parte das vezes, enquanto eu limpava nosso pequeno apartamento compartilhado.

Provavelmente Lucien percebera isso, quando por um triz quase levei meu dedo junto com a maçã cortada ou esbarrei no fogão com água fervendo. A expressão de Lucien parecia um poço de preocupação, que eu me matasse antes de terminar a refeição, e acabei ficando com as tarefas mais simples. Depois assentando na bancada de mármore, a cabeça repousada sobre os braços, enquanto observava de longe ele trabalhar.

Aquele foi o meu segundo motivo, ele cozinhava muito bem.

Depois de jantarmos, ficamos no sofá, eu encolhido entre as mantas, a raposa, como decidi chamar o cachorro, também estava deitado debaixo de meus pés, e Lucien do meu lado passando os canais parando em um filme de terror, com a justificativa de que seria perfeito para o clima tempestuoso do lado de fora.

Para minha infelicidade eu odiava filmes de terror. Mas me segurava ao máximo, para evitar o medo que me invadia aos poucos, mas fora em vão, quando abruptamente a luz caiu, ouvindo-se apenas a chuva pesada e os sons dos raios cortando os céus em clarões. Dou um gritinho assustado inconscientemente me encolhendo mais nas cobertas.

- mais que porra! - falo sem filtro, a casa era um completo escuro.

- merda onde está meu telefone. - escuto Lucien saindo do sofá. - Vou lá em cima buscar uma lanterna cer..

- espera. - tateio o ar em busca do seu corpo. - deixa eu subir com você.

- você tem medo? - ele pergunta segurando meu pulso no ar o trazendo para junto a ele. - de alguém vir te pegar no escuro. - ele ri sem me soltar.

- isso não tem graça. - minha voz soava embargada, odiava o escuro.

- calma Hakussi. - envolve suas mãos no meu rosto, a essa distância pode apenas observar suas orbes azuis. - vou ficar do seu lado até a luz voltar.

Se estivesse mais disposto o corrigiria ou até mesmo o xingaria, agora ele frequentemente me chamava pelo novo apelido, pelo menos aquilo distraiu minimamente minha mente do terror, talvez esse fosse o seu plano desde o início.

Com ele parecia diferente, até mesmo suas provocações nos momentos mais incoveniêntes eram agradáveis, suas mãos ainda estavam no meu rosto, podia sentir sua respiração fria.

E em um momento de fraqueza, cedi ao meus pensamentos, levantando ficando na ponta dos pés, e aproximando nossos lábios em um selar, mesmo sem enxergar poderia imaginar a expressão de confusão de Lucien, mas, por algum motivo. Ele retribuiu. Dando passagem para minha língua, distribuindo diversos beijos soltos.

Aquele foi o último motivo que me restava para me render aos meus sentimentos.

Eu poderia amar o Lucien, por simplesmente ser o que ele era.

>>Hey<<

Perdoem qualquer erro ortográfico, escrevo sem corretor no computador, caso tenham erros avisem para que eu possa corrigir.

Se tiverem boas idéias para os próximos comentem, e deixem uma estrelinha.

Deixei esse capítulo pra focar um pouco mais no desenvolvimento do casal, mas nos próximos provávelmente estará no tempo atual ( 6 meses depois ).

> Não tenho uma data específica para att, mas postarei com frequência. É isso, aguardem os novos capítulos!

𝕆𝕙 𝕐𝕖𝕒𝕣 𝔹𝕒𝕓𝕪حيث تعيش القصص. اكتشف الآن