𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟎𝟐

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 ❝𝑵ã𝒐 𝒂𝒅𝒊𝒂𝒏𝒕𝒂 𝒂 𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒔𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒐𝒄𝒖𝒑𝒂𝒏𝒅𝒐. 𝑶 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒔𝒆𝒓á, 𝒆 𝒏ó𝒔 𝒆𝒏𝒇𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒗𝒊𝒆𝒓

 𝑶 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒔𝒆𝒓á, 𝒆 𝒏ó𝒔 𝒆𝒏𝒇𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒗𝒊𝒆𝒓❞

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  𝐀𝐋𝐄𝐗𝐈𝐀 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐎𝐔 no trem, procurando pelo vagão dos monitores. Ela foi uma das primeiras a chegar. Além dela, estava um menino lendo um livro próximo a janela. Lexa rapidamente o reconheceu quando viu as cicatrizes no rosto; Remus Lupin era a única pessoa decente daquele... grupo. Remus notou a presença de Alexia assim que ela começou a guardar o malão no porta-malão.

"Precisa de ajuda?" ele abaixou o livro, olhando para Lexa que estava tendo dificuldades para levantar a mala pesada demais, desproporcional para o seu peso. Ele não esperou a resposta dela e se levanto para ajuda-la.

"Obrigada, Remus" ele sorriu sem mostrar os dentes, a cicatriz repuxando o músculo da bochecha.

  Remus era suportável. Diferente dos seus outros dois amigos que pareciam querer fazer a vida de Alexia um inferno na terra. Eles raramente estavam separados, só encontrava Remus nas reuniões dos monitores, patrulharam uma ou duas vezes juntos, já que era de praste que os monitores fizessem a patrulha com monitores de outras casas. Ele era legal. Mas Sirius, e principalmente James, eram destetáveis e Peter, indiferente para ela.

  A sua história com os marotos começara alguns anos atrás, quando eles — o que em sua grande maioria significava apenas Sirius e James — e começaram a implicar com o irmão dela só por ele ser Sonserino. Leo era o que estava lá para protegê-la, mas ela não podia deixar de defender o irmão quando ele não estava presente. E claro, tinha o egocêntrico Sirius Black que não conseguia superar o fato de que Lexa simplesmente não ligava para a sua existência.

  O quarto ano foi uma grande guerra entre os quatro amigos e ela, quando eles acharam que seria engraçado colocar uma bomba para manchar todas as suas roupas e pertences de verde. A bomba continha algum encantamento que a fazia permanente e ninguém conseguiu quebrar aquele feitiço durante uma semana. Alexia não podia deixar barato e teve que devolver na mesma moeda a provocação dos marotos. Meses depois, para não suspeitarem dela, ela bolou o maior plano para pegar os maiores pregadores de peça de Hogwarts, só vamos dizer que aquilo não havia acabado bem , para nenhum deles.

  No ano seguinte eles não fizeram mais nada. Trocavam umas farpas aqui e ali, mas nenhum deles ousava mexer com outro. Lexa não poderia revidar se eles decidissem fazer qualquer coisa novamente, tinha levado o maior sermão da mãe quando voltou para casa e quase não retornou para a escola no ano seguinte. Qualquer desculpa que a mãe pudesse arrumar para não manda-la de volta a Hogwarts era pega no mesmo fulgor que o pomo de ouro num jogo de quadribol. Felizmente, o quarteto não sabia disso.

  Logo os monitores das outras casas juntaram-se á eles. Junto com os professores responsáveis por cada casa.

  "Esse ano, os alunos do sexto ano podem começar as aulas extracurriculares de Aparatação" a voz da professora McGonagall soou "Vamos deixar a lista na mão dos monitores para colocarem nas paredes do Salão Comunal e estarão encarregados de passar todas as informações necessárias e nos devolver as listas em um mês" ela andava de um lado para o outro, com a cabeça erguida, mas mesmo assim não conseguia esconder a doçura em seu timbre "Vamos, também, começar um clube de duelos, para alunos a partir do terceiro ano. A inscrição será feita do mesmo modo que as aulas de Aparatação"

  Professor Slughorn começou a passar pergaminhos para todos, que continham ambas as listas de inscrição para a Aparatação e o clube de duelos.

  Rapidamente, os monitores da Grifinória decidiram quem ficaria encarregado do que. Os monitores do quinto ano ficaram responsáveis em repassar o comunicado do clube de duelos, os do sétimo o de Aparatação — só porque eles tinham prioridade e escolheram primeiro — e Lexa e Remus ficaram encarregados, novamente, de fazer patrulhas, que eram mais tranquilas no primeiro dia.

  Nos minutos que se seguiram foram tiradas dúvidas sobre todas as atividades curriculares e extracurriculares, tais como o baile de dia dos namorados que seria dado esse ano, o que deixou Alexia animada. Aquele seria o seu primeiro baile e, provavelmente, o último. Por isso ela o aproveitaria.

  Assim que os professores saíram os alunos começaram a sair aos poucos para irem se encontrar com os seus amigos e companheiros de casa. Uma das vantagens de ser monitora era que ela ficava com o vagão só para ela ao final das reuniões.

  Mas parecia que esse ano, Merlim não decidiu colaborar com Lexa, ela percebeu, quando ao invés de ir embora com todos os outros, Remus ficou sentado no banco em frente ao dela.

  Revirou os olhos, permanecendo quieta em seu assento.

"Aluad—" a voz parou de falar quando a viu sentada no compartimento. O humor mudando completamente quando a visão da garota chegou em seus olhos. James andou com a cara fechada até o amigo e sentou do lado dele.

"Aluado, meu amigo, que saudades!" Sirius sentou-se do outro lado de Remus, dando um tapinha na perna dele. Seguido de Peter que adentrou a cabine em silêncio "Como foi o verão?"

  Remus abriu um sorriso gigante e começou a contar, animado, o verão para o amigo.

Ótimo, agora ela teria que aturar os quatro pelas cinco horas que se seguiriam.

𝐒𝐂𝐎𝐑𝐂𝐇 | Era dos MarotosWhere stories live. Discover now