Epiphany (Jin)

voltando com Kai

Kai aproveita que Yuna abriu o portão  e entra, a espera na frente da porta prédio. Yuna não acredita que ele realmente esteja ali.

— O que faz aqui, Kai? — indaga surpresa.

— Podemos conversar? — Ele arqueia uma sobrancelha.

— Tudo bem, vamos entrar, não quero que vejam a gente aqui.

Yuna digita a senha, destravando a porta, ela passa primeiro seguida por Kai. Ambos sobem as escadas e Yuna abre a porta do seu apartamento.

— Isso é pra você. — Ele entrega a rosa vermelha para Yuna, que coloca num vaso com água sobre a mesa da cozinha. Nesse momento seu cachorro acorda e vai em direção ao Kai latindo.

— É seu? — indaga olhando para o cão de pequeno porte.

— Sim, é. — Se vira de frente para ele, pois estava de costas enquanto colocava a rosa no vaso.

— Sabe que não gosto de animais.

— Eu sei, Kai, mas estou sozinha, lembra? — Ela coloca suas mãos na cintura.

— Por que não volta comigo? — questiona a olhando.

— Você está brincando, não é? Por que eu voltaria com você? —  Arqueia uma sobrancelha.

O cachorro continua latindo para o Kai, que se aproxima mais de Yuna. Ele pega na mão dela e dá um beijo, a fitando.

— Eu ainda amo você, sei que disse que não queria uma família, mas quero mudar por você. — declara.

As palavras que Yuna sempre quis ouvir de Kai, acabaram de ser ditas. Tinha esperanças de que voltariam, e agora ele está ali, pedindo para voltarem. Porém, não sabe se deve dar uma chance, pois Kai a maguou muito.

— Está dizendo que você quer casar e ter filhos? — Arqueia uma sobrancelha por estar surpresa.

— Posso tentar mudar.

— E o meu cachorro, como fica nessa história?

— Por favor, Yuna, estou te pedindo uma chance, ainda amo você. Até posso ter uma família, mas um cachorro, não sei se estou pronto para isso.

— Como assim, Kai? Não seria a mesma coisa? — indaga franzindo o cenho, sem entender o motivo dele.

— Não. A família podemos construir aos poucos, o cão já está com você, precisaria me adaptar a isso. Sabe que nunca gostei de animais, teria que aprender a conviver com seu cão. Posso fazer isso aos poucos, mas não agora. Me dá mais uma chance? Eu ainda te amo.

— Está bem, mas não vamos voltar a morar juntos.

— E por que não? — Ele franzi o cenho, sem entender.

— Depois de tudo o que me disse, eu ainda não estou muito segura com você.

— Eu entendo, vamos namorar somente? — indaga franzindo o cenho.

— Isso, assim verei se você está realmente mudando.

Kai não esperava isso de Yuna, achava que voltariam a morar juntos. Parece que ela mudou, está mais segura de si, e isso o assustou um pouco. Mesmo sabendo que é um risco, Yuna quer tentar, afinal ele pode provar que realmente está mudando.

— E como ficará seu cachorro quando  vir vê-la?

— Deixarei com o vizinho aqui do lado, ele tem um maltês, até você se acostumar com a ideia de ter um cão.

— Esse vizinho é casado?

— Não precisa se preocupar com ele,  é solteiro, e é meu médico também. É ele que está me tratando da anemia.