| XI |

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COREY

- Wilkinson? - Bart entra na sala, pouco depois de ter terminado as questões relacionadas ao rio, com Scott Taylor. - O rei está chamando no escritório dele.

- Estou indo, obrigado Bart.

Me levanto e ando sem pressa para o escritório do rei, que não era muito longe.

- Mandou me chamar?

- Sim. Estive pensando no Leste. Principalmente no candidato encolhido pela sua irmã. Achar um Hibrido ou De Sangue que valha a pena no leste é raro, como achar uma pérola em uma ostra trazida por uma onda. E o que fazemos com uma pedra rara? Lapidamos, polimos até torna-la brilhante. Com isso quero dizer que todos os outros 5 e 7% que saem de lá devem ter a superficialidade dos ideais do leste limpos até reluzirem apenas o poder raro que possuem, mas qual seria a utilidade dos naturais e avançados que sobrarem? Ficam no fundo da caixa, as pedras velhas, empoeiradas e sem brilho, que servem apenas para causar novos arranhões nas que acabaram de ser limpas.

- Onde quer chegar com isso? - Me seguro um pouco para não rir de sua comparação completamente sem sentido.

- No rio, eu li o relatório que fez de possíveis soluções, e também recebi um diretamente do chefe da patrulha de fronteiras, nossos amigos Naturais e Avançados estão lançando barcos de porte considerável para agilizar o carregamento pesqueiro e de grãos de uma posta a outra, isso desagrada bastante o rei Foester, de Bresail, que achou que tínhamos chegados a um acordo, ao menos sobre os navios. - Ele respira fundo. - Preciso que mande alguém para lá entregar essa carta para ele, qualquer leste que tentar usar o rio para seus próprios fins novamente perderá suas posses.

- Para quem você que que eu peça? - Pergunto.

- Se o Leste tivesse a mínima noção de civilidade teriam um sub governo, mas como não tem, arranje alguém de confiança.

Saio da sala, para procurar alguém disponível. Já tive uma conversa séria com meu pai sobre uma independência para o Leste, sua única reação foi rir e dizer "Enquanto eles continuarem fazendo arte de Best Kendal, teremos acesso a cada Prata Da Peste que passar por eles, além de vastas plantações e matérias primas de fácil exploração."

SCOTT

Tenho algumas horas até o almoço, subo para meu quarto e vejo o papel amarelado em cima da minha escrivaninha. Tinha que levar isso para Sam, como provavelmente ninguém se meteria no meu caminho, guardo a carta no bolso interno da capa e desço até a mesma porta que Corey me levou na noite passada, andando até o estabulo onde se encontrava meu amigo.

- Bom dia - digo, ele olha para mim e não diz nada, provavelmente estava de mau humor, como todos os outros dias.

- O que faz aqui? - ele pergunta, continuando a escovar os cavalos.

- Vim te entregar uma coisa. - abro minha capa, mostrando um pouco da capa da carta.

- Hm - ele murmura, se aproximando de mim. - E alguém sabe que você esta aqui, especificamente falando com o Mário?

- Não, eu acho. - Dou de ombros, ele me olha de um jeito desconfiado.

- É bom ter certeza da próxima vez. - Ele estende a mão, entrego a carta para ele e espero. Ele demora pouco mais de um minuto, levantando o olhar para mim e dizendo com reprovação:

- Você ficou uns três parágrafos falando sobre como sentia falta do Leste e toda essa merda sentimental e duas linhas para dizer algo util. - Ele levanta a carta com um pouco de desdém. Dou de ombros como resposta e viro de costa para ir embora, mas ele segura meu pulso com força e me olha com seus olhos castanhos. - Não temos muito tempo Scott, faça seu trabalho.

A Peste de Best KendalOnde histórias criam vida. Descubra agora