Capítulo 47

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Alfonso: Aconteceu alguma coisa? - Perguntou estranhando o fato de a namorada aparecer na sua porta, ele mal havia chegado quando foi surpreendido com a campainha.

Anahí: Mais ou menos. - Confessou o abraçando – Posso dormir aqui? Não quero ficar sozinha.

Alfonso afagou seus cabelos: É claro que pode. Mas me conte o que foi, não deu nem tempo de eu te ligar.

Anahí soltou um suspiro pesado: Depois que você saiu lá de casa a Dulce apareceu.

Alfonso se afastou dela: Dulce? - Anahí afirmou – Para que? - Quis saber.

Anahí: Para me pedir desculpas, acredita? Depois de todo esse tempo ela resolveu me pedir desculpas! Disse que eu tinha razão sobre ela ser uma pessoa melhor longe do Christopher e depois começou a me contar os problemas que tem no casamento, disse que ele quase não dorme em casa e que brigam a todo momento. Deu a entender que está arrependida.

Alfonso: E você?

Anahí: Eu desculpei. - Respondeu simplesmente.

Alfonso: Mesmo?

Anahí afirmou: Foi estranho, sabe? Eu senti raiva por muito tempo, tanto pelo acontecido quanto pelo fato deles se portarem como se nunca tivessem feito nada de errado, não imaginava receber um pedido de desculpas a essa altura.

Alfonso: As pessoas são complicadas, nós nunca sabemos o que esperar.

Anahí concordou: Mas foi bom, digo, eu não me sinto pronta para voltar a ter um relacionamento com ela, talvez nunca me sinta, você mesmo sabe que só concordei em ser madrinha para não me indispor ainda mais com a minha mãe. Mas você me ajudou muito com essa situação, com todo seu apoio e com o que nós sentimos um pelo outro, eu finalmente consegui em frente.

Alfonso sorriu e a puxou para mais perto: Fico feliz em saber o tamanho da importância que tenho na sua vida.

Anahí riu: Só não fica se achando demais. - Avisou.

Alfonso encaixou o rosto em seu pescoço esfregando o nariz pela pele clara: E como não me achar depois de uma declaração dessas?

Anahí se encolheu arrepiada: Você já sabia o quanto é importante para mim.

Alfonso continuou seu carinho até o queixo da namorada onde depositou uma leve mordida: Eu imaginava, mas é sempre bom ouvir.

Anahí: Posso mesmo ficar aqui? Depois que ela saiu me bateu uma angústia, não sei explicar.

Alfonso: Deve. – Respondeu com um sorriso malicioso enquanto a guiava até o sofá caindo com o corpo por cima do dela: Como pode?

Anahí: Como pode o que? – Perguntou puxando o cabelo dele com as mãos o fazendo erguer a cabeça para poder olhá-lo.

Alfonso: Eu te amar mais a cada dia que passa.

Anahí: Não conto! É segredo! - Brincou o fazendo rir – Você não tinha algumas aulas para preparar? – Provocou ao sentir as mãos de Alfonso explorando seu corpo por de baixo da blusa.

Alfonso: Depois eu me viro.

Anahí: É o futuro dos profissionais desse país que está em jogo professor Herrera.

Alfonso: Hmm, gostei disso. – Admitiu e ela o lançou um olhar confuso – Professor Herrera. – Explicou sussurrando em seu ouvido a fazendo rir.

Anahí: Não sei se estou ok com esse fetiche. – Disse divertida, as unhas arranhando superficialmente sua nuca.

Alfonso subiu as mãos até seus seios os acariciando por cima da renda do sutiã: Ora vamos, eu posso ser seu professor particular.

Anahí fechou os olhos ao sentir o contato, a boca ligeiramente entreaberta deixando escapar um gemido: E o que você me ensinaria?

Alfonso: Não faz ideia? – Indagou sugestivo e ela flexionou as pernas dando espaço para que ele se acomodasse melhor em seu corpo.

Anahí sorriu entrando na brincadeira: Como seria essa aula?

Alfonso: Eu vou te mostrar. – Respondeu se separando e a puxando junto com ele para o quarto entre beijos e provocações, as roupas formando um rastro pelo caminho.

Na manhã seguinte Anahí e Alfonso perderam a hora e acabaram saindo atrasados para o trabalho, ele em sua moto e ela em seu carro. Agora, sentadas frente a frente no refeitório da agência, Anahí e Maite dividiam um pedaço de bolo de laranja enquanto tomavam café.

Anahí: E então? O que você acha? - Perguntou para uma Maite boquiaberta depois de ter contado os acontecimentos da noite anterior para a amiga.

Maite: Que o mundo vai acabar a qualquer momento! - Respondeu ainda chocada.

Anahí: É sério, Mai!

Maite: Bem, eu não gosto da sua prima, você sabe. - Disse o óbvio enquanto pegava mais um pedaço de bolo com o garfo – Mas, antes tarde do que nunca.

Anahí bebeu um gole de café: Foi o que pensei, confesso que fui pega de surpresa.

Maite: Só falta o Christopher bater na sua casa agora.

Anahí: Deus me livre! – Disse fazendo o sinal da cruz arrancando uma risada da outra.

Maite: E o que você faria se isso acontecesse?

Anahí foi sincera: Provavelmente nem abriria a porta, fora que o Alfonso surtava! Ele morre de ciúmes, juro que não entendo, não é como se a nossa história tivesse terminado de um jeito amigável ou houvesse restado qualquer sentimento bom.

Maite: Falando nisso, ele já sabe?

Anahí afirmou: Já, mal ela saiu lá de casa e eu fui atrás dele, não queria ficar sozinha.

Maite: E ele?

Anahí: Nem ligou, ficou feliz demais por eu ter dito que foi ele quem me ajudou a seguir em frente depois de tudo.

Maite riu novamente: Esse seu namorado não existe! Sério, só ele mesmo para embarcar em uma história tão confusa quanto a sua.

Anahí: Pior que é verdade. – Concordou com um sorriso - Alfonso é uma das melhores coisas que me aconteceu, morro de medo só de pensar que algo pode dar errado entre a gente, as vezes me sinto até meio chata.

Maite: Não entendi.

Anahí: Acredita que eu tenho ciúmes das alunas dele? Antes eu não ligava muito, mas depois que ele me contou que já namorou com uma fiquei um pouco insegura.

Maite: Besteira amiga, dá para perceber de longe que ele é louco por você.

Anahí: Eu também achava isso do Christopher. - Argumentou.

Maite: Não acredito que você está comparando os dois!

Anahí: Não estou comparando, só estou dizendo.

Maite: Pelo amor de Deus, Anahí! O Christopher é um babaca.

Anahí: Podemos mudar de assunto?

Maite se deu por vencida: Ok, ok... mas não se preocupe, pelo o que você disse ele também tem suas crises, é normal, só não pode passar do ponto. – Disse se levantando da cadeira com sua xícara na mão – Anda, vamos trabalhar que ainda temos milhões de coisas para resolver.

Colorido em Preto e BrancoWhere stories live. Discover now