9 - A decepção

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    PLAFT! - Foi o som do tapa que Sabine deu na cara de Marinette, com toda ira que sentia naquele momento!

Mari:—Mãe? - disse Marinette completamente apavorada pela atitude da maior.

Sabine:—Não me chame de mãe! Eu não criei filha pra ela se deitar com qualquer um e sair fazendo filho por aí, não tive filha para vê-la se transformar em vadia!

Tom:—Sabine, não precisa falar assim...

   Tom tinha 1,90m mas era um banana perto daquela mulher! Era ela quem mandava e desmandava naquela casa, na vida dos filhos e na dele. Ele não tinha forças para levantar a voz para aquela mulher que era quase a sua metade, nem mesmo para defender a filha.

Sabine:—E você cale a sua boca que com ela eu me entendo! Senão vai sobrar pra você também!

Luka:—Mãe, a Mari errou sim, mas agora não adianta agir desse jeito!

Sabine:—Pois bem, sou sempre eu que tenho que resolver todos os problemas, né? Conheço uma clínica...amanhã mesmo vamos lá antes que essa barriga comece a aparecer...

Mari(chorando):—Mãe, eu não vou tirar esse bebê...é uma vida, mãe! Eu não vou abortar!

Sabine:—Eu não vou tolerar isso, Marinette. Não vou ser motivo de chacota da vizinhança. Filha minha, grávida com 18 anos e sem um marido? Jamais! Você vai tirar esse bebê amanhã mesmo ou pode esquecer que é minha filha!

Mari(que já estava chorando, agora gritava):—Pois então não serei mais sua filha! Porque esse bebê vai nascer, mesmo que sem pai...e eu vou amá-lo, como a senhora nunca me amou!

Sabine:—Se você quer assim...arrume suas coisas e vai embora dessa casa! Eu não tenho mais filha! Suma da minha vista e da minha vida! Pra mim, você morreu hoje! - disse friamente e virou as costas, saindo da sala

   Marinette não acreditava no que estava ouvindo: ela sabia que seria difícil contar aos seus pais, mas nunca imaginou que Sabine a expulsaria de casa! Olhou para Tom com súplica no olhar e ele só baixou a cabeça e saiu atrás da esposa. Luka estava perplexo, não sabia o que fazer! Mari subiu as escadas e foi para o seu quarto. Arrumou uma pequena mala com algumas roupas, pegou seus documentos, o restante do dinheiro que ainda tinha do seu aniversário e saiu. Luka tentou pará-la, mas ela não ficaria ali nem mais um minuto, não depois do que a própria mãe fez e da atitude omissa do seu pai.

Luka:—Mari, o que você vai fazer?

Mari:—Eu não sei, Luka...mas aqui eu não fico mais.

Luka:—Eu vou tentar falar com ela...ela tá nervosa, ela vai voltar atrás...

Mari:—Depois daquele tapa e do olhar de nojo que ela me deu, quem não vai voltar atrás sou eu!

Luka:—Vai pra casa da Alya...daqui a pouco eu vou pra lá.

Mari:—Eu não quero que você brigue com eles por minha causa, você não tem nada a ver com isso...é um problema meu, e sou eu quem tem que resolver.

   Mari saiu de casa com sua malinha e com os olhos pesados. Não eram só lágrimas: era uma decepção gigantesca com aquela que um dia ela chamou de mãe. Ela sabia que Sabine tinha um gênio forte, ela esperava um sermão daqueles...mas nunca aquela atitude! Renegar a filha...e o neto, por medo da opinião alheia? Aquilo lhe cortava o coração como navalha na carne fresca! Ela não era a primeira e não seria a última adolescente a engravidar sem querer, oras! Eles tinham condições financeiras de bancar um bebê...ela faria faculdade e trabalharia, poderia pagar uma babá se fosse o caso...só queria ter o apoio dos pais...mas isso não aconteceu.

   Chegou à casa de Alya e lhe contou tudo. A amiga ficou estarrecida com toda a história e ofereceu sua casa para que a amiga ficasse o tempo que quisesse. Os pais de Alya eram mais liberais em relação a esse tipo de coisa. O problema era o tamanho da casa: Alya morava com seus pais, sua irmã mais velha Nora e as duas gêmeas de 4 anos Liah e Lis...a casa era pequena, tinha só dois quartos e Alya dividia o dela com as irmãs. Mari poderia ficar ali um tempo, mas não daria para ser definitivo.

Mari:—Amiga, eu te agradeço por tudo, viu? Não só pela ajuda, mas pelo seu apoio e pelo seu amor! Você como minha amiga me ama mais do que a minha própria mãe - disse enquanto secava os olhos

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Mari:—Amiga, eu te agradeço por tudo, viu? Não só pela ajuda, mas pelo seu apoio e pelo seu amor! Você como minha amiga me ama mais do que a minha própria mãe - disse enquanto secava os olhos

Alya:—Imagina amiga...eu te amo muito, viu? Aqui é apertado, mas a gente dá um jeito...

Mari:—Vou pedir pro Luka me ajudar a arranjar um emprego, e eu posso alugar um quartinho na casa de alguma senhorinha, só preciso de um tempinho pra achar um lugar decente.

Alya:—Fique aqui o quanto precisar, não se preocupe com nada...onde comem 6, comem 7...-riu

Mari:—Só você pra me fazer rir numa hora dessas...-riu e abraçou a amiga

Alya:—Só tem uma coisinha que é importante e eu não abro mão:

Mari:—O que?

Alya:—Eu vou ser a dinda!

Mari:—Com toda certeza desse mundo, amiga! Você e o Luka, se ele quiser, claro.

Alya:—Mas é claro que ele vai querer, boba!

   As meninas estavam lanchando na cozinha quando Luka chegou na casa de Alya. Nora abriu a porta e o deixou entrar. Ele foi até onde as amigas estavam.

Luka:—Mari, você tá legal?

Mari:—Tô sim, graças a Alya!

Luka:—Obrigado Alya, você é realmente uma amiga de ouro!

Alya:—Imagina...tenho certeza que a Mari faria o mesmo por mim...

Luka:—Bom, eu vim te avisar que eu vou procurar um apartamento pra gente. Vou procurar algo aqui no Centro, pra ficar perto do meu trabalho e da sua faculdade.

Mari:—Apartamento pra gente? Como assim?

Luka:—Você não acha mesmo que eu vou ficar naquela casa depois do que os nossos pais fizeram com você, né? Mari, aquilo foi desumano! Ninguém merece ser tratado da forma como a Sabine te tratou...

Mari:—A "Sabine"?

Luka:—Sim, a Sabine...porque se ela não é mais sua mãe, não é mais minha também...

Mari:—Luka, eu disse que não queria que você brigasse com eles por minha causa...

Luka:—Não é só por você, Mari. Eu não concordo com o que eles fizeram...e o papai é ainda pior, porque ele seria o único quem poderia levantar a voz pra ela e ele se acovardou. Pra mim, deixou de servir de exemplo como homem. Seremos só nós dois agora...ou melhor, nós três.

   Mari abraçou o irmão de um jeito que nunca fizera antes. Estava feliz por tê-lo ao seu lado, mas acima de tudo, estava orgulhosa pelo caráter que ele tinha. Luka era uma pessoa muito justa e correta, fez com ela o que faria com qualquer outra pessoa no mesmo estado. Ela estava com medo, sim, mas sabia que com ele ela teria forças para enfrentar qualquer desafio. 

Uma noite para sempreNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ