17 - Primeira aula

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    Na mansão Agreste, muita coisa tinha mudado nesses últimos cinco anos. Adriana terminou a faculdade e assumiu a cadeira de CEO, coisa que deixou Adrien imensamente feliz. Teve alguns namoradinhos, mas nenhum parecia bom o suficiente para que ela levasse ao altar. Adrien fez sua segunda faculdade, só que de música e dessa vez participou da formatura. Casou-se com Kioko Tsurugui, uma renomada esgrimista, casamento esse que durou pouco mais de 1 ano e não rendeu frutos. Ela era extremamente focada na sua profissão e ele não estava nem um pouco afim de correr o mundo atrás da mulher. O divórcio aconteceu de forma harmoniosa, com total consentimento dos dois lados. 

Emily estava namorando Jonas, com total apoio de Adriana para desagrado de Adrien. No começo ele não gostou daquilo, chegou até mesmo a discutir com a mãe, mas Adriana o fez perceber que Emily estava cada vez melhor. Já não ia mais a psicóloga e nem tomava remédios para depressão. Jonas já não era mais motorista dos Agrestes, era exclusivo do amor de sua vida. Adriana ainda morava com sua mãe e Adrien, depois do casamento fracassado, decidiu morar sozinho em um grande apartamento próximo ao Centro de Paris.

   Marinette buscou o contato de Emily em seus antigos cadernos que, por milagre, Sabine não tinha jogado fora. Ela e Tom ainda estavam na China. Luka mandava algumas fotos de Hugo para o pai por e-mail. Ambos nunca mais voltaram a Paris, pelo menos até aquela data.

Mari:—Achei, nem acredito nisso! Será que ainda era o mesmo número?-pensou e arriscou ligar

Emily:—Alô? Quem fala?

Mari:—Olá, me chamo Marinette Dupain Cheng e estou procurando por Emily Agreste. Esse número ainda pertence a ela?

Emily:—Marinette querida, há quanto tempo! Sou eu mesma, ainda mantenho esse número. Que bom que ligou! Como você está? Já faz um bom tempo que não a vejo...acho que uns 8 anos?

Mari:—Que maravilha te encontrar Emily! Sim, acho que já faz uns 8 anos desde a nossa última aula!

Emily:—Mas a que devo a honra da sua ligação, querida?

Mari:—Então...eu queria saber se você ainda dá aulas de piano...

Emily:—Para você, meu bem?

Mari:—Na verdade é para meu filho, Hugo. Ele está com 5 anos e quer porque quer aprender a tocar. Eu ensinaria, mas estou enferrujada e também  não estou tendo tempo, sabe?

Emily:—Oh querida, eu daria aulas a ele com o maior prazer, mas estou com uma viagem marcada para semana que vem, devo ficar um mês fora...

Mari:—Poxa, que pena...ele está tão ansioso...

Emily:—Olha, meu filho também é professor de piano, e ele é excelente. Mais até do que eu: nunca vi alguém tão apaixonado por ensinar quanto ele...e ele tem muita paciência com crianças. Posso falar com ele se você quiser fazer um teste...caso não goste, quando eu voltar eu assumo o lugar dele. O que acha?

Mari:—Nossa, isso seria perfeito. 

Emily:—Ainda mora no mesmo lugar?

Mari:—Sim, meus pais se mudaram pra China e eu fiquei na casa.

Emily:—Ótimo! Vou lhe passar seu endereço. Ele pode ir no sábado pela manhã, umas 10 horas?

Mari:—Tudo bem, pra mim está perfeito. Muito obrigada querida. Pode passar meu telefone para ele, caso ele precise me avisar se não puder vir.

Emily:—Tudo bem então. Quando eu voltar de viagem, vou querer uma visita sua...quero muito conhecer o Hugo! Se ele tiver puxado a sua inteligência musical, vai ser um grande talento!

Mari:—Combinado! Muito obrigada Emily e boa viagem. Tchau

   Mari desligou o telefone feliz da vida! Emily era muito especial para ela. Mari se lembrava vagamente das conversas que tinham e de quando Emily falava com orgulho do filho que adorava piano, mas não lembrava do nome dele. Descobriria em breve, isso não era um problema.

   No sábado pela manhã a campainha tocou. Mari tinha se esquecido completamente do combinado da última segunda feira. Ela estava com um shortinho jeans manchadinho de cloro na lateral, uma camiseta antiga com alguma banda de rock estampada na frente, chinelos de borracha e um coque malfeito no topo da cabeça. Estava dando faxina na cozinha, já tinha terminado a sala e o banheiro do andar de baixo. A campainha tocou pela terceira vez e ela então tirou os fones de ouvido e foi atender. Achou que pudesse ser algum entregador ou motoboy da LUX indo levar alguma coisa. Quando abriu a porta quase perdeu o ar. Viu a sua frente um homem alto, de mais ou menos 1,85m. Seus cabelos loiros eram lisos e levemente jogados para o lado. Seus olhos eram de um verde incomum. Tinha uns 26 anos mais ou menos e estava muito bem vestido.

Adrien:—Bom dia. Eu me chamo Adrien Agreste. Você deve ser a Marinette...

Uma noite para sempreWhere stories live. Discover now