Capítulo 23: O momento seguinte

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As reuniões do clube de Poções do professor Slughorn parecem existir num espaço-tempo completamente diferente

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As reuniões do clube de Poções do professor Slughorn parecem existir num espaço-tempo completamente diferente. Algumas vezes, as conversas são interessantes e envolventes, mas também tem dias como hoje, nos quais minha atenção fica pescando e quase caio de cara da mesa de tanto sono.

Às vezes acho que – modéstia à parte – eu sei tanto sobre poções que me sentar com um bando de gente que faz as perguntas mais básicas do mundo é entediante.

Tipo, eu aprendi que não se deve misturar ovas de sapo com folhas de urtiga quando tinha sete anos. Faça uma pergunta mais interessante, Mark. Por Merlin.

O fim da reunião foi um pouco menos chata. Slughorn nos perguntou sobre nossos planos para o futuro, e se gabou por ter contatos que possam nos ajudar a seguir as carreiras que queremos seguir.

Quando finalmente acabou, eu tive que lidar com Mark, que me perguntou se eu tinha certeza que não queria participar da festa de São Patrício da Sonserina. Por mais que eu não esteja interessada em Mark, é difícil ignorar alguém com um sorriso tão bonito quanto aquele.

Eu recusei educadamente e fugi da sala o mais rápido possível. Tentei puxar Lily comigo, mas ela e Severus pareciam estar numa discussão não muito amigável.

Sob a premissa de me distrair, fui atrás de Flitwick para perguntar se ele precisava de mais alguma tradução. Basicamente implorei para que ele me desse algo para fazer, e até perguntei se ele não precisava que eu traduzisse outro capítulo do Incantatorum III.

Ele pareceu preocupado. Disse que o quinto ano é o mais importante em Hogwarts, e que eu deveria me concentrar em passar nos N.O.M.s antes de envolver-me em mais atividades extracurriculares.

Como eu continuei insistindo, ele sugeriu, mais uma vez, que eu tentasse seguir as instruções que traduzi do Incantatorum para aprender feitiços não-verbais. Como isso vai me ajudar em algo eu ainda não sei, mas o professor insistiu que poderia ser útil.

Então, cá estou.

A Sala Comunal está quase vazia. Um garoto do primeiro ano está ensinando o sapo dele a saltar sobre alguns obstáculos que ele preparou. Avalon e o monitor dos meninos, Alpheus, estão discutindo sobre uma pegadinha que alguém aprontou no banheiro dos monitores. Charity, Cecília e Celeste estão sentadas na frente da lareira, olhando para uma bola de cristal e, imagino eu, esperando que algo aconteça. Escuto as gêmeas reclamarem do clima, afirmando que bolas de cristal funcionam melhor quando está nublado. Tirando isso, não tem muita coisa acontecendo por aqui hoje.

Fui vasculhar meus dois malões em busca dos rascunhos que fiz enquanto traduzia o Incantatorum e encontrei apenas alguns pergaminhos amassados, rabiscados e cheios de anotações.

Sentei-me em uma das poltronas azuis de respaldo alto que ficam nos lugares designados para estudos, próximo à estátua de Ravenclaw, e larguei todos os pedaços de pergaminhos no meu colo.

ROYALS • Sirius BlackWhere stories live. Discover now