Capítulo 6 - Castigo

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Aviso que tem Hot nesse capítulo! Se não gosta... Pule!

Eu estava chegando ao jardim quando avistei Wanda cuidando de uma paciente que aparentava ter uns 12 anos.

As vezes acontecia do doutor querer falar a sós com o Nicolas, e aí me mandavam pra cá... Eu não gosto nada disso. Faz parecer que me escondem algo.

- Oi Wanda! Tudo bem? - Digo animada por revê-la.

- Oi querida! Estou bem e você? - Diz simpática.

- Estou melhorando...

Antes que eu consiga lhe dirigir mais alguma palavra ouço gritos e ao olhar para trás, vejo um jovem rapaz com um homem entre seus braços e um garfo apontado para o seu olho.

Sem pensar nas minhas ações, eu ando em direção a eles.

- Você gosta de bancar o Durão, mas o quão macho seria sem um dos seus olhos? Será que vai gritar enquanto eu arranco ele daí, huh?

O rapaz parecia não ter mais que vinte e poucos anos, cabelos loiros e olhos azuis. Em seus pulsos haviam algemas e sua roupa era toda branca como se ele estivesse vindo de um hospício.

Seu olhar ela doentio. Ele parecia realmente querer arrancar os olhos do cara.

- Hmm, Oi. - Digo atraindo sua atenção diretamente pra mim.

Seu olhar era quase zombeteiro assim que pousou em mim, mas assim que me olhou da cabeça aos pés, quase pude sentir o interesse palpável e a curiosidade

- Oi. - Ele me respondeu depois de alguns minutos.

É completamente estranho me dirigir à outro homem que não seja o meu Nicolas... Parece tão... Errado?

- O que você está fazendo?

Depois que ele não contém o sorriso eu percebo a pergunta estúpida que acabei de fazer.

- Eu estou prestes a arrancar o olho desse desgraçado com o garfo e fugir daqui... De novo. - Ele diz com um olhar desafiador.

Meu coração martela contra meus ouvidos.

- Huh... Talvez não precise fazer isso...

- É mesmo? E porque não? - Sua voz tem um tom misto de zombaria e curiosidade.

Não consigo pensar em uma resposta de imediato. Mas ele parece se divertir muito a cada minuto que passa.

- Que tal eu soltar ele se você topar conversar comigo perto do roseiral?

- Tudo bem. - Aceito sem questionar. - ele parece cada vez mais surpreso a cada resposta minha.

Bruscamente ele solta o homem que sai correndo do local.
Os guardas que estavam ao seu redor não ousam chegar perto dele.

- Vamos?

Eu o acompanho sem dizer nada.

- Ah... Eu gosto de rosas vermelhas... Elas são vermelhas como o sangue. Muito belas, não acha?

Vermelha como o sangue...

A cor preferida do... Green... Vermelho sangue.

Espera... Quem é Green?

Ao notar que não lhe dei uma resposta, balanço a cabeça positivamente.

- São muito bonitas.

- Assim como você. Assim como o seu sangue... Qual o seu nome?

Eu coro com seu elogio porém tremo com o resto da frase, mas porque um simples elogio parecia tão errado vindo dele? Um pensamento de "só gosto que o Nicolas me elogie" invade minha mente e vai até meu coração que se aperta.

Amor Sombrio IIDonde viven las historias. Descúbrelo ahora