Any Gabrielly é uma brasileira que está trabalhando em Londres como professora do ensino médio. Com todas as dificuldades de cultura e por ser nova nesse emprego, tudo de que ela não precisava era ficar à fim de um garoto de 18 anos, que ainda por c...
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Entre mordidas e selares, nos afastamos. Como se fossemos os únicos em meio ao caos da cidade, nos observamos. Isso até que quebra o silêncio:
– Any, eu...
O toque do seu celular estraga o momento. Mas que bela hora para essa porcaria tocar!
– Não vai atender?
– Não.
Noah me encara firmemente, querendo continuar o que pretendia dizer. Porém, o celular volta a tocar e sou em quem não consegue ignorá-lo.
– Veja quem é. Deve ser importante.
– Certo...
Soltando um suspiro irritado, pega o aparelho e sua expressão muda repentinamente. De apática torna-se nervosa.
Estranho. Será que aconteceu alguma coisa?
– Noah?! Está tudo bem?
Ele continua encarando o visor, perdido em seus pensamentos, até eu lhe cutucar.
– Ah! – ainda incomodado, guarda o aparelho de volta no bolso – Sim, está tudo bem.
– Sério?
– Sim.
Mas o celular toca outra vez.
– Tem certeza de que não está acontecendo nada?
– Sim. – respira fundo – É só o grupo do trabalho de sociologia que está me enchendo o saco. Parece que aqueles idiotas não sabem fazer nada sem a minha ajuda.
– Huuumm... – encaro-o, um tanto desconfiada. Mas prefiro não causar alarde sem motivo – E depois diz que é só um pouquinho convencido.
– Só um pouco mesmo. – sorri.
– Bom, já que o senhor sanou um pouco dessa saudade que sentia de mim e sabe que o Krystian está bem, acho melhor ir para casa e descansar. – aliso seus ombros largos – Amanhã tem aula e, pelo jeito, o pessoal deve estar perdido no trabalho por todas essas mensagens que enviaram. Sem contar que você foi para o serviço, apesar de ter saído mais cedo.
– E quanto a você? O que vai fazer?
– Vou passar a noite aqui no hospital. Disseram que precisa ser um maior de idade. Então, tenho que ficar.
– Eu posso ficar, se quiser. Não no quarto, na sala de espera.
– Não se preocupe. Ficarei bem. Vá para casa e descanse, ok?!
– Tem certeza?
– Absoluta!
– Se precisar, pode me ligar, que venho correndo ficar ao seu lado. Okay?!
– Pode deixar. – sorrio – Agora vá, Sei que está cansado e precisa resolver esses problemas do seu trabalho em grupo.
Noah sorri fraco e concorda. Nos beijamos mais uma vez e, contrariando todas as minhas vontades, me afasto e faço um gesto para que vá. Ele hesita e brincalhão tenta se aproximar para roubar mais um beijo.