Capítulo 51

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Segurando o tênis como se fosse a mais mortal das armas, continuo com ele apontado para Noah bem a minha frente enquanto tento distinguir se toda essa agitação que sinto é apenas por raiva ou pelo fato de que o garoto que tanto mexe comigo está, a...

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Segurando o tênis como se fosse a mais mortal das armas, continuo com ele apontado para Noah bem a minha frente enquanto tento distinguir se toda essa agitação que sinto é apenas por raiva ou pelo fato de que o garoto que tanto mexe comigo está, aqui e agora, tão perto - à uma cama de distância - depois de dias o evitando.

Ninguém fala, ninguém se mexe. O ar parece mais pesado que o normal.

Durante longos segundos, apenas trocamos olhares. E, ainda que eu não queira admitir, o mar verde que são os seus olhos me hipnotizam de tal forma, que, ou eu arrumo um jeito de escapar ou acabarei rendida sem sequer ter conseguido enxotá-lo à pontapés da minha casa. E se tem uma coisa que eu não vou fazer, é me render.

Disposta a não fraquejar diante o causador das minhas frustrações, engulo seco as emoções e o encaro, pronta para começar a Terceira Guerra Mundial caso insista nessa palhaçada. Aperto mais o tênis em minha mão e abro a boca para gritar outra vez que desapareça, porém, antes que eu possa fazê-lo, Sofya surge de repente na porta do quarto e observa a nós dois. E instantaneamente a minha ira se volta contra ela.

– Que bela amiga você é! – esbravejo – Por que deixou esse idiota entrar aqui?

– Você já reparou no tamanho desse garoto? – retruca, cheia de desaforo – Eu não tenho culpa se ele dá quase duas de mim. Nem que eu quisesse conseguiria pará-lo e foi exatamente o que aconteceu.

Eu bufo, irritada, e observo a minha amiga que não aparenta estar diferente. Trocamos farpas silenciosas por um instante, até que ela diz:

– Além disso, já passou da hora de vocês conversarem. Embora eu não faça a mais vaga ideia do que aconteceu entre os dois e esteja respeitando o fato de você não querer me contar, já estou cansada de ter que arrumar desculpas para expulsá-lo daqui. Então, ou resolve logo esse problema ou mande-o embora você!

Boquiaberta com a sua ousadia, me preparo para revidar, mas Sofya simplesmente dá as costas e fecha a porta com força, me largando com cara de tacho.

Que cretina!

Eu deveria arranjar outra companheira de casa, isso sim. Talvez eu a escorrace daqui junto com o idiota que continua plantado dentro do meu quarto.

Com a mão livre, massageio uma das têmporas. Essa situação toda está começando a me deixar com dor de cabeça. Sentindo o sangue pulsar cada vez mais rápido, observo-o, ele ainda não moveu um músculo. E eu, impaciente demais para ter o mínimo de educação, aponto com o tênis em direção a porta e sentencio:

– Saia logo da minha casa, Noah! Vá enquanto estou dando a oportunidade de ir por bem ou vai ser na base do pontapé.

– Desde quando você ficou tão agressiva? Huh?

– Urrea... – rosno entredentes.

– Não vou sair daqui até que me ouça. – dita, seguro de si.

𝑰𝒓𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝑰𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍 ❃ Noany ❃Donde viven las historias. Descúbrelo ahora