Capítulo 9: O encontro

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Hermione se perguntava como havia se deixado ser tão facilmente manipulada por aquele Black petulante. Mas acontece que ela foi.

Na manhã seguinte a visita de Severus Snape, uma coruja bicou incansavelmente sua janela até que ela finalmente levantasse seu traseiro da cama quentinha e confortável para que fosse recebe-la e oferecer um pouco de alpiste e água. A coruja era curiosamente semelhante ao seu dono. As penas eram tão escuras quanto os cabelos de Sirius, os olhos cinzentos como o céu durante uma tempestade, o perfil aristocrático, teimoso e carente também se assemelhavam bastante, principalmente depois que a coruja a bicou cerca de quatro vezes até que finalmente Hermione afagasse suas penas.

Enquanto Hermione retirava o bilhete de Sirius do envelope totalmente negro, Diamond e a coruja de Sirius se encaravam sem piscar, como ela e o próprio Black já haviam feito infinitas vezes. O bilhete basicamente dizia que Hermione estava lhe devendo um favor muito grande (e era realmente enorme pois ele riscou a palavra três vezes), já que Sirius permitiu que ela fosse sozinha encontrar o Ranhoso, e que por isso, ela teria de estar apresentável e sexy por volta das sete da noite. E bom, se ela não estivesse pronta, ele mesmo se encarregaria de leva-la até em trajes de coelhinho.

Palavras dele, não dela. Mesmo que naquele exato momento seu pijama realmente fosse de coelhinhos.

Então ela se arrumou.

Vestiu um vestido preto de mangas longas que iam até os joelhos, botas de cano alto e domou seu cabelo o suficiente para não parecer que ela tinha acabado de sair do olho de um furacão. Desceu as escadas do prédio estrategicamente situado em frente a Burkin & Burker e esperou no meio fio, analisando a rua praticamente inabitada naquele momento. Então um ronco discreto quebrou o silêncio e Hermione olhou para os dois lados da rua, não evitando de levar a mão em direção a sua varinha posicionada seguramente na bota. O ronco então se transformou em um trovão e um farol iluminou o campo acima de Hermione, como se tivessem colocado um enorme refletor no céu.

Ela riu consigo mesma. Como pode esquecer que Sirius Black tinha uma moto?

Era realmente a cara dele ter algo trouxa assim. E era fantástica, assim como ela se lembrava que era da última e única vez que a viu. Quando foram retirar Harry da casa dos Dursley. A moto enorme e barulhenta parou diante do corpo de Hermione no meio fio, ela não pode evitar de olhar para todos os lados, notando que alguns bruxos saíram em suas janelas para observar o que droga era aquele barulho. Três pessoas franziram o nariz em uma careta de nojo e outras três olharam para o homem diante dela assombrados.

- Não tinha um jeito melhor de chamar mais a atenção, Sirius Black? - ela abaixou a cabeça repentinamente envergonhada.

Ele retirou seu capacete do mesmo tom que seus cabelos e lhe ofereceu um sorriso brilhante e sexy que ascendia coisas estranhas no ventre de Hermione.

- Qual é, eles com certeza vão querer uma dessa agora. - Ele deu um tapinha na motocicleta antes de descer. - Algo me diz que você já sabia dessa belezinha. - ele parou de repente, algo brilhando em seu olhar - Por favor... Diga-me diga que você já andou sobre ela...

- Eu? Andar sobre essa coisa assassina em potencial?

- Hey! Não fale assim de Ruby, ela é uma ótima Triumph Bonneville T120 de 1959, ok?

- Ruby? Você deu a ela um nome? Porque sempre deve haver um nome de mulher envolvido?

Porque mulheres são as criaturas mais extraordinárias de todo o mundo. – e o modo como ele falou aquilo olhando para ela... Deus, era quente.

Chacoalhando a cabeça, Hermione observou a motocicleta em busca de desviar o assunto de si mesma.

- Da última vez havia um apêndice aqui, para o passageiro se sentar. - ela apontou para o local vazio, o local onde Harry se sentou quando eles deixaram a casa dos Dursley pela última vez. Quando perderam Moody e George perdeu sua orelha.

Uma missão de Hermione GrangerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora