Capítulo 7

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Adoro caminhar pela praia, dá uma sensação de liberdade, e andar sobre a areia é como flutuar

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Adoro caminhar pela praia, dá uma sensação de liberdade, e andar sobre a areia é como flutuar. Um pequeno sorriso surge em meus lábios. O vento bate em meu cabelo o fazendo voar. A música que toca faz meu corpo dançar. Posso estar parecendo uma louca balançando o corpo no ritmo da música, enquanto seguro uma garrafa de álcool, mas sinceramente, não me importo, porque me traz uma sensação boa de paz. E paz era algo que eu quase nunca tinha. Abro meus olhos lentamente, e me deparo com a cena mais linda, o mar. O mar é tão lindo e fascinante, eu poderia facilmente passar horas e horas observando essa maravilha.

Caminho indo um pouco mais perto da água, e me sento na areia. Abraçada aos meus joelhos, abro a garrafa e dou um longo gole na bebida que desce queimando. Passo horas ali, sentada olhando o mar como se estivesse em transe.

Meu celular começa a tocar. Tiro ele do bolso e olho o visor, era minha mãe.

- Oi.

- Oi, querida, onde você está? – pergunta com uma voz doce.

- Estou na praia, por quê? – dou mais um gole na bebida.

- Pode vir para casa? – escuto alguns barulhos no fundo, mas não consigo identificar.

- Claro, mas aconteceu alguma coisa? – pergunto preocupada.

- Não. É que seu pai já está em casa, e trouxe uns colegas do trabalho para jantar com a gente. – ela parece estar desconfortável com algo.

- Ok. Certeza que não aconteceu algo? – insisto.

- Não, meu amor.

- Tá, tô indo. – me levanto cambaleando. – É... talvez eu demore um pouco para chegar, mas pode deixar que eu vou. – sorrio como se ela pudesse ver, enquanto vou até uma lixeira para jogar a garrafa fora.

Desligo.

Procuro algum Uber pelo aplicativo, mas antes mesmo de confirmar a corrida, meu celular desliga.

- Droga! – praguejo.

Ponho o celular no bolso do short e caminho até a pista. Olho em volta procurando um táxi e nada.

Só posso ter jogado pedra na cruz.

Começo a andar em direção a minha casa, mas ainda com esperança de algum táxi passar. Caminho em passos lentos, já que é o máximo que eu consigo fazer nesse estado.

Minha mãe sempre odiou o fato de eu sair sozinha, e aqui estou eu, andando sozinha à noite e bêbada. Chega ser engraçado. Tirando a parte que você pode ser sequestrada, abusada e esquartejada. É Ana, você ri da cara do perigo, sua mãe teria muito orgulho de você. De repente um carro aparece ao meu lado andando bem devagar. O olho de relance tentando disfarçar. Paro e o carro para junto.

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