Capítulo 11

646 100 146
                                    

 Depois da saída repentina de Victor da mesa, como se estivesse incomodado com algo, fiquei pensando no que eu poderia ter feito para ele agir dessa maneira

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

 Depois da saída repentina de Victor da mesa, como se estivesse incomodado com algo, fiquei pensando no que eu poderia ter feito para ele agir dessa maneira. Pensei e repensei sobre cada coisa que eu fiz durante nosso trajeto até aqui, e após acordar, mas cheguei a lugar nenhum. Então resolvo ir atrás dele para entender melhor o que de fato aconteceu.

 Sigo o mesmo caminho percorrido por ele. Abro à porta de madeira que dava para seu escritório. Ao abrir, me deparo com um lugar bem organizado, com várias estantes repletas de livros. Uma lareira no lado esquerdo do cômodo. Uma mesa com vários papeis em cima e um computador. Com certeza era seu ambiente de trabalho. No canto direito o encontro sentado numa poltrona que fica ao lado de um conjunto de sofás.

 Ao me agachar em sua frente, Victor se inclina me proporcionando uma visão perfeita da sua ereção dentro da calça. Sinto meu rosto queimar, por estar tão perto e por não conseguir tirar os olhos daquilo. Me sinto uma tarada. Ele não parece preocupado com nada, talvez esteja até gostando de me ver passando por esse desconforto.

- Gosta? – suas palavras logo me tiram a atenção do seu volume.

- Hm? – desvio o olhar para seu rosto estampado com um sorriso cínico.

 Um medo percorre por toda a minha espinha. Torço mentalmente para que ele não esteja falando sobre o ocorrido.

 Vai que ele não tenha percebido.

- De morar aqui. – estreito os olhos em sua direção, estranhando sua pergunta.

 Deus ouviu minhas preces.

- Até que sim. – dou de ombros.

 Levanto indo até os livros bem organizados.

 Escuto uma risada da sua parte.

- Você sabe muito bem que minha pergunta não foi sobre isso. – viro-me bruscamente para olhá-lo.

 Não consigo pronunciar uma palavra. O máximo que faço é abrir e fechar a boca, como se as palavras sumissem toda vez que tento falar. Então respiro fundo tentando colocar a cabeça em ordem. E quando penso que finalmente conseguiria me explicar, saio atropelando as palavras.

- Ah! E-eu... – respiro fundo tentando me acalmar. – Desculpa. – me aproximo. - Eu não quis olhar. Na verdade, eu nem estava olhando.

 Ah! Ana, e como estava olhando.

 Sinto meu rosto queimar. Só quero enterrar minha cara no chão. Vou cavar um buraco e me enfiar nele. E pensar por um breve momento que ele não havia reparado. O pior de tudo era seu sorriso descarado.

- Ana. – fica de pé. Seu corpo fica praticamente colado ao meu. Toca em meu queixo, fazendo com que eu o olhe nos olhos. Um misto de sensações passa por todo o meu corpo.

 Estamos tão próximos que sinto sua respiração batendo na minha pele. Victor brinca com uma mecha do meu cabelo, enrolando-a em seu dedo. Não demora muito para seus dedos tocarem minha nunca por baixo do cabelo solto. Seu toque me faz sentir certas coisas que não, eu não deveria sentir.

Você?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora