Abro à porta com tudo, a fechando logo em seguida. Fico alguns segundos encarando à porta, como se algo fosse passar por ali a qualquer momento.
- Ana? – a voz do meu irmão me tira daquele transe.
Olho em volta assustada, encontrando todo mundo ali, inclusive o Jonathan. Todos me olham preocupados e curiosos.
- Não me diz que você deu outro soco em um desconhecido na rua? – questiona olhando a rua pela janela da sala.
- Muito pior! – respondo ofegante. Meu coração parecia que ia sair pela boca a qualquer instante. Felipe arregala os olhos pensando no pior. – Não! Isso não! – apresso-me em responder antes que ele tenha um treco.
- Meu Deus! – expira aliviado. – O que foi, então?
- Ele tá aqui, Fe! – corro para abraçá-lo.
A falta de ar é presente, e não sei se é pela corrida ou pelo meu encontro indesejado.
- Você realmente deu um soco num cara na rua? – Nathan finalmente se pronuncia.
Afasto meu rosto do peito do meu irmão, direcionando o olhar para Nathan, parado ao lado do sofá.
- É sério que disso tudo, você só capitou essa parte? – meu irmão pergunta incrédulo, tomando a frente, e agradeço mentalmente por não precisar responder à pergunta idiota do Nathan.
- Eu só fiquei curioso, ué. – dá de ombro.
- Tá, já chega. – afasto-me do Felipe. – O foco aqui não é esse. E sim, Nathan. – ando até ele. – Eu dei um soco nele, satisfeito? – respondo segurando seu rosto com as duas mãos, o olhando bem nos olhos. – E darei um em você também caso não me ajude a dar um jeito naquele filho da puta. – o ameaço com raiva nos olhos.
- Opa! – Lucy se aproxima me afastando, com cuidado do meu amigo. – Não vamos fazer algo que possamos nos arrepender depois, né? – tenta amenizar a situação. – Que tal sentar, e beber uma aguinha para acalmar os nervos? – leva-me para o sofá, onde os demais estão.
- E o que você fez quando o encontrou? – minha amiga pergunta.
- Corri.
Lydia começa a ri da minha fuga, junto com os outros.
- Qual o seu problema, Ana? – pergunta em meio aos risos.
- Ele é o meu problema. – falo focando o olhar num ponto fixo. Ignorando suas risadas. – E agora eu estou me sentindo aquela mesma garota indefesa e idiota. Odeio me sentir assim. – afundo o rosto nas mãos sobre o meu colo.
- Relaxa. Daqui a pouco isso passa. – Lydia abaixa na minha frente, e levanta meu rosto. – Você só está assim porque foi pega de surpresa, assim como todo mundo aqui. – diz com a voz calma, o que me passa confiança.
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Você?
Romance[Em andamento] Quem iria imaginar que uma garota iria se relacionar com um homem, que no final seria seu professor na universidade? Ana e Victor criam um vínculo tão forte, que nem a descoberta de que são professor e aluna na universidade, fará a r...