Capítulo 15

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 Como se não bastasse à minha preocupação com o inicio das aulas, eu também estava me deixando abalar pelas palavras daquele homem

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 Como se não bastasse à minha preocupação com o inicio das aulas, eu também estava me deixando abalar pelas palavras daquele homem. Suas palavras, sobre eu incomodar a todos com os meus problemas, não param de rondar meus pensamentos. Mal consegui dormir essa noite, porque só pensava nisso, e se isso realmente era verdade.

- Victor... – chamo sua atenção. O homem sentado à minha frente, na sua cadeira de escritório, me encara, parando de digitar algo no computador. – É verdade o que aquele cara disse? – minhas palavras saem com pesar. – Sei que estou parecendo uma paranoica com isso, mas suas palavras não saem da minha cabeça.

- Claro que não, meu bem. – pega na minha mão sobre à mesa, a levando até a boca, depositando um beijo no dorso. – Você sabe muito bem que nem eu e nem o James ligamos em te ouvir.

- Certeza?

- Sim. – confirma com um sorrio reconfortante. – Agora vem cá. – afasta-se um pouco da mesa, enquanto eu dou a volta na mesa com ele segurando minha mão. Sento-me de lado em seu colo. – Que tal esquecermos esse idiota, e sair para comer algo? – coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Por mim, tudo bem. – sorrio.

- Então o que a pirralha quer comer? – me provoca.

- Torta de limão. – lembro que fazia um tempo que eu não comia uma.

- Sua sorte é que tem uma cafeteria aqui perto. – ri. – Vem, dragão. Que vou te alimentar. – brinca, me dando um selinho.

Vamos para a padaria que era na esquina da sua rua.

- Você não estava mentindo quando disse que a padaria era perto. – falo entrando no estabelecimento. E ele apenas ri concordando. Uma moça de pele morena e cabelos pretos amarrados num rabo de cavalo, sorri assim que percebe nossa presença. Sentamos em uma das mesas que tinha no canto. Não demora muito para a moça nos atender.

- Boa tarde, senhor Victor. Vai querer o de sempre? - pergunta com um enorme sorriso, segurando um caderninho nas mãos.

- Boa tarde, Judite. A moça vai querer uma fatia de torta de limão. E para mim, o mesmo. - diz fechando o cardápio e pondo na mesa. Ela concorda e vira para sair.

- Ah! - digo chamando a atenção da moça. Ela me olha séria. – Um café com leite, por favor – peço. E ela concorda com uma cara fechada.

- Acho que ela não foi muito com à minha cara. - comento.

- Você acha? - debocha rindo.

Não demora muito para ela chegar com os nossos pedidos. Ela os coloca sobre à mesa, e antes dela sair, falo:

- Judite, você deveria tratar seus clientes com mais educação, sabia? – a provoco levando um pedaço da torta até à boca.

A mulher que parece ter a idade de Victor, intercala o olhar entre ele e eu, como se estivesse esperando algum comentário vindo dele. Ao perceber que o homem à minha frente não vai falar nada, sai batendo o pé com cara de poucos amigos.

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