13 - The worst lunch

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NY- restaurante
12hrs58min
Hina p.o.v

A tarde estava tranquila, o vento fresco batia contra os meus cabelos os bagunçando um pouco, os mormaço de sol deixavam o clima mais ambiente.

Hoje seria o dia que eu me encontraria com a minha "mãe". Era tão estranho chamá-la assim... mãe.

Em toda a minha vida, minha única exemplificação de figura materna foi a minha avó.

Tina

Esse é o nome dela...de minha "mãe"

Lembro-me de quendo eu tinha oito anos... Eu assistia Tina desfilar por enormes passarelas, deslumbrante e exuberante. Eu acompanhava ela desfilando pela tv.

Eu sempre me esforcei para fazer tudo melhor. Estudava dias e noites para sempre ter um dez... Eu me lembro de mandar minha primeira prova de nota dez para Tina pelo correio. Não houve retorno. Eu queria que ela se orgulhasse de mim...

Até que eu percebi que... Eu era o erro...
Quando saiu nos jornais que ela se afastaria novamente pois estava a espera de um filho.

Ela fez várias postagens de como estava feliz por ter seu "primeiro filho".

Hoje eu riu do quão idiota eu fui por achar que ela me amava...

E aqui estava eu, em frente ao restaurante que eu me encontraria com Tina. Ela havia conseguido meu número com um cartão na recepção do hospital e me mandou uma mensagem pedindo para me encontrar com ela no restaurante em que eu estava agora.

Apesar de ter pensado constantemente sobre ir ou não, eu vim. Queria respostas que apenas ela poderia me dar...

Entrei no estabelecimento e me sentei em uma mesa próxima a porta. Pedi uma água com gás e aguardei.

Troquei algumas mensagens com sina que me encorajou a continuar a esperar, tinha-mos combinado de nós encontrar as 13:00 e já era 12:58.

- hina...?- uma voz soou atrás de mim. Virei a cabeça e lá estava ela. Tina era parecida comigo. Os cabelos lisos e pretos caídos como cascatas. Pele clara e olhos puxados

- Tina, certo?- perguntei. Vi a dor em seu olhar assim que a chamei pelo primeiro nome. Mas... O que mais ela queria? que eu a chamasse de "mãe"? Oh não, não mesmo

- sim...- sua voz soou como um murmuro - posso?- perguntou apontando para a cadeira a minha frente. Apenas assenti tomando o último gole de água

Ela parecia nervosa... Seus dedos mexiam freneticamente o anel prata em seu dedo indicador e seu salto batia constantemente sobre o chão

Fizemos nossos pedidos e depois um silêncio constrangedor tomou conta da mesa...

- e-eu estoucomcâncer - Tina disse tão rápido que eu não entendi nenhuma palavra dita

- como...?- perguntei

- eu estou com câncer no pulmão...- Tina disse com um fio de voz

- céus!- falei surpresa

- em fase terminal - Tina disse limpando uma lágrima que espada prestes a cair - eu me arrependo okay? Me arrependo de não ter lhe visto crescer, de não estar presente para lhe ajudar nas tarefas de escola, de não ter sido presente na sua vida, de não ter sido a mãe que você merecia que eu fosse

Um sentimento de amargura se apossou de mim. Eu estava quase chorando... Como ela podia ser tão descarada?

- por que não pede para sua carreira lhe perdoar? Por que não aproveita seu tempo com o seu filho? Você nunca nem sequer respondeu minhas cartas! Eu passava horas do meu dia apenas para escolher as palavras perfeitas para escrever para você! Tentava ser perfeita para ser suficiente para você! Eu vivi me perguntando qual era o meu erro, o quê havia de errado comigo! Se iria me rejeitar porque não me abortou logo para não ter o desgosto de me ver?- falei colocando tudo para fora

Todo o sentimento de insuficiência que eu carregava dentro de mim. A esse ponto todo o restaurante já prestava atenção em nossa "conversa"

Lágrimas molhavam o meu rosto, e eu já estava em pé as secando. Eu não iria me mostrar fraca para ela, oh não

- eu não fazia a mínima ideia de que você carregava todo esse peso com você...- Tina disse

- você não sabe nada sobre mim... Não sabe nem qual profissão eu exerço...

- diga-me então... O que escolheu para seguir?- perguntou terna

- pediátrica

O desgosto era claro em seus olhos. Eu não liguei. Afinal, nunca precisei da aprovação dela para absolutamente nada em minha vida, não seria agora que eu iria querer

O garçom trouxe nossos pratos e eu me sentei saboreando da comida. Eu ainda estava com raiva. Podem me julgar. Mas, ela chegar inesperadamente e jogar essa bomba para cima de mim não é nenhum pouco legal. Eu ainda estava digerindo as palavras dela.

Céus! Eu tinha um irmão...

- como está sua... sua avó e seu avô?- Tina perguntou quebrando o silêncio

- está realmente me perguntando o paradeiro dos teus pais? Os meus avós? Está realmente me questionou isso!?- perguntei incrédula - perdi a fome...- falei pegando uma nota de cinquenta dólares e a deixando sobre a mesa. Retirei meu prato colocando a comida em uma vasilha de plástico descartável

Aqui em Nova York era comum após as refeições você levar sua comida para casa caso você não tivesse terminado de comer

Eu pegava os meus restos de comida e dava para alguns cães de rua. Era sempre de quebrar o coração ver eles sofrendo nas ruas.

Animais são bons de mais para conviver com nós humanos...

Hoje sina iria ficar até mais tarde no trabalho, então... eu teria que vir de táxi para casa

Tem que trabalhar né...

(...)

Continua...

A voz da sina... Simplesmente fantástica!!!
Ainda estou me recuperando do surto

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Bjs

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