51 - Sina

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3 semanas depois

NY- technologies industries
Quarta feira 20hrs03min

Noah p.o.v

  As semanas passaram rápidas, outono havia chegado e as folhas já estavam para cair. Ao decorrer da semana ficamos até tarde da noite resolvendo os mínimos detalhes para o evento que agora iria ser em Paris - França.

  Diarra, que antes sempre vinha com o uniforme impecável, agora vinha com as primeiras roupas que via em sua frente. Certo dia ela tinha vindo com uma blusa rosa choque com uma calça de oncinha. Nestes últimos dias ela estava extremamente irritada queria que tudo saísse perfeito no dia.

  Sina me ignorou em todas as semanas, evitava contato visual e a minha presença. Sempre me pedia para lhe mandar e-mails ou falar pelo telefone. Nas reuniões ela sentava do outro lado da mesa e sempre ficava atenta a tudo sempre anotando.

  Quando nos esbarramos no corredor tirei proveito de uma casquinha ao segurar ela pela cintura e lamber a concha de sua orelha. Vi seu corpo reagir e seus pelo se arrepiarem. Ela murmurou um "desculpe" e saiu pelo corredor. Bufei apenas seguindo para a terceira reunião do dia.

  Em uma sexta feira, quando estávamos comemorando após eu fechar um acordo multimilionário, Josh disse que merecíamos um bom vinho trazendo em mãos um 1894. Tomamos o vinho enquanto a conversa corria a solta.

  Sina estava muito linda naquela noite, não pude deixar de reparar. Seu cabelo preso em um coque baixo na altura da nuca bem firme. Os lábios avermelhados pelo vinho e uma calça branca com uma blusa preta gola alta.

  Naquela mesma noite na hora em que todos estávamos saindo, eu a beijei no estacionamento. Senti o gosto de vinho em sua boca enquanto nossas línguas dançavam juntas matando a saudade de suas deliciosas danças. Descansei minha mãos em suas macias bochechas e as alisei com os dedos enquanto suas mãos bagunçam meu cabelo.

  Se teríamos algo a mais naquela noite eu certamente não irei saber pois seu celular começou a tocar nos trazendo de volta a realidade. Separados pela lei.

  Assim que pisei os pés em minha casa fui até a adega e peguei o mesmo vinho a qual tínhamos bebido aquela noite. O coloquei em um copo qualquer bebendo e sentidos as frescas memórias de seus lábios. Doces e macios.

  Eu estava muito animado para beijar ela. Isso soa ridículo. Porém era a verdade. Ir em um bar qualquer e beijar outra garota já não tinha tanta graça assim. De uma forma ou outra minha mente compara as outras garotas com sina.

Nenhuma outra garota tem os doces lábios de sina.

Nenhuma outra garota tinha o corpo dela.

Nenhuma outra garota tinha a risada de sina.

Nenhuma outra garota tinha a calmaria que apenas sina podia transmitir.

Nenhuma outra garota é uma espiã infiltrada fodidamente linda a qual minha mente gira em torno.

Sina.
Sina.
Sina.

Sina é um substantivo feminino da língua portuguesa que significa destino, fado, sorte, o que já estava escrito nas estrelas.

Estou oficialmente fodido.

  Chegando para melhorar mais ainda o meu dia. Meu pai resolve ligar. A conversa começou séria quando ele pronunciou meu nome completo. Aí vem coisa. Eu estava preparado para tudo, talvez já imaginasse sobre o que ele queria conversar. Algo que tenho evitado nos últimos meses.

Casar com Heyoon Jeong.

Puta que pariu.

  Em seu longo tempo comandando a máfia. Meu pai acabou fazendo algumas dívidas como CEO na empresa. Justo com o pai de Heyoon. O cara que me viu crescer em Orange antes de ir para NY. Me viu partir o coração de sua "doce" filha.

Casar.

  Nunca me imaginei casando com alguém. Talvez em meus tempos de oito a dez anos eu até tivesse me visto no México com Heyoon. Porém isso é passado. Agora, tenho que aguentar suas investidas com decotes na hora do almoço.

  Na ligação, meu pai terminou de uma forma ignorante e arrogante. "Irá se casar com ela até o final do ano". Porra. Estamos em setembro. Final do ano está praticamente aqui já.

  Bufei deixando claro minha insatisfação e desliguei na cara dele. Talvez isso tivesse consequências mais tarde. Porém não me preocupo com isso no momento. Se ele fez suas dívidas deve arcar com as consequências delas. Não me usar como plano b.

  No sábado, Amélie me agradou com seus deliciosos pães de mel com recheio de creme de leite. Incríveis. Fiquei surpreso ao ver sina em minha casa as nove e pouco da manhã.

  Uma parte de mim gostaria que ela tivesse vindo por um motivo a mais que apenas pegar o vestido. Outra voz, dessa vez sensata, soprou dizendo que o outro motivo seria para me colocar atrás das grades, ou em uma cova.

  A entreguei o vestido limpinho e dobrado. Ela apenas agradeceu e foi embora. Só.

  Aproveitei para passar no casarão e resolver coisa pendentes. Ou seja, várias. Acabei dormindo no escritório e acordei com mais trabalho. Deixei o casarão por volta das dez horas da noite voltando para minha confortável cama. Apolo pulou bastante em mim ao chegar em casa. Ele estava cheiroso o que significava que Amélie havia o levado ao pet.

  Tomei um demorado banho antes de cair na cama. Cansado. Senti o lado desocupado da cama pesar e olhei vendo Apolo se enroscando nos cobertores. Ri e fiz cafuné em seu pelo.

Logo logo estaríamos em Paris.

Continua...

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Opostos perante a leiWhere stories live. Discover now