For You

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Continue correndo em direção ao seu objetivo para que os resultados mostrem sua paixão. Corra pra fora do lugar que você se tranca todas as noites; você fez bem, vamos agora apenas caminhar pelo caminho das flores. — For You — 3racha.

Saindo do banho, Jisung logo se vestiu, uma calça jeans preta e uma camisa social azul escuro. Ajeitou seus cabelos e passou seu perfume favorito, colocou a pulseira que Minho o havia dado e calçou seu alstar preto já surrado pelo tempo de uso. Se olhava no espelho apreensivo, estava confuso por não ter ninguém em casa.

Pegando seu celular, mandou uma mensagem para Minho, perguntando a que horas ele voltaria do jantar de negócios. Provavelmente, no final da noite, Jisung iria fazer uma "visitinha" ao namorado para comemorarem seu aniversário na madrugada. Colocando seu celular no bolso, saiu do quarto e quando estava para pisar no penúltimo degrau da escada, as luzes se acenderam repentinamente.

— Parabéns pra você... — cantavam para o garoto que já estava parado na sala de frente para cozinha, que eram da onde vinham cantando. — Um feliz aniversário para o nosso querido Jisung. — disse a Sra. Han sorridente, ela segurava um pequeno bolo com ambas as mãos. — Feliz aniversário, meu filho. — disse o Sr. Han também sorridente.

Chorando, porque não conseguia segurar suas emoções, Jisung os abraçou, meio desajeitado pois sua mãe ainda segurava o bolo.

Limpando o rosto, disse:

— Obrigado por tudo, eu amo vocês! — dizia tentando não chorar novamente. — Obrigado por sempre me apoiarem, por sempre estarem do meu lado até mesmo quando eu resolvi largar a faculdade, muito obrigado mesmo! — e foi totalmente falha a sua tentativa de não chorar.

Assim, sua mãe tratou de colocar o bolo em cima do balcão e ir abraçar o filho mais confortavelmente.

— Não importa o que você faça ou que decisão tome, eu vou estar aqui para te apoiar. Eu não tenho que exigir nada de você, e você também não precisa se exigir. Apenas viva, meu filho. Viva por você. — abraçou forte o garoto, repousando um beijo em seus cabelos.

— É, meu filho. — disse seu pai passando a mão em seus cabelos. — Viva. — sorriu por fim.

— Obrigado... — sussurrou Jisung aproveitando o abraço. — Muito obrigado.

...

— Filho, seja simpático e ria sempre, certo? — falou o Sr. Lee ajeitando a gravata de Minho. Eles já estavam em frente o restaurante, mas ainda estavam dentro do carro.

Minho suspirou fundo, não assentiu sem concordou, mas saiu de dentro do veículo juntamente com seu pai, que deu a chave do carro para um moço que levaria o carro para o estacionamento.

— Se você me envergonhar na frente do CEO, eu te mato! — ditou ríspido próximo ao filho, e vendo o Shin sentado à mesa, logo sorriu se aproximando. Minho apenas revirou os olhos discretamente.

Ele ainda não tinha visto a mensagem de Jisung, pois seu pai o fez desligar o celular.

O tempo parecia não passar. Minho estava de saco cheio daquela conversa, já haviam jantado faz uma hora e ainda estavam ali discutindo sobre negócios. Vez ou outra Minho se pronunciava quando necessário, mas também não falava muito. Na mesa estavam ele, seu pai, o Sr. Shin e um de seus sócios e também sua filha. Minho estranhou o fato da garota estar ali, mas resolveu mandar tais pensamentos para longe, até que seu pai deu uma péssima ideia.

— Que tal você e a senhorita Ryujin esperarem no estacionamento? Agora iremos falar de um assunto confidencial, prometo que não irá demorar. — sugeriu o Sr. Lee sorridente. — O senhor não se importa, CEO? — perguntou ao Shin.

— Claro que não, pode ir Ryujin. — o homem sorriu e acenou com a cabeça.

A contragosto, Minho se levantou esperando que a garota fizesse o mesmo, e assim foram em direção ao estacionamento.

— Então... — começou Ryujin meio sem graça. — Seu nome é Minho, não é?

Minho que estava escorado no carro do pai, a olhou totalmente desinteressado.

— Sim, e você é a Ryujin, não? — disse Minho e a moça assentiu. — Por que veio? — perguntou de repente, fazendo a garota se assustar.

— Foi o seu pai que pediu o meu pai para me trazer, acho que ele queira que a gente se conhecesse. — contou Ryujin ficando do lado de Minho. — Ele me contou que você não consegue arrumar uma namorada, então eu vim. — sorriu dando de ombros.

— Sério? Ele te disse isso? — riu anasalado. Ryujin apenas assentiu ainda sorrindo. — Mas e você? Também não consegue arrumar um namorado? — questionou.

— Não... — negou com cabeça olhando para aquele amontoado de carros. — Eu só queria me divertir, mas parece que você não quer o mesmo que eu. — o olhou e assim Minho devolveu o olhar. — Onde você queria estar, hein, Minho? — indagou. — Onde é que a sua diversão está? Parece que ela não está nada perto, sua cara não nega. — falou, cruzando os braços e sorrindo ladino. — Onde ela está? — perguntou por fim, vendo Minho encarar o chão e sorrir largo, obviamente, lembrando de Jisung.

— Ele. — a corrigiu, não tirando seu sorriso dos lábios.

— Oh! Melhor ainda! — sorriu se virando e ficando de frente para Minho que ainda encarava o chão. — Vai ficar aqui olhando para o chão ou vai ir atrás da sua diversão? A vida é muito curta pra só falar de negócios, divirta-se! — Ryujin o encorajou, segurando em seu ombro.

— Meu pai vai ficar uma fera, vai me matar... — disse meio receoso.

— E daí? A sua diversão pode estar esperando por você, quem sabe a diversão dela também seja você. — falou, fazendo Minho erguer a cabeça bruscamente. — Vá. É agora ou nunca. — disse sorridente, ela estava se divertindo com tudo aquilo. A euforia de Minho a cativava, e assim ela soube que sua diversão estava nas coisas mais simples e que, provavelmente, não era diferente com os outros.

E Minho foi, saindo do estacionamento, foi em direção à um ponto de táxi, ansioso para ver sua diversão, sua felicidade.

Do You Speak Korean? | minsungWhere stories live. Discover now