Good Thing

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"Eu só quero me sentir bem a noite toda." — Good Thing — Nct 127.

— Faz tempo que eu não te vejo, aí quando eu venho te ver você enlouquece. Assim não dá, Minho! — Taeyong dizia tentando provocar o coreano sentado ao seu lado.

— Do que você está falando, seu idiota!? — incrédulo, jogou uma almofada no outro.

— Você não para de sorrir para as paredes. O que aconteceu contigo? Isso tudo não é só porque seus pais ficarão fora por um mês, ou é? — o ruivo perguntava se levantando para pegar um pacote de Doritos que estava em cima da escrivaninha do quarto.

— Eu apenas estou feliz! — suspirou.

— Feliz? Acho que você não fica feliz desde a morte de seu... — Taeyong tratou de calar a boca assim que se deu conta do que estava falando. — Me desculpe, Minho. Eu não... — o garoto ruivo logo foi cortado pelo mais novo:

— Não precisa se preocupar... Já faz quase três anos... Já passou. — claramente o mais novo ficara abatido com o assunto. Taeyong o encarava sem saber o que dizer. — Vamos assistir alguma coisa? Que tal algum anime? — Minho mudou de assunto rapidamente, ele não gostava de falar sobre aquilo.

— Sim, vamos, sim. Eu só quero aproveitar bastante esta noite com você.

[...]

— Filho? Filho!? MEU FILHO?!

— O que houve!? — Jisung despertou de seu cochilo desesperado. — Está muito frio aqui em cima. Vá dormir em seu quarto, querido. Você pode pegar um resfriado se dormir aqui fora. — a mulher dizia tentando convencer o filho a entrar.

— Que horas são?

— 12:00am.

— Já é 9 de fevereiro... — bufou se levantando.

— Sim, já é meu filho. — a senhora acariciava os cabelos do filho. — O dia acabou tão rápido...

— O que fez pra ele? — Jisung perguntou olhando nos olhos da mulher.

— A torta de chocolate preferida dele. Mas, como ele não irá comer... Que tal um pedaço bem grande pra você, hein? — a mulher dizia com um enorme sorriso no rosto.

— Eu adoraria, vossa senhoria. — Jisung disse se ajoelhando e dando um beijo nas costas das mãos de sua mãe, fazendo assim, ambos caírem na risada e entrarem ainda sorrindo para dentro da casa.

[...]

— Quando irá voltar...? — Minho encarava o rapaz de cabelos vermelhos à sua frente.

— Eu não sei. No próximo feriado talvez? É, pode ser. — dizia Taeyong dando um sorriso.

— Feriado japonês ou coreano? — perguntou.

— Não sei. Vou pensar no caso...

— Você nunca sabe, não é, Taeyong? — Minho olhava nos olhos do mais velho com certa profundidade. — Como? — Taeyong não sabia o que Minho queria dizer com aquilo.

— Nada... Tenha uma boa viagem! — sorriu.

— Certo... Tchau. Fica bem, e até a próxima. — disse Taeyong dando um abraço apertado em Minho. O mais novo aproveitou bastante aquele abraço. Fazia tempo que não recebia um abraço.

— Tchau... — sussurrava bem baixinho enquanto observava o garoto ruivo ficar cada vez mais longe de si. — Eu preciso de um sorvete! — disse Minho para si mesmo depois de ter saído de seu próprio transe.

.

.

.

Já na sorveteria, Minho estava sentado em uma mesa com uma vista ampla da rua, por causa da enorme janela que havia ali. Ele tomava tranquilamente seu sorvete de morango, quando viu alguém passar bem do lado da janela em que estava; e não era uma pessoa qualquer: era o garoto que havia conhecido no centro da cidade. E que também, por ironia do destino, morava duas ruas depois de si. Era aquele garoto de cabelos castanhos, o garoto que havia feito seu coração errar a batida, o garoto que tinha o inglês horrível, e que não conseguia falar nem um "boa noite" em japonês. Minho estava hipnotizado novamente.

Ele ficou olhando por alguns segundos, e quando se deu conta de para onde o coreano estava indo, logo saiu do estabelecimento, indo atrás dele.

— Por que está me seguindo? — o garoto parou, e três segundos depois se virou, e pôde ver um cara um pouco longe de si, mas não tão longe assim; e não era um cara qualquer, aliás, ele estava no meio de muitas pessoas. Era aquele garoto do centro que falava coreano; e que era coreano também. — Não vai me responder? — Jisung dizia se aproximando do garoto. — Por que você está me olhando assim? — o castanho dizia já próximo o bastante de Minho. — Você está surdo!? Eu estou falando com você!?

— Desculpe, eu não prestei atenção em nada que você disse. — falou Minho saindo do transe.

— Você não respondeu minha pergunta. Por que estava me seguindo? — Jisung insistia.

— Você deixou cair isto. — Minho abriu sua mão esquerda, e dentro dela havia uma pulseira.

— Mas isso não é meu. — Jisung disse confuso.

— Agora é! Me dê sua mão. — afirmou Minho olhando nos olhos do mais novo.

— É um presente? Por que me daria um presente? A gente apenas se viu e se falou uma única vez, tirando esse momento de agora, claro. — dizia Jisung com um olhar sugestivo.

— Sim, é um presente. Apenas aceite. — Minho colocava a pulseira no pulso do menor.

— Muito obrigado, sr. Lee. — agradeceu Jisung fazendo uma reverência com um enorme sorriso no rosto.

— Não me chame assim, é Minho, apenas Minho.

— Mas você é mais velho que eu.

— Não importa. É estranho ouvir alguém me chamando de "sr. Lee" — Minho fazia uma cara feia. — Desculpe, Minho. — Jisung direcionava um sorriso ao mais velho.

— Eu só irei te desculpar se você permitir que eu te acompanhe até o seu destino. — Minho dizia convencido, seu sorriso não desfalecia de jeito nenhum.

— Será um prazer ter a sua companhia. — Jisung dizia sorrindo. Ele não conseguia parar de sorrir quando olhava para o maior, e assim, sucedia com Minho também.

— Chega! Chega de formalidades! Eu não sou tão bom com as palavras assim. — Minho brincava. — Vamos? — convidou Jisung.

— Vamos!

Do You Speak Korean? | minsungWhere stories live. Discover now