"O momento em que pareceu que os nossos olhos tinham se encontrado, o meu corpo começou a se mover por conta própria." - Hello stranger - Straykids.
†
Jisung estava entediado. O rapaz queria sair e tomar um vento gélido no rosto, aquele clima era tão bom, o coreano particularmente adorava.
- Mãe!? - Jisung dera um grito na tentativa de chamar a atenção da mãe para si. - Posso sair? - o rapaz perguntou após ouvir a mãe responder seu chamado.
- Jisung... Você já tem 21 anos, ou seja, pode fazer o que quiser querido. - a mãe do garoto dizia sorrindo.
- Eu me sinto na obrigação de te pedir autorização, pelo simples fato de morar debaixo do seu teto. - dizia Jisung se aproximando da mãe.
- Volte antes da meia-noite e eu não brigo contigo. - disse a mulher em um tom de brincadeira.
[...]
- Alô? Quem é?
- Sou eu, Minho!
- Mudou de número de novo? Está fugindo da polícia por acaso?
- Piadista você, hein? - revirou os olhos.
- Vá direto ao assunto, Taeyong!
- Advinha onde estou?
- Na sua casa? Que fica à um país de distância?
- Não. Estou No Japão! - exclamou animado.
- Fazendo!?
- Você não está feliz em saber que estou aqui?
- E por que estaria?
- Você não tem coração, Minho!
- Vá direto ao assunto, sr. Lee! - brincou, rindo.
- Quero que você venha me ver!
- Está aqui em Osaka pelo menos?
- Óbvio. Não só em Osaka, mas também em Kadoma.
- Amanhã irei te buscar.
- Pra quê? - claramente, Taeyong conseguia ser deveras lerdo.
- Para passar pelo menos um dia comigo antes de ir embora.
- Certo! Vou desligar, pois minha namorada está enchendo a minha paciência. - bufou.
- Fale para ela que mandei um "oi".
- Tchau, tchau. - assim que o rapaz se despediu, a ligação terminou.
Lee Taeyong era o melhor amigo do irmão de Minho. Eles eram amigos de infância; o Taeyong morou muitos anos no Japão, mas quando Yunho fora para o exército, Taeyong não pensou duas vezes em ir cursar dança na Coréia. Ele pretendia voltar a morar no Japão, contudo, desistiu assim que soube da morte do melhor amigo. Minho e Taeyong resolveram manter contado, Minho era muito sozinho e totalmente dependente do irmão, então, o mais velho resolveu dar uma força ao irmão do melhor amigo. Taeyong se sentia tão bem quando via o mais novo sorrir, era extremamente gratificante; mesmo sendo pela tela de um celular.
O jovem coreano encarava o relógio. Ele não conseguia entender a obsessão repentina pelo aparelho pendurado na parede. Eram exatas 7:30pm. ele estava hipnotizado pelos ponteiros que se moviam lentamente. - Que fome! - falou assim que sentiu tremores na barriga, o seu corpo estava pedindo por alimento.
- Há muita comida aqui... Mas.eu não quero nada disso. - dizia o jovem bisbilhotando a geladeira e armário. - Que tal comida coreana? Faz tempo que não como comida coreana. - disse a si mesmo, pensativo. - Eu poderia ir na rua, não? Faz um maior tempão que não saio. - o rapaz de cabelos castanhos tinha o costume de conversar consigo mesmo. - É... Eu poderia!
[...]
- Moço? Com licença? Moço!? Moço!?!
- Oi!? Me desculpe... - Minho estava distraído admirando a beleza de um ser que ele não fazia a menor ideia de quem era. Ele apenas sabia que o rapaz não era nativo. - Está aqui seu pedido. - disse a atendente com um sorriso simpático. - Muito obrigado. - o rapaz fez um meia reverência e tratou de ir à procura da obra de arte renascentista que tinha acabo de ver. Com certeza, ele teria que admirar mais de perto.
Minho finalmente o encontrou; o rapaz de cabelos castanhos estava perguntando aos comerciantes se algum deles falava coreano. "Então ele é coreano..." Pensou Minho. O inglês do moço de fato era péssimo. Minho resolveu se aproximar, tentando "ajudar" o garoto. Até o próprio Minho ficara surpreso consigo; ele não era de falar ou puxar conversa com ninguém, mas estava ali querendo chamar a atenção do coreano de olhos bonitos e sorriso tímido.
- Como quer que alguém aqui fale coreano sendo que estamos no Japão? - disse Minho em um inglês quase que fluente.
- E quem você acha que é? O Naruto? - perguntou o rapaz irritado. Ele parecia não estar afim de conversa. - Isso foi um tanto ofensivo, e até xenofóbico se pensarmos por outro lado. - disse ao menor que logo mudou sua expressão de irritação para sarcasmo. - Sério? Não me diga! - revirou os olhos bufando.
- Posso saber o seu nome? - Minho simplesmente ignorou o sarcasmo do coreano.
- Não, não pode.
- Certeza? - indagou Minho. Assim que percebeu que o garoto iria sair e o deixar falando sozinho, o impediu de ir embora. - Qual o seu nome? - Minho insistia. Mas desta vez pronunciando as palavras em coreano.
- Você fala coreano? - perguntou o menor já empolgado.
- Mas é claro, aliás, eu sou coreano. E seu nome é...?
- Han Jisung.
- Prazer, Jisung! Eu sou o Lee Minho.
Os dois rapazes ficaram se encarando por longos minutos. Ambos estavam hipnotizados em algo que não conseguiram saber o que era ao certo. Contudo, percebendo que já seguravam a mão um do outro por muito tempo, a soltaram do aperto, um tanto envergonhados.
- Eu estou meio perdido... Será que você poderia me ajudar? - Jisung se pronunciou quebrando o silêncio constrangedor que havia reinado.
- Sim, claro. Como posso te ser útil?
- Você sabe onde fica este endereço? - disse mostrando um pedaço de papel para o rapaz à sua frente.
- Sim. Fica perto da minha casa. Quer que eu te leve lá? - perguntou Minho.
- Se não for um incomodo...
- E você não tem medo? - curioso, perguntou.
- E por que eu teria medo?
- Por que eu sou um estranho? - retrucou.
- E o que você poderia fazer? Me sequestrar? - Jisung perguntou com um olhar totalmente sugestivo deixando o maior meio atordoado. - É melhor irmos, não? - Minho disse sem graça. - Sim, vamos. - logo Jisung seguiu o maior.
"Acho que não foi tão ruim sair de casa hoje..."
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Do You Speak Korean? | minsung
FanfictionA província portuária de Honshu parecia um pouco mais lotada naquele dia, mesmo que a vida noturna da mesma já fosse bastante agitada. No meio de tantos transeuntes, havia um estrangeiro totalmente perdido. Ele tentava se comunicar com alguns dos ve...