Capítulo 29 - Que tipo de opinião eu posso dar sobre isso?

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     Quando chego no colégio na quarta-feira – atrasada, como quase sempre – fico aliviada ao ver o Diogo sentado no lugar de costume

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     Quando chego no colégio na quarta-feira – atrasada, como quase sempre – fico aliviada ao ver o Diogo sentado no lugar de costume.

Peço licença para a professora e entro na sala com sua permissão. Me sento, tiro o material da mochila e o coloco em cima da mesa. 

Me viro para o Diogo, pronta para pergunta aos sussurros o que aconteceu – já basta chegar atrasada, não preciso levar reclamação por estar atrapalhando a aula também –, mas ele sequer olha para mim, 

Não deixo de reparar que ele parece meio cabisbaixo, com os ombros caídos, rosto sempre para baixo, e as mechas loiras do seu cabelo caindo sobre a testa. Meu coração aperta só de imaginar todo tipo de cenário ruim que pode ser o motivo da sua tristeza.

As horas se passam rapidamente e ele continua com os olhos fixos no quadro, só anotando o que os professores passam.

Assim que ouço o sinal do intervalo tocar, guardo as minhas coisas de qualquer jeito debaixo da carteira, e me levanto pronta para ir até o Diogo. Mas desisto da ideia quando vejo o Theodoro e seus amigos em volta da mesa dele conversando alto.

Passo o intervalo conversando amenidades com as meninas, mas sempre de olho na direção em que o Diogo está sentado com os amigos. 

Quando a última aula finalmente chega ao fim, e depois de guardar meu material na mochila, olho na direção do Diogo mais uma vez. Dessa vez o mesmo também se vira para mim.

Me levanto e caminho apressadamente até ele.

— Oi – ele é o primeiro a falar.

— Oi. Como você está? – pergunto, ainda preocupada com sua mensagem de ontem. 

— Estou bem – fico um pouco mais aliviada quando ele diz isso — Mas… acho que preciso de um conselho seu. A gente pode ir conversando enquanto te acompanho até o ponto de ônibus? 

— Claro – concordo, e logo começamos a andar lado a lado em direção a saída.

Não posso deixar de ficar apreensiva com o que ele disse. Como assim "ele precisa de um conselho meu"? Sou péssima nesse tipo de coisa.

— Por que você foi embora no outro dia sem dizer nada? – faço a pergunta que não saiu da minha cabeça desde segunda-feira.

— Ouvi sua conversa com o Paulo, então deduzi que a gente não iria mais ver os filmes. – Dá de ombros e continua andando, sem me encarar.

Não sei o que dizer sobre isso, e estranho completamente sua atitude. Ele simplesmente não se despediu e sumiu do nada. Isso não faz sentido nenhum. 

— Por que não me respondeu? Eu tinha sugerido que nos encontrássemos mais tarde naquele mesmo dia.

Saímos pelo portão do colégio e começamos a andar em direção ao ponto de ônibus. 

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz