Capítulo 19 - Somos best friends para sempre

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     O primeiro dia de aula de Abril começa do jeito mais terrível possível

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     O primeiro dia de aula de Abril começa do jeito mais terrível possível. 

Primeiro, uma chuva grossa começou a cair assim que botei os pés para fora do ônibus e eu me encharquei todinha nos poucos metros que separam o ponto de ônibus e a entrada do colégio.

Depois, quase tive uma síncope quando passei em frente ao mural do pátio e vi a terrível, temível e espantosa lista com os dias das provas da primeira unidade. Foi um choque de realidade. 

Eu estava tão feliz com meu desempenho em química, mas agora, jogada na cadeira da sala enquanto encaro a foto que tirei da lista, o único cenário que se passa na minha cabeça sou eu esquecendo tudo quando for fazer a prova.

Respiro fundo e pego o meu caderno de dentro da mochila, aproveitando que o professor da primeira aula ainda não chegou na sala para anotar a lista na minha agenda.

A semana de provas sempre é corrida para mim. Sei que a partir de agora meus dias serão de pura ansiedade e vou enfiar a cabeça nos livros sem pausas. O medo de levar uma bomba e ter uma nota vermelha eternizada no meu histórico escolar é sempre desesperador. 

Paro de escrever quando ouço a voz do Paulo no corredor e viro a cabeça a tempo de ver ele passar pela porta. 

Abaixo meu olhar para o caderno para que ninguém me pegue secando ele com os olhos e, quando volto a erguer a cabeça, o mundo de repente desacelera. 

— Oi – Paulo diz, me fitando com divertimento. Ele está escorado na cadeira em frente a minha mesa, e eu só consigo me questionar em como ele chegou aqui sem eu notar. — Você parecia super concentrada no caderno, eu não quis te interromper até que terminasse – ele se explica. 

Eu coro e tento pensar em algo descolado para dizer, mas meu cérebro parece ter se esquecido de como se faz para verbalizar palavras.

— Está tudo bem? – Ele pergunta, com seu rosto de príncipe encantado saído direto dos contos de fadas. Seu cabelo escuro hoje está penteado para o lado, e sua covinha charmosa dá o ar das graças quando ele abre um pequeno sorriso. 

— Claro! Eu… estou bem sim – respondo com um micro sorriso, tentando manter a calma enquanto, por dentro, meu coração está martelando. Minhas mãos estão suadas e parece que um bando de borboletas estão fazendo uma rave no meu estômago.

— Vai estar ocupada na próxima sexta? – ele pergunta, e eu engulo em seco.

Ai. Minha. Nossa!

Ele vai… ele vai… me chamar para sair?

— Estou super desocupada na próxima sexta – afirmo, fazendo de tudo para conter a euforia dentro de mim.

— Que ótimo! – Ele sorri largamente e retira um pedaço de papel do bolso. — Vai ter uma festa em comemoração ao meu aniversário nessa sexta à noite. – Ele me entrega o papel. — O horário e o endereço estão anotados aí. Espero que possa ir.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Onde histórias criam vida. Descubra agora